Sábado, 20 de outubro de 2012 - 16h38
Frase do Dia:
“Para o ministro Ricardo Lewandowski, quadrilha, mesmo, só a que se reunia na caverna do Ali Babá. Fora daí, nem Al Capone atentaria contra a paz pública e, portanto, também seria absolvido pelo revisor do processo mensalão.”. – Jornalista Carlos Chagas
I-Navalha na carne I
Assim que soube que estava reeleito o prefeito Anedino Pereira, do PP de Colorado do Oeste, puxou o bridão com força quase rasgando a boca da mula veia: mais de 100 CDSs, metade do seu salário, do vice e dos secretários foram pra “casa do crica” junto com as horas extras, gratificações e incentivos dos servidores. Anedino diz que é para acertar contas do município e fechar o ano dentro das metas, mas dá uma ”zunhada” no governo federal a quem culpou pelas medidas tomadas e que impactaram as receitas dos municípios brasileiros. “O repasse feito pelos governos estadual e federal caiu cerca de 20 a 25% e um dos fatores foram as reduções do IPI para veículos e eletrodomésticos. A parte que mais sente são os municípios pequenos que sobrevivem do FPM e do ICMS”. E se Adelino perdesse a eleição faria o que?
II-Navalha na carne II
Em Cacoal o Padre Franco do PT, também reeleito, já havia tomada providência semelhante, mas como a mula veia é maior, o estrago é mais visível. 200 comissionados teriam recebido um cartão de natal para desempregado com direito a ceia sem peru e mais duzentos teriam redução no holerite. Padre Franco assim como Adelino fala da LRF: “Manteremos as contas em dia. Infelizmente estamos nas mesmas condições da maioria dos Municípios do país, pois a redução do FPM e FUNDEB refletiu de maneira negativa em nosso orçamento e precisamos tomar ações que desagradam um ou outro, mas é preciso olhar para o futuro e enxergar que temos quatro anos pela frente”. Para os dois as demissões não visaram adversários políticos, mas a mula lascou a boca. E se o santo Padre Franco perdesse a eleição faria o que?
III-Navalha na carne III
Se a moda pegasse teríamos um ganho excepcional para equacionar as contas públicas, mas isso é futuro do pretérito, a figura condicionante da bela e inculta flor do Lácio, que, aliás nos deu outro palavra em desuso na administração pública: planejamento. A esquecida e odienta vem do Planus -“achatado e nivelado”, que findou em “plano” e que metaforicamente é algo esquematizado ou desenhado. A questão é que políticos gostam de verbos, mas bem mais de verbas e, como só veem o próprio futuro, vivem o presente sem falar ou olhar o passado. Mas se é para cortar carne condicionam o uso à carne de terceiros. E essa moda já pegou.
IV-Aviso aos navegantes 1
Para lembrar antes de votar: a educação tem verba específica para creches e escolas com ar condicionado, computador, material de ginástica, merenda, uniforme, livro, pagar pessoal e dar um bom ensino. Na saúde há verba para atenção básica de saúde, equipos e remédios, campanhas, pagar pessoal, construir alem de manter equipamentos e os postos de saúde. Como é dinheiro marcado, nada de cobrir a compra ou contratos de assessoria, inclusive imprensa ou segurança pessoal, camionetes de luxo, aviões, vigilância, cursos, seminários ou similares, salvo para treinamento de pessoal. Assim, pelo menos nessas duas áreas não é preciso que o prefeito reinvente a roda. Basta por para girar e gerir ou orientar a direção.
V-Aviso aos navegantes 2
Existem três ferramentas que podem ajudar o novo prefeito: o plano diretor da cidade serve para orientar a atuação do poder público e da iniciativa privada na construção dos espaços urbano e rural e na oferta de serviços públicos. O código de posturas que é do século XIX, continua atual com normas e regras de comportamento e convívio na cidade, atuando de forma preventiva para a ordem e segurança. A terceira é importante mas não foi escrita nem está à venda: o prefeito é servidor do povo e a ele deve prestar contas no foro próprio que é a Câmara de Vereadores, que é tão somente o órgão independente de fiscalização popular.
