Miguel de Souza pintando na área

Frase do Dia:

"Reforça-se a dissociação entre representantes e representados, e se reduz a cidadania a uma massa de clientes". – Luiz Werneck Viana, cientista político

01-Miguel de Souza pintando na área

Um grupo suprapartidário de amigos, empresários, políticos, enfim, gente que se preocupa com Porto Velho vem se reunindo para estruturar e propor um projeto de governo e garimpar um nome para disputar a Prefeitura da nossa Capital. As idéias surgidas alem de interessantes são viáveis. Os nomes, porém nem tanto. É que um projeto dessa envergadura exige alguém que seja técnico, tenha bom trânsito político, espírito empreendedor, sólidos conhecimentos da máquina pública e experiência aprovada como executivo. Em todas as listas está o nome do Miguel de Souza que por enquanto resiste mas... até quando? O chamamento é grande.

02-Rondônia contra a corrupção

Esperar que um encontro entre os órgãos de fiscalização e a sociedade em geral vá resolver o grave crise em que a corrupção sistematizada nos colocou é utopia porém, é um bom começo para conhecermos as ferramentas disponíveis para o combate e até tentar aperfeiçoá-las. Se o número de participantes foi pequeno, a culpa não pode ser creditada à descrente sociedade presa e anestesiada nessa teia gigante. A tarefa não é fácil, as ferramentas são insuficientes e pouco apropriadas, contudo há um clamor ainda surdo que começa a se transformar em grito. Ninguém suporta mais conviver com a corrupção nos níveis e nas esferas em que se encontra.

03-Apenas para saber...

Em que estágio estão os mais de 2 mil processos que foram “entregues” pela Sedam depois de uma batida oficial no órgão em abril de 2009. Até o ponto que sei os processos não correm em segredo de justiça e, portanto, os órgãos envolvidos poderiam passar informações confiáveis à sociedade. A propósito, quem são os ”felizes contemplados” com as fabulosas multas aplicadas pelo Ibama? Até o ponto que sei, também não fazem do “segredo de justiça”. Ao responderem a essas perguntas os órgãos de fiscalização retirariam o véu, mostrando que todos são iguais perante a lei e contribuiriam para a ansiada transparência necessária ao combate à corrupção.

04-Falando nisso...

Uma das formas mais eficientes para combater a corrupção é a adoção de mecanismos de análise prévia desde o início do projeto, controles inteligentes para acompanhamento on line em todas as fases de execução, segregação de funções com auditagem externa principalmente nas medições, entregas, veiculações, etc. e tudo isso com ampla publicidade e transparência. Se custa caro? Claro que custa! Contudo é bem menos do que os valores que vazam pelo ralo e do quais só se conhece uma parte. Medidas desse tipo além de eficientes são simpáticas.

05-Código florestal decodificado

Terça feira deve ser o dia. Depois de idas e vindas e sob forte pressão da bancada ruralista o tal código florestal depois de decodificado e com os galos e espinho aparados deve ir à votação. O governo vai fingir-se de gato morto para evitar uma derrota histórica e sair-se com a conversa de que o resultado é de responsabilidade do Congresso. Para nós de Rondônia o código é uma paulada no zoneamento sócio-econômico-ambiental, feito com o nosso dinheiro. Para um grupo de políticos ricos e que feriram a legislação e o meio ambiente porém, será a “salvação da lavoura”. Mas, nem tudo está perdido. Os temidos TACs estão esperando os pilantras.

06-Pimenta no olho

Na reforma do código florestal, como não poderia deixar de ser, há uma forte preocupação com a propriedade rural. Porém, as questões ambientais das cidades é sub-reptícia e se fica com a impressão de que o problema diz respeito apenas ao Ministério das Cidades. Não é bem assim. O que fazer com o lixo, a poluição dos mananciais subterrâneos e os corixos,igarapés, rios, etc.? Apesar da legislação sobre a destinação de resíduos sólidos, a pressão é inexistente até pelas ONGs que tanto brigaram para conter o desmatamento. Será que o meio ambiente só existe onde existe mato e madeira ou é por que os ecos xiitas moram nas cidades?

07-Qualificação

A necessidade faz o sapo pular e o dito cabe como uma luva para empresas locais que atuavam com soluções ambientais. Ao formarem parcerias com as grandes que por aqui chegaram para atuar em grandes empreendimentos como os que foram desenvolvidos pelos consórcios das usinas, somaram ao conhecimento de características locais a “expertise” das que trazem nos portfólios obras de vulto e soluções ambientais criativas. Com o novo código florestal serão as locais que estarão dando as cartas para implantar modelos para as demandas estaduais e municipais. Um exemplo é a Apidiá. Uma local robusta e respeitada pelos grandões de fora.

08-Pau na mula!

Gostei da providência. Entre 500 a 600 proprietários de terrenos baldios em Porto Velho foram enfim premiados com multas que variam de acordo com o tamanho do terreno. Mário Sérgio, presidente da Emdur, informa que os “coisa ruim” recebem normalmente 3 multas: uma por falta de limpeza do terreno e duas pela ausência do muro e da calçada. Depois de notificado o “coisa ruim” tem um prazo para regularizar a irregularidade se não providenciar, a própria Emdur faz o serviço e apresenta a fatura. Só não entendo a razão da demora para adoção da prática e porque só 500 a 600 foram multados. De qualquer forma é um bom começo.

09-Saúde doente

“Existe um mundo melhor mas custa caro”. A frase da jornalista Rita Furtado referindo-se à qualidade dos serviços de saúde por ocasião do falecimento do vice-presidente José de Alencar ficou reverberando na minha mente durante uma visita que fiz a uma paciente no Hospital de Base. Não sei o que o governo e a sociedade acham do assunto mas, essa história de reformar hospital já deu. Enquanto se fala na construção de um novo hospital – seria um municipal? – o HB merece um estudo para se decidir como e quando deve ser implodido para construção de um novo. Se juntarmos o que já foi gasto em reformas ou remendos no HB e João Paulo, dava para construir um novo. O remendo porém deve ser bem mais intere$$ante e lucrativo.
 

10-E a educação?

Defendo a preocupação do governador com a qualidade física das escolas. Faz sentido já que estão em estado precário e algumas já nasceram assim. Defendo a valorização do professor e o pagamento de salários condignos para quem trabalha na escola. Preocupa-me entretanto que pouco ou nada se fale sobre a qualidade do ensino. As duas preocupações são legítimas mas é uma idéia linear e que precisa sair desse patamar para outro tão ou mais importante que é o resultado final do aprendizado. E se for para padroniza,r vamos nivelar por cima entendendo e adotando os exemplos que dão certo. Algo diferente ocorre no Colégio João Bento da Costa.
 

Fonte: Léo Ladeia - leoladeia@hotmail.com
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