Terça-feira, 30 de outubro de 2012 - 05h26
Frase do Dia:
“A diferença entre a galinha e o político é uma questão de tempo. A galinha cacareja e entrega sua mercadoria na hora. O político também cacareja. Mas só daqui a quatro anos você vai saber se ele botou o ovo."– Jornalista Josias de Souza
I-Mãos à obra prefeito!
Lembro que aos 142.937 votos, 63,03% dos válidos, devem ser somados os 83.828 votos, 36,97% do Garçon. Além desses há as abstenções, nulos, brancos, os menores, a população flutuante, os vizinhos que utilizam os serviços públicos e... passamos de 500 mil pessoas. Esse é o número de pessoas para quem o Dr.Mauro vai trabalhar. Salvo os dois candidatos do PSol e PSTU que disputaram por decisão partidária, os outros queriam o cargo e lutaram. Por três meses ouvimos promessas de soluções para nossos problemas. Mauro ganhou e é hora de mostrar que a promessa é um compromisso que começa com a transição: inteire-se de tudo e mãosàobra. O povo irá pagar o salário do escolhido para ele fazer o que prometeu: ser prefeito de Porto Velho por quatro anos. E nem pense em sair antes do fim do contrato!
II-O sprint do Mauro
Ninguém sente quando um barco grande faz uma curva se não tem referência, salvo o piloto ou quem está na cabine. No final do primeiro turno das eleições os dois vencedores foram à TV para uma rápida conversa e Mauro ali começou a fazer uma curva. Os 13 mil votos que o separavam do Garçon dariam em tese, a tranquilidade que Garçon deveria apresentar, mas não foi isso que se viu. Afeito às câmeras e microfones, Garçon ficou instável. Mauro calibrou o discurso e focado nas próximas ações deixou claro sua estratégia de corrida em dois estágios: dosou forças chegando embolado na primeira bóia com os seus oponentes, fez a curva longa, alinhou a proa, abriu as velas e chegou à frente. Um belo e clássico sprint.
III-Lições da rejeição e da transferência
O PT de forma geral e Serra em particular já podem ganhar dinheiro falando sobre rejeição, tema no qual se tornaram mestres. De cara, já se sabe que para mudar o quadro de rejeição é preciso de tempo, paciência, ações, acompanhamento e que a garantia de sucesso é zero. Lula e Dilma no particular e de novo, o PT de forma geral podem ganhar dinheiro falando de transferência de votos. Não tem jeito. Dilma, Lula e ninguém elegem o poste, a geladeira ou um desconhecido se ele tem rejeição e se o bom da boca não tiver credibilidade consolidada junto ao eleitor. Se é verdade que Haddad venceu em São Paulo pela transferência de votos de Lula e Dilma por que não ocorreu o mesmo em Porto Velho, Manaus ou Fortaleza? Que coisa:aqui ninguém transferiu nada mas a rejeição mostrou caminhos até para o Garçon.
IV-Lições de Confúcio
“Conselho e água só se pedirem”, mas a jarra e a cadeira estavam aqui e não desejo que o médico prefeito passe pelos mesmos problemas do médico governador. É possível aprender com o erro dos outros e eles começaram para Confúcio antes do primeiro dia de governo. A eleição da Mesa da Câmara é já. Não subestime o Legislativo. O orçamento de 2013 não é do Roberto nem seu: é da Prefeitura. Estude e ajuste-o! A hora é agora! Reinventar a roda só serve para atrasar a viagem. Comece com o que tem. Ainda na “lua de mel” defina as bases da relação com imprensa, ONGs, sindicatos, etc. e não erre na escolha dos pilares para uma boa gestão: Finanças, Saúde, Trânsito e Planejamento. Se não tiver um bom nome,busque lá fora. A inexistência do planejamento integrando o governo é a razão dos males do Confúcio.
