Sexta-feira, 29 de abril de 2011 - 11h05
Frase do Dia:
"Há algo no ar além dos aviões de carreira." – Barão de Itararé
01-Tá dominado
O Conselho de Ética do Senado já tem dono. Ainda bem. Jogado às traças na nova legislatura, o desimportante conselho foi montado nas coxas para receber a representação contra o confisco do gravador, patrocinado por um senador meio piradão. Em visita ao Brasil para entender nossos costumes, Idegen, o ET, questionou: o Conselho de Ética não é importante? Claro que é, falei mas, o presidente não pode ser. Tem que seguir à risca o que mandarem fazer. Então a ética não é importante, deduziu Idigen. Tive que ser claro: como valor a ser apregoado, sim. Como prática política nem pensar. E lá se foram milhões de neurônios do Idigen. Tadinho. O presidente do Conselho de Ética é o desimportante senador João Alberto, do Maranhão, Ai ai
02-Partido x coligação I
Coligação: Liga de vários (para fim comum), aliança, conluio, trama. A palavra vem de coligar ou pior, se você prefere, de coligir, um verbo complicado de se conjugar. Ora, você sabe que verbo e coisa complicada andam juntas. Como gambá, um cheira o outro. Na política então... Coligação é ajuntamento de partidos sem preocupação ideológica, com o fim de ganhar uma eleição. Como são feitas com fim determinado, as coligação são momentâneas ou pelo menos seria assim, mas ai vem outro complicador que é o suplente. O STF entrou na parada ontem para dizer que o suplente é da coligação e não do partido. Ou seja: o partido não importa numa coligação. Indo além: se o partido não importa numa coligação, por que existir mesmo?
03-Partido x coligação II
Partido: União de muitas pessoas para um determinado fim, facção, bando. Vamos nos ater apenas sobre o fim a que se destina o partido. Todo partido tem o programa ainda que sejam todos parecidos, registrado e, para variar, pouco lido. Diferente do jogo do bicho, não é o que está escrito que vale. Vale a grana distribuída pelo governo para o tal fundo partidário – art.17, §3º da Constituição – até para quem não tem representatividade, já que a cláusula de barreira foi pulverizada por uma decisão da Alta Corte e o tempo gratuito de rádio e TV para alardear seus feitos. Mas, com tudo isso, um partido grande não é na hora de coligar mesmo que com um partido nanico, disposto a “faturar um” com o aluguel da sigla até que dure a coligação.
04-O feijão e o sonho
Enquanto o governo estadual sonha com bons tempos, com a modernização do estado e com funcionários sorrindo mais que o próprio governador – como ele ri fácil – em dias melhores, o servidor vive o pesadelo diário da alta de preços puxada pelos combustíveis, do aluguel, da tarifa de ônibus, da rua esburacada, da saúde desmantelada e de um número que não sai nem da mídia nem da sua cabeça: 6% de aumento salarial. O previsível aconteceu: o presidente da ALE, Valter Araújo, lançou um repto ao governador e parmaneceu durante todo dia de quinta feira esperando do governador um projeto que não apareceu, para desengessar o orçamento.
05-Guajará em pé de guerra
Pobre Gaujará... tão longe do poder e tão perto da Bolívia. Às voltas com um prefeito que não se sustenta, a Câmara de Vereadores tomou a medida extrema e tentou defenestrar o Atalíbio. Contudo, mais previsível que o estrago que sofreu o deputado Lebrão depois de uma dor de barriga, a Justiça reconduziu o “ex-quase-ex-prefeito” ao cargo. E como não custa alertar aqui vai um “aviso aos navegantes” e que deve servir para outros casos: para um impeachment é preciso que além da vontade, haja provas. Não dá para mandar pras cucuias quem que nada faz ou faz pouco.Quem não se mexe não erra. Só deixa de fazer e cavalo não desce escada...
06-Transubstanciação
Do dicionário: Mudança de uma coisa em outra. E não é que a transposição conseguiu o feito de deixar de ser um engodo em realidade na próxima semana e antes mesmo que a mágica se realizasse já transmudou e virou ou vai virar outro “baguio” veio? Pois é... Depois dos anúncios “divera” que a “tchurma da janela do busão” disse que a ministra disse que a presidenta disse que o decreto, lei ou o zezêu de rosca seria assinado na semana que vem – na verdade é essa que acaba hoje – chegou o novo aviso: a presidenta vai assinar o baguio quando vier ao estado para ver as obras do PAC. Ou seja, pode ser a qualquer hora entre abril e dezembro. Homessa!
