Quinta-feira, 4 de agosto de 2011 - 17h44
Frase do Dia:
“Eu acho até que não combina com a ministra Ideli, porque a Ideli é até bem gordinha, não é bem fraquinha.” – Ribamar Sarney tentando ajudar Jobim e se enrolando junto.
01- Desmamando...
A presidente Dilma Roussef não vai mais segurar o pavio da bomba para ninguém. Em caso de denúncia, o ministro, chefe, secretário, chefete, tiranete ou o zêzeu de rosca já sabe que nem adianta pedir pra chorar no pé do cabôco. Primeiro vai-se entender com o Congresso Nacional que é o lugar onde filho chora, mamãe vê e nada pode fazer. Alfredo Nascimento que o diga, depois de passar pela sessão de autoflagelação. Para a presidente Dilma a coisa é mais simples do que imaginava o filósofo Luzinácio: se há denúncia, explique-se ao Congresso e se não for convincente, passe na Casa Civil, entregue a carta, o crachá e desocupe a moita. Simples assim.
02- Na passarela...
De conformidade com o novo rito sumaríssimo da Presidência da República para tratar casos de denúncias envolvendo figurões, ministros e gentes e coisas mais ou menos correlatas, ontem foi a vez do ministro da Agricultura, Wagner Rossi, desfilar a sua sapiência em matéria de Conab de Jucás. Não tive paciência para ouvir o ministro vez que nos meus tímpanos ainda ecoava o lamento triste do Alfredo – tadinho do Alfredo – reverberando o mantra “eu não sou lixo”. Rossi, o escalado de ontem, negou irregularidades e disse que nem vai processar o Jucá Neto. Amanhã é o ministro das Cidades, Mário Negromonte que via desfilar sua competência.
03- Saiu tucano do buraco
Expedito Jr. juntou a tucanada para mostrar o ninho novo e, só para variar, deu o que pintou de gente não tava escrito. Além dos tucanos da capital e interior, representantes de outros partidos, imprensa, autoridades, prefeitos, o governador e se não me atrapalhei na conta, 18 dos 24 deputados estaduais. Para inaugurar a nova sede, Magrão achou tucano que estava no escondido no toco e prestou homenagens aos que fizeram a história da legenda como Sérgio Carvalho, Odaísa Fernandes, Aparício Carvalho e Everton Leone. Afável com correligionários e adversários, Expedito – sem mandato – é o exemplo de como fazer política sem usar o fígado.
04- Nosso amor e ódio eternos...
De três cabeças coroadas da política rondoniense saquei as dúvidas sobre os “tapas e beijos” entre governo do estado e a Assembléia Legislativa. Dos três ouvi a quase unanimidade na análise e o mesmo prognóstico sombrio. Conversando depois com alguns colegas, a percepção é comum. Até aqui o que ocorreu entre o governo Confúcio Moura e Mesa Diretora da ALE é considerado fichinha. O presidente Walter Araújo tem na condução da relação com o governo o ponto alto da sua estratégia política. É dele o torque. Em linguagem médica, a Walter Araújo caberá apertar ou afrouxar o garrote. Ao governador Confúcio resta entregar o braço e a veia
05- Ah... as compensações
De vez em sempre – sempre que a necessidade ou o aperto exigem – sai uma nota de alguém pedindo esclarecimentos sobre as compensações ambientais. Ora, tudo o que foi previamente acertado entre governo e consórcios está escrito, carimbado, retificado, etc. e tudo aquilo que foi contratado, é devido deve ser cobrado, feito e mostrado. Claro que num ano que antecede as eleições municipais, muitos pedidos de providências sobre o tema irão aparecer por aí, mas o ideal seria ler os termos das compensações antes de pedir as providências. Aliás, mudando de pau pra cavaco, quando será que o governo irá falar sobre a renúncia fiscal para as usinas?
06- Na fila
Não sei e é melhor não ficar sabendo o que o governo achou das performances do ex-ministro Alfredo Nascimento e do ainda-ministro Wagner Rossi no Congresso, mas certo é que já estão na fila para sentar no colinho os ministros dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, de Minas e Energia, Edison Lobão, do Desenvolvimento Agrário, Afonso Florence, o diretor-geral da ANP, Haroldo Lima, e o presidente do Incra, Celso Lacerda. A idéia do governo é bem interessante: retira o denunciado de cena, entrega aos algozes e fica de camarote e fora da briga. O colo irá existir sempre e nem sempre o da presidente, mas passar a mão na cabeça, nem pensar...
07- Aroldo, o hétero
Quando a gente imagina que já viu de tudo na vida, aparece uma figura para provar que nada é tão ruim que não possa ser piorado. Depois de 5 anos de polêmica, a Câmara Municipal de São Paulo aprovou ontem em segunda e definitiva discussão o projeto do vereador Carlos Apolinário DEM que cria o Dia do Orgulho Heterossexual em São Paulo. Não tenho e melhor é que não tenha mesmo, a mínima idéia das razões que levaram o nobre edil a produzir o feito. Suponho que tenha descoberto uma forma de homenagear alguém que talvez lhe seja muito querido, mas o que torna a lauréola digamos que um tanto controversa, se me fiz entender.
08- Da defesa ao ataque
Vá tentar entender o ministro Jobim... Entrou civil na Defesa e partiu para o ataque trocando o terno pelo uniforme de campanha. Um pouco mais e começou a deitar falação sobre aviões de caça como se do assunto fosse o mestre. Um dia sem guerra para guerrear e sem o sonhado exército de Brancaleone para comandar, partiu pros desatinos puros e simples. Sem mais e nem meios mais disparou que não votou na presidente e sua chefa Dilma. Ora como o voto é secreto e ele não foi submetido à tortura, poderia ter pulado o fato. Mais uns dias, uma nova entrevista e de novo o papo. Mais uns dias, reunião com a chefa, entrevista, pau nas “Duas Marias” - Ideli e Gleisi e uma certeza: encontrou o chifre que buscava na cabeça do cavalo...
09- De olho na Defesa
O ministro Jobim não é da cota do PMDB, da Dilma ou de qualquer outro partido. E sim da cota do Luzinácio que empurrou goela abaixo, assim como fez com vários outros nomes no governo Dilma. Por acaso é o terceiro desse time do Luzinácio que se apresenta ao Exército da Salvação para servir de guardião nas portas da morada das almas perdidas. Jobim formará o triunvirato com Palocci e Alfredo Nascimento e, pelo andar da carruagem, vai mais gente pras cucuias pois Dona Dilma pegou gosto pelo ofício de destroncar pescoços engravatados. Tô achando é bom! ,
10- Três perguntas cretinas
O Ministro da Defesa disse que a Ideli é muita fraquinha e vai perder o cargo por conta dessas e outras. Mas e se ele tivesse falado a mesma coisa sobre a ministra da cultura, da igualdade racial ou o ministro da pesca, também perderia o cargo? “Todo país tem o seu núcleo duro e temido. Eu também tenho a minha quase KGB. Como era temida a KGB russa! A minha nem tanto, vocês nem a conhecem e nem sabiam dela. Porque ela não existe. É simples obra da minha imaginação, mas, virá”. Isso tudo aí é da lavra do governador Confúcio, via blog. É caso para internar de vez ou algum remedin mais forte resolve? O senador Reditário Cassol matou a pau num dia e morreu no seguinte, ao reconsiderar seu apoio à CPI dos Transportes. Nesse caso pode-se dizer que ele se transformou em Recusatário? Não precisa responder nada.