Terça-feira, 3 de setembro de 2013 - 08h34
Frase do dia:
“Imagine se fosse o contrário, se o Brasil estivesse espionando o presidente Barack Obama, qual seria a reação?” – Senador Aloysio Nunes do PSDB num espetacular exercício de contraespionagem.
1-Jabuticaba parlamentar O ministro Barroso do STF entendeu que a sessão que existiu e na qual o deputado Donadon manteve seu mandato, não deveria ter existido e, portanto não vale. Tudo volta à Papuda como um marmitex frio e azedo. Por ora o imbróglio é tratado em decisão liminar, ou seja, terá que ser referendada pelo colégio do STF. Como a decisão é fruto do voto de deputados da Câmara que é outro poder, autônomo e independente, em tese não poderia ser desfeita, até porque tudo se fez dentro da lei. Moral da história o Congresso que inventou a jabuticaba vai ter que chupar esta manga. Chuuupa! |
2-Natan & Cassol Vamos lá... o caso Natan tem algo a ver com o caso Cassol com relação ao mandato? No país da jabuticaba e do jogo do bicho, só cercando o burro. Por enquanto o ministro Barroso entende que se alguém está preso em regime fechado não pode picotar cartão de ponto no plenário, nem se relacionar com o resto do mundo ou receber bufunfa pública, salvo a o auxílio-apenado ou algum fruto de labor prisional. Porém, – ah porém... – e se o sortudo tiver sido condenado e sua pena for regime semiaberto? Perde o mandato ou não? Veja só meu nego: legalmente ninguém sabe mas por conta de outra jabuticaba, tanto faz pois o bicho foi cercado: se Cassol perder o mandato, assume outro Cassol: seu pai. É mole? |
3-Carcará x águia
Essa nossa mania de copiar tudo que o gringo americano gosta, nos levou a eleger o carcará – o gaviãozinho brasileiro – como símbolo da nossa polícia secreta, a Abin, numa alusão clara a outra ave de rapina a águia americana símbolo do Tio Sam. Claro que com brios patrióticos feridos pela espionagem dos gringos, volto ao tema perguntando onde estava o nosso carcará que não deu um pio enquanto a águia fazia a operação de rapinagem na terra brasilis como sempre fez. O que o Brasil deve fazer? Por a boca no trombone, constranger mundialmente Obama e sua laia, rever nossa política de segurança, mandar o embaixador dos EUA para a casa do crica, cortar cabeças e aguentar a retaliação comercial.
4-Vem aí o brazuca-mail
E o Brasil segue tocando a carroça. Se a mula empaca, pau na mula véia e lá vai a carroça acomodando as abóboras. Um caso revelado de espionagem e antes de o Brasil ofendido chutar o pau da barraca e avaliar o que fazer para melhorar os serviços de contraespionagem, o outro Brasil, o do improviso, já tem uma ideia “felomenal” parida pela “tchurma do xácumigo”: o e-mail brazuca. Gratuito, criptografado, certificado, digital, rápido, fácil de comercializar como já fazem o Google e o Facebook, tecnologia puro sangue e, claro, com um baita organograma para encaixar os companheiros fiéis.
5-Carona amiga
Indignação – mais que justa – à parte, como o Brasil pode encarar a questão da espionagem americana se não dispomos sequer de um satélite próprio de comunicação? Mas não é só isso. Nosso invejado Itamaraty começou a levar “passa moleque” até do Evo Morales. Atrelamos nossa carroça ao que há demais arcaico no mundo como Cuba, Irã, Venezuela e passamos um apuro sem precedentes com a história de comprar aviões caças para a nossa FAB. Os EUA vão continuar xeretando o mundo – Brasil incluso – e nós de carona. “Quem aluga o rabo não escolhe onde senta”, diz Zé de Nana.
6-O profeta Agaciel Maia
Março de 2009 e no meio da crise dos atos secretos do Senado, o primeiro-secretário, Heráclito Fortes determinou a suspensão da construção de uma cela dentro do Senado. O diretor da Polícia do Senado disse que “sala de custódia” poderia abrigar três pessoas e serviria para manter detido quem cometesse delitos dentro da Casa. À época foi um furor. Além da cadeia, havia a escada secreta, atos secretos, supersalários, safadezas de toda sorte e Sarney prometeu limpar a área. Quatro anos após descubro que Agaciel Maia, o homem que mandou construir a cela era mais que diretor do Senado. Era um profeta, que estudava como custodiar um parlamentar condenado sem prejuízo de suas funções.
7-Prisioneiros ilustres
Quando e se, o STF mandar os pilantras do mensalão para o xilindró, os apenados – e o mesmo que presidiários – irão para um cantinho especial. As obras de ampliação do Centro de Progressão Penitenciária, que terá 600 vagas no regime semiaberto e custará R$ 3,4 milhões estão adiantadas e a previsão é que a obra de ampliação esteja concluída no início de junho de 2014. Caberá à Casa Legislativa e ao Supremo definir se mesmo condenados a penas no regime semiaberto os parlamentares poderão exercer seus mandatos. É o efeito Natan funcionando. As camas serão individuais. Nada dos beliches. Água quente, TV, internet, comida de primeira, tratamento diferenciado, tudo o que uma excelência merece.
8-Remendando a cerca
Depois que a cerca foi arrombada e parte da boiada fugiu, a peonada do Congresso resolveu tapar o buraco aberto. A Câmara dos Deputados quer votar a toque de caixa – que deve acontecer hoje – um projeto para acabar com a votação secreta e o Senado vai fechar do outro lado, votando outro projeto – que dormitava nos escaninhos – prevendo a perda de mandato para quem é condenado por improbidade administrativa e crime contra a administração pública. Ainda que atropelados pelos fatos, o Congresso vai entrando nos eixos, como uma luva num cano: na porrada e sem graxa. Uiii!
9-Arapongagem
O Brasil convive, recebe “algum” e sabe da arapongagem americana há muito tempo. Desde 2004 um áudio disponível no site da Câmara dos Deputados repõe a verdade (aqui). A Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência (será gente?) ouviu o ex-chefe do FBI no Brasil depois de uma denúncia feita pela Revista. Portanto, indignação justa à parte, vamos deixar de fazer cara de noviça na zona e buscarmos formas de proteção com tecnologia e ações firmes.
10-Pois é...
Ideia do Zé de Nana para enganar espião americano: usar a língua do “P”. É pra matar qualquer gringo de raiva.
Como cortar a própria carne sem anestesia
A “tchurma do primário mal feito” disse: corte só depois da eleição. Dona Simone jurou: "Chegou a hora de levar a sério a revisão de gastos. Não é p
Deu o que o americano escolheu
Assisti parte do “esforço jornalístico na reta final” das eleições nos EUA durante a madrugada e vi duas desmobilizações que não estavam previstas.
A segurança é importante demais para ficar apenas com um ministro A ideia do SUSP não é ruim e nem nova. É de 2018- Lei 13.675 – quando o Brasil vi
Quem é com-Vicente? Será o Benjamin?
Sêo Benjamin do STJ foi à boca do palco e anunciou: “O STJ não vive uma crise exceto a de volume gigantesco de processos. O que temos são fatos isol