Sexta-feira, 14 de outubro de 2011 - 06h10
Frase do Dia:
“Ih, f… O povo apareceu!” – Palavra de ordem da II Marcha Contra a Corrupção em Brasília.
01-ad+UNIR
Depois de marchas e contramarchas, os cabeças gordas do MEC descobriram que é preciso encostar o ouvido na boca dos manifestantes para entender o que querem os professores e alunos da UNIR. É que a tal paralisação, greve ou que outro nome tenha sido dado, teve lances de um bailado ousado e que ocupou todo o palco com o mesmo grupo se movimentando ora à direita ora à esquerda. Claro que tudo ficará às claras depois da vinda do povim do MEC, da oitiva de quem quer que seja e a UNIR voltará aos trilhos como os da velha Madeira Mamoré, perdidos na mata. A ADUNIR foi uma rocha na defesa intransigente do status quo, como se pode depreender do seu nome. Vamos aguardar a próxima greve e que não deve demorar.
02-Parque das Águas
Domingão saí com o Chico Lemos visitando algumas obras da Prefeitura Municipal e “ficamos de cara” com os serviços de drenagem que estão em andamento para a construção do futuro Parque das Àguas na antiga Baixa da União. Se tudo correr dentro do esperado será um dos pontos mais belos da Capital. O interessante é que a obra atinge vários pontos fora da Baixa da União valorizando sobremaneira toda área no entorno e criando soluções de estrutura e meio ambiente para boa parte do Centro da Capital. A bem da verdade, a maior parte da obra não será vista já que se trata de movimentação de terras e limpeza de canais. Dá-lhe Sobrinho.
03-Guerrilha
A imprensa anda anunciando que o governador Confúcio Moura está conversando no pé do ouvido de alguns deputados para ver se o clima consegue ficar mais favorável na ALE. Não diria que é tarde ou que ele não irá conseguir mas, o custo e o desgaste são altos. Lembro-me que em dezembro o deputado Walter Araújo mandou um recado ao já eleito governador Confúcio Moura, além de acenar com a bandeira branca. Não sei qual a resposta se é que houve alguma por parte do governador. Certo é que desde janeiro o clima entre o governo e a Assembléia Legislativa nem de longe lembra o lema oficial do governo: “Um estado de cooperação”.
04-Porteira aberta
O Idaron que já foi considerado um centro de excelência do serviço público do estado de Rondônia está enfrentando alguns dissabores. Faltam profissionais nos portões de controle, carros estão sem manutenção e até o telhado da USLAV veio abaixo. Nada que não possa ser reparado, consertado, trocado, etc. O problema é que as porteiras estão abertas e a possibilidade de entrada de gado sem controle sanitário no estado, é real e basta apenas um caso de febre aftosa para que o mundo caia de repente sobre nossas cabeças. Aí Inês é morta, Rondônia ficará feia na parada, os prejuízos serão enormes e todo o Brasil pagará a conta.
05-Falando em pagar a conta
Aquela história esquisita da revisão das terras indígenas continua e crescendo e comendo mais que impingem no pescoço. Empresários, pecuaristas, agricultores, ambientalistas, políticos, governo, enfim todo mundo se movimentando e a FUNAI só fazendo levantamento, medições e sem falar nada. Quando a traulitada chegar vai ser difícil reverter. Não custa avisar que ações para antecipar o desfecho estão sendo preparadas na surdina e que o único caminho para impedir, reduzir ou minorar a questão é a via política. Lembrai-vos da Raposa Serra do Sol e dos problemas que a decisão da justiça acabou por criar em Roraima. Corre que o bicho pega.
06-No impulso
Vem aí mais uma obra de estradas em Rondônia. Segundo seu inventor a Transrondônia, era um pensamento rabiscado mas num impulso, no meio de um discurso, a língua não segurou o segredo e a estrada saiu da boca para fora como uma gravata vermelha de puro pensamento confuciano. Se vai dar certo são outros quinhentos. É torcer para dar certo e torcer também para que a língua do governador continue destravada e que ele vá revelando o que existe guardado na sua cabeça sobre planos para a saúde, segurança e educação. É que nessas três áreas sobram problemas, tem gente batendo cabeça e faltam idéias criativas. A coisa tá ruça!