VI-Aviso aos navegantes 3
É comum que candidatos nos programas eleitorais se mostrem como donos da verdade e do pedaço. Não é bem assim. Prefeitos podem muito, mas não tudo e irão perceber isso depois da posse. Exemplos? Vamos lá: os serviços de água e esgoto são da competência do estado, via Caerd. As obras dos famosos viadutos só poderão ser tocadas após soluções que passam pela Prefeitura, DNit e TCU. Quer mais? Antes de prometer asfalto novo, que tal recuperar a malha? Que tal estudar soluções alternativas em lugar conversa mole contra o monopólio de ônibus? Que tal rever detalhes do contrato com a Marquise? Só para lembrar, Porto Velho precisa de gerente e gestores e não de poetas fazendo versos babões de amor à cidade.
VII-Aviso aos navegantes 4
Royalties em lugar de compensações ambientais que já não existem e “tamos conversados”. O resto é papo furado. Nada de miséria, favela ou pós-usina. Quem saiu das usinas – foram muitos – não perambula como zumbi na cidade, pois estão sendo absorvidos pelo mercado. Criar condições para que o desenvolvimento se sustente é dever do novo prefeito e as ações são muitas e variadas. O Distrito Industrial precisa ser visto como tal. A pecuária de corte e leiteira precisa de apoio antes que se pense em polo calçadista. Micros e pequenas empresas são 98% do mercado, 67% da mão-de-obra e 28% do faturamento bruto da empresas. Com tais dados basta ao prefeito seguir o faro, desburocratizando para incluir e comprando seus produtos. E para ajudar tirem os papéis e sistemas de freios mentais. Liberem a criatividade.
VIII-A balança da justiça
Na mitologia grega, Têmis, filha de Urano e Gaia é aquela mulher que representa a justiça com seus três simbolismos: a espada que diz da força das deliberações dos tribunais. A venda nos olhos que diz do propósito de objetividade nas decisões, dispensando às partes igual tratamento, independente das condições de cada um e a balança que mostra equilíbrio, bom senso e ponderação. Não por acaso, o símbolo que mais chama a atenção é a balança que diz mais dos juízes que da própria justiça. As balanças servem para comparar, mas que comparação se pode fazer quando um ministro do STF se contrapõe e inocenta todos os réus condenados por seus pares? “Alguma coisa está fora da ordem...” já disse Caetano Veloso.
IX-São Paulo x Manaus
Já que falei de balança, quanto de chumbo colocaram no prato da balança do Serra, do PSDB de São Paulo para que cair tanto em tão pouco tempo deixando Haddad, PT com 50% de intenções, ou seria, quanto tiraram do prato do Haddad para que ele pulasse para cima? Em Manaus se dá o inverso: Artur Virgílio do PSDB tem o dobro de votos de Vanessa Graziotin do PCdoB, menina dos olhos do PT. Para usar um jargão dos juízes, deve ser a dosimetria. Luzinácio errou na dose em Manaus onde era quase unanimidade e acertou em São Paulo. Por aqui, ninguém pode afirmar, mas creio que a superexposição de Lula pedindo votos para Fátima, acabou por prejudicá-la. E na Bahia nem macumbeiro se arrisca num palpite. Vixi...
X-Papo com Zé de Nana
X1-Não adianta: quando Abel e Caim não querem briga, nem Adão consegue o milagre.
X2-Às vésperas da eleição comecei a pensar: e se Roberto estivesse disputando levava?
X2-Na Casa Civil um “upgrade” funcional: sai um advogado, entra um juiz e “la nave vá”.
Como cortar a própria carne sem anestesia
A “tchurma do primário mal feito” disse: corte só depois da eleição. Dona Simone jurou: "Chegou a hora de levar a sério a revisão de gastos. Não é p
Deu o que o americano escolheu
Assisti parte do “esforço jornalístico na reta final” das eleições nos EUA durante a madrugada e vi duas desmobilizações que não estavam previstas.
A segurança é importante demais para ficar apenas com um ministro A ideia do SUSP não é ruim e nem nova. É de 2018- Lei 13.675 – quando o Brasil vi
Quem é com-Vicente? Será o Benjamin?
Sêo Benjamin do STJ foi à boca do palco e anunciou: “O STJ não vive uma crise exceto a de volume gigantesco de processos. O que temos são fatos isol