Sexta-feira, 30 de março de 2012 - 05h06
Frase do Dia:
“Sempre honrei meus compromissos, sou homem cumpridor de palavra e pretendo agir assim durante toda minha vida pública.” – Miguel de Souza do PR rachando com o frentão
01-Rachou I
“Me sinto traído. Agora minha pré-candidatura é minha e é para valer e para o que der e vier”. Em tom de desabafo Miguel de Souza do PR falou comigo ao final do programa Câmera 11 e irritado disse que agora é a vez do PR. “Sou homem de grupo e de honrar compromissos, mas as atitudes dos companheiros dos partidos que faziam parte da aliança, não respeitando o que foi combinado como amplamente publicado pela imprensa me levam a buscar a via alternativa que premie meu PR. É uma pena. A proposta para Porto Velho era a soma de cada um de nós
02-Rachou II
Como disse em colunas anteriores, o problema a que Miguel de Souza se refere é um indigesto sanduba com salada. O PSDB lançou ou digamos, festejou a vereadora Mariana Carvalho como o nome do partido tucano a ser levado à convenção. O PV agiu em duas pontas. De um lado os esverdeados vereadores de Porto Velho anunciaram a pré-candidatura de Marcelo Reis e ao mesmo tempo deixaram sua maior liderança, o ex-deputado Lindomar Garçon fora da festa. Aí não é preciso ser cientista político. A ficha caiu e Miguel se viu rifado e terá de andar sozinho.
03-Rachou III
Se o racha for mesmo para valer, sobem na cotação tucana os nomes de Ivo Benitez e Mariana Carvalho, talvez já previamente colocados para terem chances em futuras alianças. Continua em alta no PV o nome do ex-deputado federal Lindomar Garçon para seguir igual caminho. Apenas para lembrar, uma eleição se faz baseada num tripé: absoluta vontade pessoal, apoio (alianças, militantes, mídia favorável, etc.) e grana, muita grana. Ao propor fazer o caminho só, Miguel de Souza revela a vontade. Perder apoio do frentão é do jogo e melhor que seja agora.
04-Rachou IV
Em política não há vácuo. Sai um, engata outro e a vida segue. Na história do racha do frentão sobram dois partidos para fazer contas e acordos. PMDB e PT brincam no recreio com o PV há muito tempo. Garçon trabalha com o governador Confúcio do PMDB que é aliado do prefeito Roberto Sobrinho do PT que é aliado do PV do Marcelo Reis que pode ter servido de isca para afastar Miguel de Souza. Garçon tem densidade eleitoral e é uma figura que bem mexida pode levar ao xeque-mate. Sei que é cedo e há o efeito Garrincha. “Mas já combinaram com eles?”
05-Rádio Corredor informa
Estive passeando na Assembléia Legislativa o pelo serviço de auto-falantes o que mais se ouve é um antigo sucesso de Nelson Gonçalves em repaginada versão gospel, sucesso absoluto de da Rádio Corredor. Vá lá... o “bafão” já foi e voltou várias vezes e não há nada mais consistente para que se afirme que “desta vez é pra valer”. Ocorre que há três meses Valter Araújo está em “local incerto e não sabido” e pelo andar da “mula véia", é capaz do Sargento Garcia pegar o Zorro e Tom pegar o Jerry antes que ponham a mão no Valter Araújo. E enquanto isso, pelas ondas da Rádio Corredor alguém informa o sucesso de todas as horas: “a volta do boêmio”.
06-Nada como um dia após o outro
Enquanto o senador Demóstenes Torres se movimenta como um catador de siri no mangue: errático e lento, Sarney tem tempo para filosofar sobre as verdades efêmeras. Demóstenes, quem diria, crítico feroz do governo, paladino da moralidade, foi pego com a boca na botija e tomando água da cachoeira proibida. Sarney não tripudia, mas deve trocar impressões entre risos com o amigo Renan Calheiros que foi um alvo fixo do Demóstenes. "As denúncias são graves e o que nós temos aqui é colocar em andamento as representações que forem feitas". Um velho ditado se ajusta como uma luva ao caso: “A vingança é um prato que se serve frio”.
07-Velocidade relativa
Enquanto o processo do mensalão se arrasta no STF sem data definida para julgamento, o caso do Senador Demóstenes pegou carona num carro de F1 e com pista livre já tem autorização do STF abertura de inquérito, inclusive com quebra se sigilo. Longe de considerar o fato como algo atípico, acredito que a cada dia as altas cortes mostram como podem responder rapidamente às demandas da sociedade, ainda que curiosamente nos dois casos – mensalão e Demostenes – o ministro Lewandosky tenha agido como limpador de pára-brisas. Independentemente do que ocorra com o senador – é lá com ele, – espero que a agilidade e velocidade sejam práticas constantes no Poder Judiciário, até para que paremos de elucubrar sobre razões menores.
08-Coalizão x colisão
A conversa rolava morna na TV quando a expressão “presidencialismo de colisão” me chamou a atenção. Isso martelou minha cabeça até ver uma manchete no Estadão sobre um pedido do ex-ministro da Pesca a uma empresa. Queria dinheiro para seu partido. Li depois: o Congresso diminuiu a fúria com a liberação de grana, emendas e cargos. E quem manda no Brasil? Nem a Dilma crê que seja ela. Ela manda em quem manda. Mandou para a rua líderes do congresso e os ministros. Mas mudou ou vai mudar algo? Sim: o jeito de colidir. Quem está do outro lado sabe que na próxima colisão ter que ocultar da imprensa para não quebrar a coalizão. Assim, mesmo não parecendo aos olhos comuns, tudo estará normal e sem crise. Só harmonia.
09-Peixe fresco
A compra foi feita em 2008. Foram 28 lanchas para o Ministério da Pesca, of course. Custaram R$ 31 milhões e, talvez por serem caras, estão sem uso para não gastar. Claro que uma compra dessas só poderia ser feita por uma dupla e... bingo! Gregolim e Ideli Salvatti. Se você quer saber para que o governo precisa de tanta lancha é porque você tem má vontade e não vê que podem ser vários usos como pescar peixe para o fome zero fazer doação para a Marinha de Guerra do Brasil ou para as Colônias de Pesca, ou a países pobres como a Bolívia, Haiti, Timor Leste, Grécia, Inglaterra, Cuba, Argentina, Chile, Noruega... Pura má vontade sua não ver isso.
10-Três perguntas cretinas
Não seria melhor o PSDB entregar o jogo em São Paulo só para a gente ficar livre de Lula? Será que o governo tem outro Cambuquira que está deixando a “tchurma” indócil com atrasos? De quem é a culpa: do coitado que extraiu o próprio dente, do pessoal de Ariquemes que mandou o homem para Porto Velho, do João Paulo II que não lhe deu tratamento ou de quem filmou o doente sendo comido pelos tapurus e publicou na internet?
Mantendo o eleitor no cabresto
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Um chamado aos maçons e aos não maçons.
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O jejum do “ispritado” Glauber Braga
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Estávamos no início de maio de 2018 e o STF votava o foro privilegiado, um tema caro ao país, quando o ministro Gilmar Mendes do STF ou do Mato Gros