Sexta-feira, 5 de outubro de 2012 - 23h07
Frase do Dia:
"Mais enfático que advogado de mensaleiro, o ministro Ricardo Lewandowski citou declarações de petistas, negando a compra de votos de políticos, como “provas” de que o mensalão não existiu. “– Jornalista Claudio Humberto.
I-Exercício de criatividade
Foram duas horas falando apenas de um réu para que conhecêssemos a estrutura de um voto extremamente criativo. Tão criativo que o ministro Ricardo Lewandowski colocou a queda do Muro de Berlim como argumento para tentar pela enésima vez desconstruir a peça acusatória do MP e, de forma confusa, contraditória e solitária absolver o réu José Dirceu da acusação de corrupção ativa. Apesar da criatividade não foi o seu melhor momento na corte suprema como magistrado e as queixas e contestação de quatro de seus colegas ministros já foram colocadas em apartes e votos sequenciais da ministra Rosa e ministro Fux que condenaram o Dirceu.
II-Velhas práticas
E haja pesquisas marotas, jornais com “circulação verificada”, panfletos apócrifos com notícias “bobásticas”, boataria correndo como rastilho de pólvora acesa pelos instrumentos populares de comunicação falando de compra de votos ou que a candidatura de determinado postulante foi cancelada, etc. Tudo como dantes, salvo o fato de que nesta eleição não teremos mais a inoportuna lei seca. Para a “tchurma da serpentina seca” era o que faltava para descer mais uma. Fim do horário eleitoral pago às emissoras de rádio e televisão e que a justiça eleitoral de forma mentirosa continua dizendo que é gratuito. Tradução: tudo pronto para a eleição.
III-Redes sociais
Os candidatos que esperavam fazer pelas mídias e redes sociais o milagre da multiplicação de votos descobriram que a tecnologia ajuda, mas não substitui o corpo a corpo, o pé na estrada, o café requentado, a pinga com folha e o croquete de mandioca bem gorduroso. Voto virtual é descompromissado. Se outro candidato cutuca o eleitor compartilha. Em época de eleição todo candidato sai arrotando o que vai fazer, mas o que o eleitor quer saber é o que ele fez. Quem nada fez, nada faz ou tem muito a esconder já tem seu nome no prego. Para Zé de Nana que nada entende de internet, “rede social é aquela melhorzinha guardada pra receber visitas”.
IV-Debate global
Foi realmente uma pena que a TV Rondônia não tenha feito o seu tradicional debate eleitoral por qualquer ângulo que se queira analisar, mas os tempos são outros, os novos canais e as novas redes de televisão dividem o espaço que até pouco tempo era cativo da Rede Globo e inovam com formatos diferenciados para conquistarem o seu lugar. À TV Rondônia nenhuma culpa. Tratativas e acordos entre a emissora e candidatos são selados antes e com as bênçãos do TRE. Difícil ficou a situação do candidato Mário Sergio que provocou o impasse já que fez o que considera seu direito apesar de violar cláusulas pré-definidas. Sei das dificuldades que a equipe da TV teria para fazer a adaptação impossível quer física, organizacional ou de tempo. Lamento como eleitor e como profissional da área a falta do debate, mas isso é da vida.
V-It’s now or never
A pesquisa Ibope divulgada pela TV Rondônia ontem em lugar da pá de cal para os candidatos a prefeito de Porto Velho, reacende a chama de quem busca a segunda vaga para o segundo turno, já que a primeira está ocupada desde o início da peleja pelo candidato Garçon. Ocorre que com a alta margem de erro de 4%, estariam em condições de passar ao segundo turno com Garçon, quaisquer dos postulantes embolados na sequencia: Fátima com 12%, Português com 15% e Mariana e Nazif ambos com 17%. Garçon com folgados 33% – quase o dobro do segundo – espera de camarote quem irá com ele ao segundo turno, mas aí é outra eleição!
VI-Pano pra manga
O cancelamento do debate da TV Rondônia e as ações subsequentes ainda vão dar muito pano pra manga. As compensações previstas para utilização do tempo pelos candidatos não foram isonômicas ou sequer aconteceram e durante o período eleitoral coisas do tipo se transformam em ações e são levados aos tribunais com tintas bem carregadas de preto. Já passei por essas e outras e apesar de não ter sofrido no bolso, aguentei uma baita dor de cabeça. Logo depois da divulgação da pesquisa Ibope, o segundo tema mais procurado das eleições eram pedidos de compensação pelos candidatos que se sentiram prejudicados. Isso vai bem longe e é caro.
VII-Factóide televisiso
Durante o período em que esteve no Senado o sergipano Almeida Lima,o rei do factoide era um soldado leal da tropa de choque do Senador Renan Calheiros, que sangrava em público com denúncias que acabariam por retirá-lo da presidência da Casa. Entre histriônico e estiloso, o senador sonhava alto até que se viu defenestrado pelas forças locais do PMDB sergipano o seu partido. Pulou para o PPS, candidatou-se a prefeito de Aracaju, mas provocou uma das mais risíveis cenas políticas num debate pela TV. Amargando 4% das intenções devotos, com 50 pontos atrás do primeiro colocado Almeida fazia suas considerações finais quando pegou a todos, inclusive seu vice e concorrentes de surpresa, anunciando a renúncia à candidatura.
VIII-STF do B
No Brasil se algo precisa ser mudado “pero no mucho”, é só apelar para o jeitinho brasileiro. O partidão, PCB, virou PCdoB. Um dia alguém inventou o PTdoB, talvez a dissidência do PT que não deu certo. Ai vem o julgamento do mensalão e duas figuras de proa da nave escangalhada deitam falação: "O conceito de domínio do fato é uma forma de interpretar um fenômeno do qual você não tem prova. Usa só elementos circunstanciais para condenar a pessoa. Isso é muito perigoso para a sociedade", diz Sergio Gabrielli do PT apoiado por Gilberto Carvalho do PT que chora pitangas: "A dor me impede de falar sobre essa questão. Aquela coisa do outro lado da rua dói muito". Quase rachei o bico. É fácil gente: cria o STFdoB ou STFdoPT. Pronto!
IX-De ovos e bolinhas de papel
Ô santa falta de criatividade! Embolada com o ex-senador Artur Virgílio do PSDB na disputa à prefeitura de Manaus, a senadora Vanessa Graziotin se envolveu num curioso fato que me lembrou a pedrada com bolinha de papel que vitimou o tucano Serra quando disputava com Dilma a presidência. Vanessa foi atingida por um OMNI-Objeto Melequento Não Identificado no mês de setembro. Um ovo, disseram. Dois, corrigiram. Cuspe: reduziram. Depois do ovo, um comício com a presença de Lula que não aceita Artur Virgílio como prefeito de sua Manaus. No frigir dos ovos (sorry) sobrou para Ricardo Noblat, devidamente censurado com soi acontecer, por se meter na trajetória do ovo manauara. A história é longa, mas vale a pena ver de novo.
X-Papo com Zé de Nana
X1-Paradoxo: Não é preciso mostrar título de eleitor para votar. Carteira de motorista serve.
X2-Boca maldita: Boca em dia de eleição só serve para dar bom dia e fazer denúncia no 148.
X2-A TV Rondônia perdeu o debate para o Mário Sérgio. E agora vai empatar com quem?
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