07-Parem as máquinas!
Um importante jornal de Rondônia está para mudar de mãos e pode ficar com quem entende mais de ônibus e transporte coletivo. As conversas evoluíram bastante nos últimos dias e já estão na fase dos levantamentos contábeis. Mas as mudanças na imprensa não param nisso aí. Um grande investidor que atua em vários ramos de atividades e que já vinha há algum tempo amealhando rádios e pequenos jornais do interior do estado deu o lance e pode agregar aos seus negócios uma importante rede de televisão estadual. Quem pode bancar e vê mais longe age assim: em vez de pagar para ter, tem para poder pagar. E o dinheiro chama mais dinheiro.
08-Leis que ajudam e atrapalham
Uma das leis mais modernas do país, a Lei das Licitações – 8666/93 – detalha com tal precisão os passos para uma licitação que, com o passar do tempo e pelo estudo criterioso da “tchurma do querumeu”, se transformou numa autêntica cartilha para legalizar fraudes e abrir as burras do tesouro. Como as leis são feitas pelo Congresso ou pelo Executivo com suas MPs., e como a maioria das demandas públicas são originários desses dois poderes que no papel deveriam ser independentes mas, na prática são os dois lados de um balcão de negócios, ninguém espere por uma revisão ou adaptação da Lei das Licitações. Aliás uma mudança visível já ocorreu com tanta maracutaia patrocinada com sua ajuda: tornou-se a Lei do Faz de Conta. A cara do Brasil.
09-Desbastando arestas
Quem não pode com o inimigo, a ele deve aliar-se. Apresentada como “gerenta, mãe do PAC” dentre outra baboseiras do tipo, a presidente Dilma enfrenta um momento difícil e terá que ser bem mais que gerente e bem menos que mãe para resolver alguns temas. Na economia o fruto da gastança que resultou em sua eleição está no ponto de colheita ou vai se perder com a praga da inflação. Mas, a gerente do PAC está com um futuro presente batendo à porta com o atraso em obras no Brasil da Copa, das Olimpíadas, do Minha Casa Minha Vida, do pré-sal, do sindicalismo, do aparelhamento do estado e vai por aí. Nas suas raras aparições, o semblante já mostra as marcas próprias de quem governa o país. E com os seus aliados, pobre da Dilma...
10-Monarquia à brasileira
Com a overdose de enlace monárquico, lembrei que o Brasil já teve – pero no mucho – disso aí e para quem gosta da coisa, recomendo a leitura de 1808 de Laurentino Gomes. Ai de repente me veio à cabeça uma idéia: que tal se o Dom Ribamar propusesse fazer outro plebiscito para definitivamente decidirmos pela volta à monarquia no Brasil? A proposta não é sem sentido já que o Marimbondo de Fogo – depois da tragédia de Realengo – propôs outro plebiscito sobre o desarmamento. Basta aproveitar a oportunidade vez que em matéria de idéias e propostas pertinentes ou factíveis o Senado anda deserto. E já que fui até aqui, que se escolha entre os dois príncipes em luta perene: Dom Luzinácio, o da pobreza e Dom FHC o da “zelite”. Que tal?
Fonte: Léo Ladeia - leoladeia@hotmail.com
Gentedeopinião / AMAZÔNIAS / RondôniaINCA / OpiniaoTV / Eventos
Energia & Meio Ambiente / YouTube / Turismo / Imagens da História
Mantendo o eleitor no cabresto
O mundo vive uma crise de pleno emprego e a “tchurma do primário mal feito” tem a solução ideal com nova profissão: “Eleitor de Lula”. Não é preciso
Um chamado aos maçons e aos não maçons.
A ideia nasceu na Grande Loja Maçônica do Estado de Rondônia - Glomaron, mas hoje é o sonho coletivo das três potências ou obediências, CMSB- Grande
O jejum do “ispritado” Glauber Braga
O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados aprovou por 13 votos o relatório para cassar o mandato de Glauber Braga, uma daquelas aberrações da extr
Globo News, a “Terceira turma do STF”
Estávamos no início de maio de 2018 e o STF votava o foro privilegiado, um tema caro ao país, quando o ministro Gilmar Mendes do STF ou do Mato Gros