Quarta-feira, 13 de julho de 2016 - 05h03
FRASE DE HOJE:
"Quando voltar vou ter de enxugar muita coisa, tem muita coisa errada sendo feita"– Dilma Roussef, presidente afastada pelo que chama de “golpe” dizendo o que fará se voltar ao poder.
1-PF na área I
Enquanto aguarda a análise de “zilhões” de documentos entregues ao procurador Dr. Dallagnol - coordenador da força tarefa da Lava Jato e a caneta juiz do caso, Dr Sérgio Moro, a PF prepara as armas e se mantém com o moral elevado. Nesta madrugada por exemplo abriu a temporada de caça aos contrabandistas e espalhou os ninjas pelo norte do Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul. Com os ninjas, 38 mandados, sendo 21 de prisão preventiva e 17 de busca e apreensão. A ação tem o nome de "Pleura" – membrana pulmonar que sofre com o uso do cigarro – e induz ao sufoco dado pela PF na rede de contrabandistas que atua entre o Brasil e o Paraguai.
02-PF na área II
Anote aí que tem muita coisa. Em Rondônia no domingo dia 10, a PF solta a Operação Potência que vai de Guajará Mirim para o Pará e Maranhão no combate ao tráfico de drogas. Ainda hoje, a Operação Cupinzeiro foi deflagrada simultaneamente no Maranhão, Pará, Sergipe e Piaui para desarticular a quadrilha que transportava madeira ilegal pelas estradas federais. E nesta haverá com certeza a participação de agentes públicos facilitadores do crime. Ou seja, de novo teremos “puliça prendendo puliça” como diz Zé de Nana. E não fica só nisso. Pode aguardar que tem.
03-PF lá e cá
Há poucos dias a PF executou um strike derrubando o bando que atuava na região de Jaru num trabalho sujo que lembra as milícias dos morros cariocas. O bando fazia de tudo numa espécie de clínica ampla, geral, sistêmica e irrestrita. De cobrança de dívidas a homicídio, passando pelos crimes de menor poder ofensivo como dar uma taca nuns, uns bofetes noutros e com respaldo, pois dentre eles estavam alguns policiais gente poderosa e até um jornalista. E é muito provável que mais do mesmo venha a ocorrer em breve. O fruto está maduro, passando do ponto.
04-Infecção generalizada I
Neste ano iremos eleger os dirigentes para todos os municípios do país que é o local onde vive o cidadão. Hora de conhecer o funcionamento do serviço de saúde e saber das carências do povo. O SUS deve atuar num sistema tripartite tanto para suas ações quanto para seu financiamento. Comecemos pelo mais simples: o financiamento. O valor destinado à saúde pela União obedece uma regra: somar ao valor gasto no anterior a variação nominal do PIB que é soma de tudo que o país produziu. Assim, se o estado cresce os valores para a saúde crescem junto. E o estado?
05-Infecção generalizada II
O estado tem a obrigação de aplicar 12% da sua receita, além dos repasses que forem recebidos da União. Como se pode ver, a regra aqui trata do futuro. A partir da previsão orçamentária do estado que pode se concretizar ou não, a área da saúde vai recebendo 12%. Junto a este valor se somam os famosos repasses da União que é uma caixa de caba, visto que depende de humores e amores políticos que tenham os mandatários da esfera estadual e federal. Mas e o município que é onde o cidadão mora, adoece e precisa de médico, como se dá o financiamento?
06-Infecção generalizada III
Papo reto: todo município tem a obrigação de aplicar 15% da sua receita total na área da saúde, além dos repasses que chegam da União e do Estado. Repasse é dinheiro “carimbado”, ou seja, chega às mãos do prefeito vindo do Estado ou da União para uma finalidade específica: utilizar apenas na saúde. O sistema de financiamento vê-se, parece ser um processo simples e deveria ser assim não fossem os atrasos de repasses, a burocracia que privilegia a forma e não o cidadão e os desvios de recursos e finalidades. E como serão as ações e políticas de cada ente gestor?
07-Infecção generalizada IV
Fácil de explicar, difícil de cumprir. A União coordena o sistema de saúde de alta complexidade os laboratórios públicos e fiscaliza o SUS em todo o país. Parece uma tarefa fácil, mas temos 27 estados sob coordenação do Ministério da Saúde e 5.570 municípios em regiões bem distintas e com suas especificidades. Além disso os Estados criam políticas próprias de saúde, gerenciam a alta complexidade, os hemocentros, laboratórios e auxiliam a União nas políticas nacionais. Aos municípios sobra o que restou: dar a atenção básica, criar políticas próprias de saúde, executar políticas nacionais e estaduais, organizar e controlar laboratórios e hemocentros, administrar os serviços de saúde mesmo os mais complexos e rezar para que o povo não adoeça. Não é fácil.
08-Infecção generalizada
Como se pode perceber, há uma lógica perversa. A União que mais arrecada, tem mais dinheiro aplica menos e executa menos. O Estado aplica mais que a União executa mais entretanto recebe um repasse maior por fazer a alta complexidade. Na “bacia das almas” sem recursos às vezes para pagar um médico, os municípios dão suporte ao povo, mas da forma que é possível. Vale lembrar que o cidadão mora no município e não no Estado ou União. É lá que ele adoece e busca tratamento. É lá que os filhos nascem. É lá que falta o saneamento. Está na hora de buscar nomes que possam melhorar a saúde através da boa gestão, já que o dinheiro será este mesmo.
08-Serra na Lava Jato ou o trenzão paradão
Das duas uma: ou o PSDB é mais limpo que alma de bebê no dia do batismo ou possui a cara de pau mais envernizada e uma capacidade invejável de fazer e manter cara de paisagem quando o tema é corrupção. Não vou falar dos trens novos, enferrujados que esperam em São Paulo pela linha que sequer existe. Mas é impossível que Aluizio Nunes, Aécio, Alckmin e Eduardo Azeredo, dentre os citados com mais frequência ou mesmo o agora denunciado José Serra não tenham um pé atolado na carvoaria ou na pocilga e que passem incólumes pelo vendaval da Lava Jato.
09-Eduardo “Orloff” Cunha
É quase certo que a sua cabeça vai rolar, é quase certo que com ou sem mandato ele continuará dando as cartas na Câmara dos Deputados e influenciando o governo e é quase impossível que ele não seja preso, mas Eduardo Cunha será lembrado para o bem e para o mal como a figura mais estranha que presidiu a Câmara, incluindo-se Severino Cavalcante. Ao fazer a defesa do seu mandato, Cunha foi de uma objetividade crua e indecente pedindo a absolvição aos seus pares: Hoje, sou eu; vocês, amanhã. A que ponto chegou nossa classe política...
10-Vice prefeito
Zé de Nana me fez uma pergunta incômoda: “Se Dr Mauro se candidatar vai ser com o mesmo vice prefeito?” Como estarão as relações pessoais ou políticas entre Nazif e Dalton. Quem sabe?
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