Quarta-feira, 19 de junho de 2013 - 11h55
Frase do Dia:
"Política e futebol não combinam"
Aloízio Mercadante sobre a vaia na Dilma
I-Não é só R$0,20
R$ 0,20 foi o motepara a explosão de revolta popular que iniciou em São Paulo, chegou ao Rio de Janeiro e como um rastilho de pólvora aceso contaminou no segundo dia um total de 26 cidades sendo 12 capitais de estado. Claro que no meio de um movimento desses há de tudo seja do lado dos manifestantes, seja do lado da repressão. Pega de surpresa a chamada grande mídia equivocou-se e respeitáveis comentaristas optaram por classificar o movimento como ação de baderneiros. Claro que há baderna, aumento de tarifa, gente de todo tipo na manifestação e não só famílias, normalistas e estudantes. A coisa é bem maior que R$ 0,20.
II-Flores ou serpentes
A poderosa gante CAE – Comissão de Assuntos Econômicos se reuniu ontem para discutir o aumento do transporte coletivo. Na contramão do movimento, um grupo de senadores tentava tapar o sol com peneira falando em desonerar imposto e baratear tarifa. Não ouvem a voz rouca das ruas e nem enxergam outra solução. Seu único temor é perder privilégios NE assim, abdicar do imposto é a saída que se não resolve também não os atinge. Surdos e reativos não percebem que o Congresso é também um alvo da indignação popular da qual só se vê o início que pode acabar em primavera atemporal ou na eclosão do ovo da serpente.
III-Nó na cabeça
O ministro Gilberto Carvalho, acostumado ao esquemão da República Sindical Brasileira está no mato sem cachorro: "Está difícil entender. Nós somos acostumados com moblização com carro de som, organização, com gente com quem negociar e liderança com quem negociar e poder fazer um tipo de acordo. Agora eles mesmos dizem “nós não temos uma liderança, são múltiplas lideranças, nós não temos carro de som”. Não tem um comando único e, portanto é extremamente complexo o processo de compreensão, de entendimento e de multiplicidade das manifestações internas". É mais fácil entender quando alguém de cima explica. Que nó...
IV-Desoneração inteligível
Com a desoneração – que já houve – várias prefeituras anunciaram uma redução média de 7,23% na tarifa de ônibus, que corresponde a aproximadamente R$ 0,20. Ontem a ministra Gleisi Hoffmann revelou que em algumas capitais ainda há espaço para redução, como São Paulo. O desconforto foi evidente no governo fez a ministra corrigir-se e dizer que São Paulo havia utilizando a desoneração evitado um reajuste maior. Gleisi, Gilberto Carvalho e lideres do governo só conseguiram aumentar a própria confusão mental com seus alhos e bugalhos.
V-O bicho pegou
No meio da multidão o grito de “pega ladrão!” e “fogo!” provocam a mesma reação: estouro da boiada. Ontem as emissoras que faziam a transmissão das passeatas de protesto no Rio de Janeiro, São Paulo e em outras capitais repetiam como se fosse um mantra que “até aqui a manifestação é pacífica”. O “estouro da boiada” ocorreu em São Paulo quando um pequeno grupo de manifestantes encapuzados, com objetivo bem claro e controle da situação, cercou e invadiu o prédio da prefeitura. A partir daí a barbárie se instalou e a a coisa ficou feia.
VI-Traduzindo o movimento
Do ex-presidente FHC a frase: “Acho que quem quiser tirar proveito disso já perdeu. Não é um momento político é social. Quem pensar que vai dirigir essas camadas não vai.” Do Merval Pereira: “... a partir do entendimento de que uma reivindicação justa como a da redução das tarifas de ônibus estava sendo tratada simplesmente como um pretexto para arruaças e vandalismos que a sociedade passou a se mobilizar para ampliar suas reivindicações”. Gaspari em “O monstro foi para a rua”, diz: “É natural que junho de 2013 desencadeie uma produção de teorias para explicar o que está acontecendo. Jogo jogado. Contudo, seria útil recapitular o que já aconteceu. Afinal, o que aconteceu, aconteceu, e o que está acontecendo, não se pode saber o que seja.” Como se pode ver, duro de entender.
VII-Rua da Beira I
Em Porto Velho o movimento começou com uma passeata de várias bandeiras que recebeu o reforço da campanha dos empresários da rua da Beira. Como a diversidade de problemas da capital permite, grupos – o rol é grande com viadutos, ponte, saúde, educação, segurança, greves – vão se juntar e a tradução fica facilitada posto que duas palavrinhas estão na ponta da língua: corrupção e impunidade. A Rua da Beira acabou virando símbolo, já que a tarifa de transporte coletivo não se faz presente e por uma razão:a corrupção que se adivinha nas obras do viaduto e a impunidade decorrente são mais relevantes e a Ra da Beira é marginal...
VIII-Rua da Beira II
O protesto dos empresários da Rua da Beira que embutiu uma pérola de humor negro – uma hilária nota de falecimento – foi atropelada pelas manifestações em todo Brasil mas patrolou a Prefeitura de Porto Velho e de lambuja, o DNIT, a bancada federal e órgãos fiscalizadores. E por falar em atropelos, mirando no transporte coletivo, o movimento vai derrubar a PEC 37, símbolo da luta contra a corrupção com votação marcada para os próximos dias. Com a voz rouca das ruas gritando contra os políticos e “aquela coisa” chamada povo escalando o Congresso, quem vai votar contra? O Brasil não será o mesmo depois desse junho de 2013.
IX-O pito do povo
O ex-ministro Ayres Brito é o que se pode chamar “meu tipo inesquecível”. Da barafunda em que vive o país, trouxe uma avaliação interessante com jeito muito peculiar de dizer o que sente em linguagem mais ou menos popular: “É a protagonização do cidadão pelo modo mais direto. Isso não é ruim. Isso é muito bom. É o chamamento das instituições para o cumprimento do papel que lhes cabe, de atuar como locomotiva social. Nesse momento, o povo não é vagão, é a própria locomotiva de seu destino. Isso confere a ele, povo, a mais legítima autoridade para passar um pito nas autoridades instituídas.” Sua palavra tem peso.
X-Papo com Zé de Nana
X1-Dlma ouve a voz das ruas e também a voz de Lula. É o que dá servir a dois senhores.
X2-Lula que inventou o mensalão, Dilma e Haddad parece que planeja se reinventar.
X2-Cavalgada não pode. Expovel, não pode. Arrastão de São João pode. E passeata pode?
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