07-Lá-i-Ká
O bilionário Raj Rajaratnam que cometeu crimes contra o sistema financeiro vai passar 11 anos atrás das grades. Claro que não é no Brasil. Aliás se o investidor estivesse no Brasil, ainda que fosse preso, julgado e condenado, teria pouquíssimas chances de ver o sol nascer quadrado. As razões vão desde o nosso sistema que permite um sem número de recursos procrastinatórios aos recursos com faceta social. O pobre coitado é diabético e precisará fazer hemodiálise e até um transplante renal, o pobrezito. Para trancafiá-lo o juiz foi mau: “a doença não é um cartão para se livrar da cadeia". Dentre as provas contra o pobre bilionário, há conversas telefônicas gravadas. Se fosse aqui, aplicava-se o fator Sarney desclassificando as gravações e adeus viola.
08-Pasticcio
O Ministério Público Federal quer que a Justiça determine a deportação daquele rapaz que é tão caro a políticos da “sinistra brasiliana”, o Cesare Battisti. Condenado na Itália à perpétua na década de 70, o belo vive livre atualmente no Brasil como se brasiliano fosse com passaporte e tudo mais. Em seu último dia de governo, Luzinácio se invocou e não permitiu sua extradição. Na sequência o carcamano conseguiu o visto de permanência definitiva no País. Antes, o STF tinha autorizado a extradição, mas deixou a bola com Luzinácio para entregar ou não o tal. Na ação protocolada hoje na 20ª. Vara Federal de Brasília, o procurador da República Hélio Ferreira Heringer Junior pede que Battisti seja deportado para outro país com exceção da Itália. Mandá-lo para sua terra natal poderia ser interpretado como uma violação à decisão da Presidência da República de não entregá-lo ao governo italiano. Pastelão de quinta categoria!
09- Ih, f… O povo apareceu
“Ih, f…O povo apareceu”. Esse foi o mote para que 13 mil pessoas tomassem as ruas de Brasília no feriado da padroeira para protestar contra a corrupção no Brasil. A II Marcha contra a Corrupção foi a segunda manifestação organizada pelo Movimento contra a Corrupção (MCC) com o auxílio das redes sociais. Além de Brasília, onde o movimento nasceu, aconteceram manifestações em outras 26 cidades de 19 estados brasileiros. Ando louco para ver uma em Rondônia. Se for em Porto Velho já estou aqui. Se for em qualquer outra cidade eu vou. A frase dos manifestantes era uma resposta a um grupo, ligado a partidos do governo, que minimizou a primeira marcha, ocorrida no 7 de setembro, dizendo que as 25 mil pessoas reunidas na verdade estavam na Esplanada dos Ministérios para acompanhar o desfile militar e acabaram aderindo. Desta vez, o propósito da reunião das pessoas era só protestar contra a corrupção. Fico numa alegria quando vejo isso que remoço 10 anos. E aí vamos nessa, vamos? Tô dentro!
10-Três perguntas cretinas
Só pra saber mesmo, já que pararam de falar sobre o tema: onde está o Núcleo de Imaginação Permanente do governo de Rondônia? É verdade ou mentira que se terceirizarem ou qualquer que seja o nome que venham a dar ao serviço de saúde prestado por terceiros, a limpeza dos hospitais ficaria a cargo da OS’s? Já que há dúvidas sobre taxa da água, folha salarial, contas a pagar e receber, contratos em andamento, obras, PAC, etc., que tal em lugar da CPI que nunca leva nada a lugar nenhum, o governo e ALE se juntarem ao MP, MPF, PF, TCE, TCU, além de siglas como CIA, FBI, FPM, CBF, PQP contratarem uma auditoria independente e abrirem a caixa preta da CAERD para um baculejo amplo, geral e irrestrito? Não precisa responder nada.