Segunda-feira, 13 de abril de 2015 - 10h55
Frase:
“Lula cachaceiro devolve meu dinheiro”
O povão gritando na rua.
1-A hora do espanto I
A pesquisa Datafolha que saiu sábado mostra um filme de terror para a inquilina do Planalto. A maioria dos brasileiros – 63% dos entrevistados – acredita que deve ser aberto um processo de impeachment, a desaprovação ao governo é recorde – 60% consideram o governo ruim ou péssimo – e 13% dos brasileiros – o número 13 parece provocação, mas é só índice – aprovam o governo, mantendo o mesmo patamar da pesquisa anterior. O governo luta para sair do poço, mas sem crédito político e pautado pela Lava Jato, escorrega para o fundo. O pior da pesquisa é que o escândalo da Petrobras colou na presidente.
2-A hora do espanto II
Que ninguém venha creditar à oposição, imprensa, justiça ou até aos deuses do Olimpo o que ocorre com a presidente Dilma. Que ninguém tente creditar o processo de decomposição do seu governo somente a ela. Ainda que fosse verdadeira a ideia passada ao país sobre seus dotes gerenciais, Dilma não conseguiria produzir sozinha a lambança trágica em que nos metemos. Para quebrar uma lojinha de R$1,99 basta o dono. Para levar à lama o Brasil ou uma Petrobrás é necessário que haja de um lado um grupo organizado para roubar e do outro uma coordenação para deixar que o roubo aconteça. A pesquisa desnudou isso.
3-Um gole de refresco
Se por um lado a nova pesquisa assustou o governo, do outro a presidente Dilma recebeu um refresco. Se a pesquisa mostrou um cenário negro para o governo das ruas, verde e amarelo, aliviou o sofrimento. “A dor passou, mas o gemido continua”, diz Zé de Nana correto como sempre. O fato das manifestações neste domingo terem sido menores que as anteriores, não dá motivos para comemorações. Ao contrário. Se o número absoluto dos manifestantes for menor e parece que foi mesmo, não diminui a importância do recado. Os 63% de desaprovação da Dilma e a guerrilha virtual contra os manifestantes mostram isso.
4-Palavra de ordem
“Fora Dilma” e “fora PT” são palavras de ordem mais fáceis para a multidão gritar do que “impeachment já” ou “abaixo a corrupção”. Considerando que os protestos nas ruas são mais induzidos que conduzidos, preparar uma pauta específica com palavras de ordem é mais difícil que tentar organizar a “Banda do Vai Quem Quer”. Para o governo protesto rachado é melhor. Ironia: o “Fora Dilma” é a versão adaptada do “Fora FHC” daquele PT que orgulhava a militância. A história é cíclica ou, nada como um dia após o outro.
5-A gata e o rato(s)
Numa daquelas longas, desgastantes e improdutivas oitivas das longas, desacreditadas e infrutíferas CPIs, um servidor da Câmara trouxe ratinhos – tudo a ver – e os soltou na sala. O servidor foi retirado e perdeu o emprego apesar do art. 5º inc IX da Constituição pregar: “é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença”, mas lá estava Mariana Carvalho. A deputada – uma “Gata” – tascou uma raquetada de respeito na ratazana do PT, João Vacari.
6-E de novo vai o pote...
Mal saiu-se de uma peia e o governador Confúcio Moura tem outra marcada para esta semana e pode encarar outra ação, esta da lavra do Ministério Público Eleitoral que não deu refresco ao destrinchar a “larica eleitoral” distribuída pelo PMDB. Como vai ser é difícil prever, pois com grana um bom advogado faz água pingar pra cima. “O pote tantas vezes vai à fonte que um dia quebra”. Lembrei-me desse adágio como algo possível. Hora dessas e com tantas peias, o governador termina levando uma lambada.
7-Tucanos na moita
Diz provérbio lusitano, “Ao ver a barba do vizinho arder, bota a sua de molho”. No caso seriam as penas, o que tem de tucano molhando o bico, tomando banho e se enfiando molhado em qualquer moita, não tá escrito. O mal que aflige o PT é o mesmo de outros partidos e aí é melhor vazar na brachiaria. Aliás, a nota do PSDB sobre as manifestações de ontem no país é um primor acadêmicista do “emcimadomurês”.
8-Atenção esquerda: direita volver
Morreu Eduardo Galeano autor de “As veias abertas da América Latina” de leitura obrigatória de qualquer jovem latino que hoje tem 60 anos. A “biblia esquerdista” foi abolida das discussões cervejísticas e para desespero dos vermelhinhos, com Cuba papeando com o Tio Sam, o conceito de esquerda sofre uma crise existencial. Por falar em Cuba e seguindo Raul Castro, o “intelectual bolivariano” Maduro da Venezuela está de olho em Miami e deu sinais de que também quer um trololó com Obama.
9-Onde está o dinheiro?
Não que isso vá mudar minha vida ou de qualquer portovelhense, mas é que depois de tantos projetos para arrumar uma grana astronômica ou, para ser mais fiel aos fatos, uma “baba histórica” para cobrir os prejuízos da tal “cheia histórica” está mais que na hora de alguém da prefeitura vir à boca do palco e alto e bom som dizer sobre o assunto, quanto já veio, o que não virá ou as duas alternativas. A informação não é obrigatória – quem sou eu pra falar de obrigação, ora, ora ... – mas o povo agradece se alguém falar.
10-Um coió e o fim do mundo
O coiozão aqui parou pra pensar sobre a nova fase da velha operação Lava Jato e olha so o rolo de cobra. 11 é um número bastante esquisito – é 1 atrás do outro 1 – ou seja, tem gente empurrando em gente. Sobre o título “a origem” dado a esta fase, creio que não é origem e sim o fim. O fim do mundo. Vixi!
Como cortar a própria carne sem anestesia
A “tchurma do primário mal feito” disse: corte só depois da eleição. Dona Simone jurou: "Chegou a hora de levar a sério a revisão de gastos. Não é p
Deu o que o americano escolheu
Assisti parte do “esforço jornalístico na reta final” das eleições nos EUA durante a madrugada e vi duas desmobilizações que não estavam previstas.
A segurança é importante demais para ficar apenas com um ministro A ideia do SUSP não é ruim e nem nova. É de 2018- Lei 13.675 – quando o Brasil vi
Quem é com-Vicente? Será o Benjamin?
Sêo Benjamin do STJ foi à boca do palco e anunciou: “O STJ não vive uma crise exceto a de volume gigantesco de processos. O que temos são fatos isol