Maternidade: A Esperança é a última que morre, diz o ditado. Mas sem manutenção pode morrer antes

Frase do Dia:

“Se não tem tu vai tu mesmo.” 

                               Do povo, adaptado aos primeiros dias do novo prefeito.

I-Mãe Esperança

Não deveria, mas é assim. Coisas simples como comprar combustível, atender alguém que tenta enterrar o ente querido sem dispor de recursos, o que o torna duplamente indigente, ou o sistema de matrículas da rede de ensino que emperrou porque o seu único operador está em férias, ou fazer a Emdur funcionar apesar da trava dos órgãos de fiscalização e sem saber onde estão os equipamentos. Tudo isso é parte da coleção de problemas do prefeito Nazif e equipe nos primeiros passos. Domingo pela manhã participei de um desses dramas, e da solução que envolveu várias secretarias municipais, o MP e renovei minha esperança.  

II-Mãe Esperança

Depois de anos para ser construída a Maternidade Mãe Esperança foi enfim inaugurada na gestão Roberto Sobrinho e prestou excelente serviço não só no atendimento específico de trazer crianças ao mundo, mas principalmente nos cuidados de pré-natal e na execução de políticas de planejamento familiar além da educação e informação a crianças e adolescentes sobre a gravidez indesejada ou DST’s. Se nesse campo tudo continua bem, na parte física a maternidade sofreu bastante e já apresenta vestígios da falta de manutenção e do tempo. A Esperança é a última que morre, diz o ditado. Mas sem manutenção pode morrer antes.

III-Deve ser mais barato alugar

Dia desses os ambulantes que fazem a feira do Porto, na Praça Aluizio Ferreira, pediram uma revisão das taxas que pagam, segurança pública, padronização das barracas, fiscalização e locação de mais banheiros químicos. Paro exatamente nesse ponto para inquirir: existe algo mais provisório que banheiro químico? Existe algo mais desejável numa praça pública que um sanitário, mormente se nessa praça se reúnem pessoas para eventos e com frequência? Na semana em que o banheiro da rodoviária de Porto Velho esteve de novo nas manchetes vale lembrar a capital não dispõe sanitários públicos em condição de uso em suas praças . 

IV-Freedom (+/-)

Depois de um período de confinamento e expiação, o grupo que foi parar atrás das grades por conta das operações Vórtice e Endemias voltou para casa. Freedom, pero no mucho meu bichinho. Agora começa a fase que realmente vai provocar dor de cabeça e dor no bolso. A Operação Dominó continua distribuindo sentenças em profusão até hoje e ainda falta muito. A Termópilas tem muito a fazer e no âmbito federal falta fechar o julgamento do mensalão – só após publicação do acórdão – que fez e fará estragos políticos, financeiros, etc. Liberdade sim, mas não se fresque não. Sabe aquela grana que você roubou? Vai ter que devolver.   

V-Metade pra cada um

O MPF informa que o senador Cassol além de Renato Eduardo de Souza, Hélio Teixeira Lopes Filho, Gliwelkinson Pedrisch Castro, Nilton Vieira Cavalcante e Agenor Vitorino de Carvalho, foram condenados por improbidade administrativa. O Senador Cassol diz que é inocente e que vai provar na justiça. Crédulo de pai, mãe e parteira, racho 50% para cada: o MPF tem razão de informar e Cassol de se dizer inocente. Por outro lado, como anarquista cristão, lembro que São João, São Pedro, São Paulo e Santo Expedito jamais foram acusados de atos de improbidade e por isso o MPF nunca denunciou ou falou nada deles. Vai daí então que...

VI-Herminio e o “Fico” da ALE

Pelo andar da mula veia e pela pequena quantidade de carga, as abóboras já se encontram acomodadas e Hermínio Coelho, o Sortudo, deve continuar presidente da ALE. Vejamos: para dissolver a mesa e retirá-lo do poleiro, seriam necessários 16 dos 24 votos. Hermínio é tido pelos seus pares como confiável, apesar de falastrão e as consequências da Operação Termópilas acomodou boa parte deles. Confúcio busca uma área de conforto político, mesmo sabendo que qualquer voo com Hermínio pilotando, terá turbulência e que nas eleições os dois estarão em lados opostos e possivelmente brigando pelo mesmo cargo. “Para o bem de todos e felicidade geral” do estado, o ideal agora é que Hermínio fique e reagrupe a Mesa.

 VII-É o verbo que não ajuda

Lendo uma matéria sobre a ação do governo federal para promover a segurança na fronteira deparei-me com uma singela pérola do “embromation” da Agência Brasil: “Plano Estratégico de Fronteiras permite avanço no combate ao crime organizado”. Permitir é o mesmo que admitir, dar licença, concordar, mas não reflete o ato individual ou ação deliberada de quem permite. Ainda do mesmo texto: “É com ações como o Plano Estratégico de Fronteiras que nós vamos construindo, junto com os países vizinhos, uma sólida rede de proteção das fronteiras, combatendo o tráfico...”. De novo o verbo e dessa vez o tempo que condiciona. Para nós da fronteira a coisa é simples e só exige verba: tranca a porta e põe um guarda.

VIII-Dilma na estrada

Repaginando e renovando o estilo, uma sorridente Dilma Roussef está com todo jeito de quem já enfiou o pé na estrada para construir o segundo mandato. E convenhamos de há muito ela deixou de ser mais “um poste do Lula”, tem condições de tocar sua candidatura e é até possível se afirmar que um afastamento entre a criatura e o criador – improvável, é bom que se diga – não deve modificar substancialmente o quadro eleitoral que se pinta, a menos que o criador resolva ele mesmo se lançar na disputa ou apostar nalgum Haddad da vida. E enquanto Dilma põe o scarpin de campanha combinando com o gibão e chapéu de couro, a oposição estirada na rede agita freneticamente a bandeira do “laissez-faire”. Nada de novo.

IX-Plantões

No dois primeiros itens da coluna tratei do drama de uma senhora do povo na Maternidade Mãe Esperança que consumiu duas horas de ligações telefônicas e buscas com as facilidades óbvias quem tem so que militam na  imprensa. Volto ao ponto para sugerir que, caso não exista, a prefeitura e o governo do estado adotem o sistema de plantão de atendimento ao público. No domingo pela manhã em meio a todo sufoco, o CIOP com o plantão da PM e o MP com seu plantão foram de grande valia para encaminhar uma solução. Em particular registro a presteza do secretário de Educação do Município, Marcos Rocha que entrou no circuito com sua experiência de militar da PM que foi definitivo. Plantão custa pouco, ajuda muito e passa uma ideia de transparência, compromisso e qualidade no serviço prestado. Ajudaê gente!

X-Papo com Zé de Nana

X1-Pelo jeito o carnaval vai ter Banda do Vai Quem Quer, Pirarucu do Madeira e tristeza.

X2-E a Emdur não vai fazer iluminação de carnaval ou nem isso vai ter? Desce mais uma.

X2-É o que dá: lava-jato, prestamista e espetinho em cada esquina. Tá ficando ruço...  

leoladeia@hotmail.com