V-Acender a luz amaldiçoar a escuridão
Em pouco mais de um mês, cinco blecautes gerais conhecidos do público como “apagões”, normalmente seguidos de um palavrão. A presidente deve estar chutando poste no escuro e quando isso ocorre é bom ter explicações e foi o que a “tchurma do siguressamoçaê” fez. “Lobão está doente”, acudiram. “Foi um apaguinho”, gracejou o tal ONS. “Tudo é bastante anormal”, assustou o vice ministro Zimmerman e como a presidente continuava possessa, o próprio vice consertou: “o sistema elétrico brasileiro é um dos mais seguros do mundo e fiquem tranquilos: não faltará energia para a Copa do Mundo”. Na escuridão FHC amaldiçoa: “Assim não pode, assim não dá” e Serra procura a vela: Haddad é a treva! Haddad é a treva!
VI-Puxalácio ou palacinho?
O MP entrou na parada para resolver os problemas do presente no futuro Palácio do governo e, ficou de cara com problemas do passado. A ocupação sem licença, tecnicamente deixa o prédio em condição análoga a um “cacete armado” ou “puxadinho” qualquer numa invasão. Para o MP, “pópará!” e chamou o Município de Porto Velho e Corpo de Bombeiros, para que sejam adotadas as medidas cabíveis. Até aqui é “galho fraco” e a coisa se resolve fácil. Pior é que mais irregularidades foram identificadas e dentre elas falta de acessibilidade interna e externa, a falta de tratamento de esgoto, mitigação do trânsito no entorno e construção de mais 1.402 vagas para estacionamento. Esse “puxalácio” ainda vai dar muita dor de cabeça.
VII-A nova velha vida
Hoje é o primeiro de uma série de dias que teremos sem propaganda eleitoral, promessas, ataques a medianas inteligências, passando belo bom senso até o assassinato do vernáculo. Estamos de novo vivendo aquele marasmo político e na calmaria que antecede as grandes tempestades. Hora ideal para os ”ninjas de gravata” nos brindarem com uma operação bombástica daquelas de fechar o ano. Aliás, nas coxias as serpentes sibilam e numa casa os escorpiões se ajuntam. Entre os políticos tem gente fazendo piquenique na beira do abismo. Aviso aos navegantes: a PF sabe escutar de longe, enxergar no escuro e entrar sem chave. Se liga na missão véio: passarinho que acompanha morcego, dorme de cabeça pra baixo.
VIII-Outro recado das urnas
Juntando o que falaram os analistas e colegas que gostam de fazer contas é possível chegar a algumas verdades sobre as eleições: o PMDB elegeu mais prefeitos. Em termos absolutos foram 1.024 das 5.568 prefeituras ou seja, 18,4% do total. Na sequencia, o PSDB com 702, PT com 635, PSD com 497, PP com 469 e PSB com 442. Ocorre que apesar da quantidade, o PT foi o partido mais votado no Brasil. Foram 21.880.137 votos, contra 17.530.127 do PMDB e 15.933.425 do PSDB. São Paulo desequilibra, mas os 402 mil votos a menos que a eleição do Kassab indicam fadiga do modelo político. As eleições municipais desenharam um cenário em que o eleitor pede mudanças. Vamos ver como, se e onde isso vai ou não vai dar.
IX-Providencial
O Dr.Mauro Nazif já firmou sua primeira parceria com o governador Confúcio e vai beneficiar o troca-troca de cadeiras já meio que anunciado. Com sua saída da Câmara de Deputados para assumir o cargo de prefeito de Porto Velho, o seu suplente, Anselmo de Jesus do PT deixa a Secretaria de Agricultura onde passava uma chuva. Aliás, na área do governo onde o PT fincou a bandeira, os resultados são pífios. Melhor seria o governador arranjar vagas nas secretarias menores para colocar metade desse povo que faz parte do consórcio. O diabo é que eles conseguem se atrapalhar com coisas menores. Nem exemplifico para não dizerem que faço campanha pelo estado mínimo. “Esse povin é ruinzin por de mais”, diz Zé de Nana.
X-Papo com Zé de Nana
X1-O PT elege postes, enquanto o Brasil vive às escuras com o apagão.
X2-Se um cachorrofizer xixi no “poste Haddad”, o dono do animal pode ser processado?
X3-Sacanagem: Haddad só foi eleito por causa do Maluf.
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