Quarta-feira, 16 de outubro de 2013 - 11h01
Frase do dia:
“Tudo o que as pessoas que estão pleiteando a Presidência da República querem é ser presidente.” – Presidente Dilma Roussef num dificílimo exercício de obviedade circular ligeiramente arredondada.
1-Dominó
Está chegando a hora. Dizem algumas vozes bem informadas que, passados os primeiros sete anos da fantástica Operação Dominó, os indiciados já identificados, julgados e sentenciados irão cumprir as penas determinadas pela justiça. Embargos infringentes estão fora de cogitação, mas sempre há um jeito para empurrar o processo e a hora fatal da prisão um pouco mais para frente. Traduzindo: a ceia de natal em casa com a família está garantida para 2013. E a de 2014 também é quase certa.
2-Pauta trancada
Como a Dominó, primeira das grandes operações político-policiais está inconclusa é impossível fazer um prognóstico das operações subsequentes. Usando o termo que agrada a políticos, como a pauta está trancada por outras operações, pouco ou nada se pode fazer apesar das tentativas infrutíferas de acelerar ritos. Com a natural limitação da justiça pelo número de juízes, tecnologia ou quadro de apoio, os advogados andam por atalhos em busca de brechas. Com o uso de tantos recursos legais, a percepção da sociedade é de que a impunidade faz parte da própria justiça. O que não é verdade.
3-Desconforto
É perceptível o desconforto de magistrados e organismos representativos de classe com esse eterno “enxugamento de gelo” da justiça, e isso vem gerando ações proativas com decisões de repercussão geral, súmulas vinculantes e frequentes falas de figuras emblemáticas, extra-autos sobre o papel da justiça e do juiz. A morosidade da justiça percebida pelo cidadão saiu das ruas entrou nas cortes e deve contribuir como fator importante para que a lei e justiça estejam juntas e no mesmo patamar.
4-Leis que não pegam
Leis que não pegam já são quase que como algo passado. Antenados com a “voz das ruas”, políticos recebem admoestações públicas do judiciário que eventualmente fala da inconstitucionalidade de uma lei quando ela ainda está sendo elaborada. Da mesma forma, julgamentos de repercussão como o mensalão trazem novidades, como o juiz a interpretar o espírito da lei. Mas isso demanda tempo e cuidado, como vimos durante a discussão sobre a validade dos tais embargos infringentes.
5-Na mesma moeda
O diretor de Inteligência da PF, José Alberto Freitas, disse na CPI da Espionagem do Senado que o governo brasileiro tenta ouvir Edward Snowden, ex-NSA que vazou a arapongagem americana e que está em asilo provisório na Russia. Enquanto a competente PF se vira nos 30 para fechar o inquérito com toda nossa burocracia imaginei mata dois coelhos com uma só paulada: Que tal pagarmos na mesma moeda, enviando arapongas da ABIN a Moscou para avacalhar de vez com a KGB? Que tal?
6-Super-bactéria
Dizer que morte por infecção hospitalar não é causa para alarme beira a irresponsabilidade. E se tal morte ocorre numa UTI pediátrica pública é mais grave ainda. E se é mais de uma morte o governo com todos os órgãos de fiscalização – técnicos ou administrativos – já ter tocado um “barata voa”, antes de, ou junto com TCE, Conselho da Saúde, da Criança, MP, etc. Na saúde mais que em outra atividade pública, transparência é obrigação e sua prática pode ser a diferença entre a vida e morte.
7-Super-carta
Uma carta cuja autoria supostamente é de um dos indiciados numa das tantas operações político-policiais desta nossa querida Rondônia, deixou meio mundo de cabelo em pé. Como vi e ouvi muita coisa, sei que jabuti não sobe em árvore, cavalo não desce escada e cachorro pitoco não atravessa pinguela. Vou esperar que as autoridades se manifestem na hora certa e nos autos. Gosto da missa aos domingos na Igreja São Luiz Gonzaga, mas dispenso as encomendadas. Minha paróquia é outra.
8-Só na porrada I
Entender o que querem os autointitulados “black-blocs” não é tarefa simples, vez que pelo menos duas facções criminosas estão envolvidas. Bem diferente é ouvir e entender a voz rouca das ruas. Ontem a violência voltou à São Paulo e Rio e agora há um discurso: "Estamos lutando por algo que ainda não sabemos o que é, mas que pode ser o início de algo muito grande que pode acontecer mais para frente." Se o Brasil vai agir contra os “black-blocs” como se fossem passivos viciados em crack, é bom lembrar que o crime organizado só entende a linguagem da força e que a polícia deve usá-la por obrigação constitucional. A violência em São Paulo e Rio saiu do controle e pode piorar.
9-Só na porrada II
O plano do PCC gestado numa penitenciaria de segurança máxima como represália à mudança da cúpula para outra prisão, o corpo e logística da facção presente em 22 estados e exterior, a ausência de leis contra o crime organizado e o terror, as ligações de agentes públicos com os bandidos que deveria combater levou o ministro da Justiça a dizer que “é inaceitável que o crime organizado tome essa dimensão”. Quando bandidos ameaçam o governador, pregam o terror na Copa e matam um promotor ou um juiz é preciso rever as regas. Exceções fogem às regras. O crime organizado é uma realidade excepcional que deve ser encarada com o uso de instrumentos e ações excepcionais.
10-Pois é...
O governo vai criar um e-mail criptografado na língua do “P”. E agora Obama? Toma abestado!
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