Domingo, 20 de julho de 2014 - 17h32
“Festas populares tradicionais são previsíveis
e ao poder público cabe orçar os recursos para atende-las,
reza o planejamento como regra.
Mas não é o que ocorre
”
O termo foi sugerido a partir dos inúmeros e diversos atendimentos de saúde prestados pelo João Paulo II, quando o hospital passou a ser referência para quem penava no atendimento precário nos quase que improvisados postos de municipais e no Hospital de Base em Porto Velho. Tiro, facada, unha encravada, queda, febre, dor de cabeça, diarréia, barriga d’água, bicho de pé, tudo seguia para o João Paulo II e, de repente o bom serviço que era prestado se desfez. Pacientes estavam no chão e as ambulâncias vindas do interior, na fila para desovar novos casos.
Agora o caso é diferente, mas de novo a encruzilhada. O paciente é a cultura que no leito, espera o soro salvador e de novo o que se vê é a busca desesperada, fora de propósito e tempo para solucionar algo que é tão previsível quanto o carnaval, flor do maracujá, natal, duelos da fronteira, etc. É dureza repisar um tema que tem o mesmo enredo, mesmas soluções, mesmos atores, mesmas emendas e associações de velhos e contumazes pilantropos. A fórmula é tão simples que nos passa despercebida em razão do fatiamento feito para pulverizar o dinheiro público.
Em sã consciência quem vai analisar com lupa, a realização e prestação de contas de um evento religioso numa cidade distante, que recebeu emenda parlamentar - legal, diga-se de passagem - de R$ 67.300,00 para fazer a felicidade de muita gente e tudo amparado pela lei? Só se for o MP, quando sente o “cheiro de arroz queimado” e... foi o que aconteceu.
Assista reportagem do RO Record na TV Candelária, canal 11
Festas populares tradicionais são previsíveis e ao poder público cabe orçar os recursos para atende-las, reza o planejamento como regra. Mas não é o que ocorre. Sem orçamento, os competentes – no sentido de que lhes cabe a competência – dirigentes órgãos seguem batendo seus carimbos e jogando paciência em seus computadores até que um produtor artístico ou ativista cultural surge à sua frente “buscando uma parceria”, já com o mapa do tesouro na mão, com indicativos de quem fará o evento, como será a prestação de contas, etc. Para o poltrão com seus carimbos, holerite e sem recursos orçados é mamão com açúcar.
Se isso lhe fez lembrar a Flor do Maracujá, tudo bem, mas é só como exemplo. Vale também para o Joer, festas agropecuárias e até escolha de reis da 3ª idade, mas não só isso. Buscar dinheiro que já foi gasto é como ensacar vento em biruta de aeroporto, mas continuar com a torneira aberta é impossível.
Com zilhões de coisas para se preocupar e com uma prestação de serviços impecável em diversas áreas, o Ministério Público reservou um tempo precioso para descobrir o tamanho da falcatrua e, do jeito que as coisas andam e com o MP a cada dia mais atuando em áreas que em tese não seriam de sua alçada, chegará o dia em que processos relevantes serão travados por picuinhas cartoriais de parlamentares, ou pela ineficiência e inaptidão governamentais para o exercício de prerrogativas dos eleitos pelo povo. Aí é só esperar. O acúmulo de serviços irá gerar a inoperância do MP que certamente será reverberada e cobrada com a mesma força das interdições de alas, salas de cirurgia e casos de miíases do João Paulo.
O Ministério Público tem dois caminhos a seguir: o conforto do laissez-faire ou a antipatia do break. Até o freio está funcionando, apesar do berreiro cultural. De novo, o paradoxo da boa prestação de serviços.
Leo Ladeia
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