Terça-feira, 19 de abril de 2016 - 20h15
FRASE DE HOJE:
"Anotem: teremos outras razões para sentir vergonha de nós mesmos em toda essa história" – Joaquim Barbosa, ex-ministro do STF, sobre o processo de impeachment de Dilma Roussef.
01-Deu-se o fato...
Depois de uma reunião cheia de baboseiras, gritos, chiliques, ataques gratuitos, defesas pagas, dedicatórias familiares e até a deseducada cusparada contra a costumeira incontinência verbal de um deputado, chegou-se ao resultado da votação. Por 367 votos dos opositores e 137 votos pró-governo, o impeachment foi admitido e segue para análise e julgamento do Senado.
02-E aconteceu
Paixões postas de lado, ideologias – caso existam – idem, o resultado era mais que esperado. O governo com Dilma à frente e o para-governo com Lula atrás infringiram normas comezinhas em quaisquer negociações. “O que você precisa para ficar com a gente?”. A frase que abria as rodadas de negociação de apoio, ainda que os dois lados soubessem que era simples compra do voto é de uma arrogância e prepotência sem limites. E aconteceu: o capacho virou sapato.
03-Decoro?
No limite da tolerância o provocador deputado Jair Bolsonaro tripudiou ao homenagear o Cel. Brilhante Ustra, único militar declarado torturador pela justiça brasileira. Também no limite da tolerância o caricato deputado Jean Wyllys cuspiu no desafeto Bolsonaro. Num parlamento sério poderíamos imaginar sanções a ambos. Não no nosso. Esse trem muito do meia boca.
04-Cunha, a Geni da noite
Ladrão, corrupto e gângster foram alguns dos adjetivos proclamados ao microfone por ínclitos parlamentares na sessão do impeachment. Corri aos alfarrábios para entender o motivo da virulência de tantos contra a Geni Cunha da Câmara. Vá lá, merece. Mas dos 513 deputados, 299 estão enrolados na justiça e 76 condenados. Se um marciano descesse hoje por aqui indagando: “cumé qui pode bródi?” a resposta seria difícil, comprida e enrolada.
05-Há vagas I
Em meio ao processo de impeachment e a crise na base aliada, vários ministérios estão sem os titulares permanentes. Aliás, interinidade e volatilidade viraram marcas do governo Dilma. Tem ministro que ficou uma semana, outro menos, um é por força de liminar e tem o Lula, o “ministro Viuva Porcina”, que foi sem nunca ter sido. Uma festa. E dê-lhe tiro e dê-lhe grito.
06-Há vagas II
Apenas para completar e por gostar de números, cabalas, estatísticas, coisa e lousa, informo aos ministeriáveis de Rondônia que nesta data – 19 de abril – oito (8) ministérios estão livres e, portanto já podem enviar seus currículos. Não esquecer de juntar ao currículo a carta com o nome de quem indica, ou QI. Serviço maneiro, salário bom, pagamento em dia, avião pra lá e pra cá e até diarias. Só há um porém: o mau humor constante da chefia. Nossinhorinha...
07-Lá vem o golpe
Como cara de via de salvação da pátria, um discurso começa a surgir no Senado gestando um filhote “democrático” sob o nome de eleições gerais. Nascido na ala peemedebista comandada por Renan Calheiros, a causa foi abraçada por senadores da “izquierda” que ouvindo Dilma tossir no brejo, avançaram no que ficar no barco afundado. A jogada é dar uma rasteira em Temer e não largar o osso ainda que magro. Sem nome de consenso, pois estão mais sujos que pau de arara, vão esperar que surja alguém. Até o Lula, é claro, se me fiz entender.
08-Dedos nervosos
Com todo cuidado para que as informações não sejam vazadas para os de sempre, a república de Curitiba faz na surdina o mesmo estrago de sempre nas hostes dos corruptos. Hoje teve choro do Cerveró, delações dos irmãos Meireles, de Diogo Ferreira e pasmem, Lula e Dilma na parede e vem mais. Na reta de chegada – supõe o juiz Sérgio Moro – quem não dedou está com o dedo coçando e doido pra tirar pelo menos uma banda do seu da reta.
09-Sem refresco
Claro que todos nós temos preferências, lados e direito de exercitá-los, mas há horas em que uma força bem maior faz com que todos os lados, preferências e opções sejam um só. A lei e suas consequências ditou a norma que o Senado vai cumprir para julgamento do impeachment sob o comando de Renan, que não refrescou, até porque quem tem um só, tem medo.
10-Zé de Nana e o “trem de ferro”.
A Justiça Federal – Dr Dimis Braga – vai juntar Ministério Publico Federal e Estadual, Prefeitura, Estado, ALE, Fundação Cultural, Exercito, Marinha, Aeronáutica, Iphan, Fecomércio, Fiero e mais gente para saber o que fazer com o Complexo da Estrada de Ferro Madeira Mamoré, já que a Prefeitura de Porto Velho se mostrou incompetente para cuidar do acervo. Alguém deve cuidar da guarda, manutenção e preservação. Aí o gozador Zé de Nana saiu-se com mais uma das suas: “cachorro que tem dois donos vive magro e morre de fome”.
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