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Leo Ladeia

No 'papôco' da Operação da Apocalipse, parecia que ia dar alguma coisa, mas aí o tempo foi passando...


Frase do dia:

“A fama dura cinco minutos. A infâmia, um pouco mais.” – Jornalista Élio Gaspari sobre a delação premiada.

No 'papôco' da Operação da Apocalipse, parecia que ia dar alguma coisa, mas aí o tempo foi passando... - Gente de Opinião

1-Cassados e caçadores I

Até que lá no início, no “papôco” da Operação da Apocalipse, parecia que ia dar alguma coisa, mas aí o tempo foi passando, os presos foram saindo, o povo foi esquecendo, a justiça ficou esperando e a vida dos “cidadãos de bem, injustamente acusados” está voltando à normalidade. Assim como na Assembleia Legislativa, lá na Câmara de Vereadores tem caboco mais sujo que calcinha de hippie falando grosso, fazendo planos para a próxima eleição e rindo de orelha a orelha. Se você preclaro amigo, acredita que alguém do grupo vá cassar algum mandato, esqueça. Vá caçar outra coisa.

No 'papôco' da Operação da Apocalipse, parecia que ia dar alguma coisa, mas aí o tempo foi passando... - Gente de Opinião

2-Cassados e caçadores II

Claro que há promessas tanto da ALE quanto da Câmara de Vereadores para que o fruto do trabalho das comissões, comitês e coisas tais, apareçam em breve. Claro que após a fase de caça de provas para eventuais cassações os caçadores queiram descansar e acabar logo com a tarefa. Já se fala em penas alternativas e da escala de punições onde a cassação está num estágio quase inalcançável. O termo maldito – decoro – já não é dito. Sumiu. Como no funk, “tá dominado, tá tudo dominado”.


 

3-Plenos poderes

A lista é grande, mas fiquemos com viadutos, pontes, estrada, hospital, rua iluminada, saneamento, transporte de qualidade, rodoviária decente, buracos tapados, indústrias, educação e segurança de qualidade, equilíbrio nas contas públicas, corrupção em nível suportável e só os representantes que elegemos pelo voto podem liquidar parte dos itens. Incompetentes e descompromissados têm uma procuração com plenos poderes que não pode ser cassada. A eles interessa a carreira política e as gordas tetas da viúva.  Para Zé de Nana, “agora é só ficar de quatro p’ra botarem a cangalha”.

4-Falando nisso...

A Câmara de Vereadores da Capital quer providenciar um mutirão em três níveis para solucionar o caos na saúde de Porto Velho. Gostei da ideia. Entre os edis estão o ex-secretário de saúde Mácário e profissionais da área, como o presidente Alan Queiroz. Como o prefeito é médico, o governador é médico, a presidente não é médica, mas sabe tudo de importar médicos, esse mutirão tem tudo pra dar certo. Depois é seguir com mutirões de obras, limpeza, iluminação, educação, agricultura, etc. e tamos conversados. Como ninguém pensou nisso antes? Essa Câmara de Vereadores é da pá virada! 

 

No 'papôco' da Operação da Apocalipse, parecia que ia dar alguma coisa, mas aí o tempo foi passando... - Gente de Opinião5-Ópera paralisante I

Cena 1-O TCU recomenda a paralisação de várias obras inclusive a BR-448, Rodovia do Parque. Cena 2- Dilma de olho na urna berra: "É absurdo paralisar uma obra. Não perco a inauguração por nada. É um resgate da segurança". Cena 3-O TCU que entrou nessa como Pilatos no credo, pede a toalha: “o TCU oferece parecer técnico com a situação das obras públicas executadas com recursos federais e as irregularidades identificadas, cabendo ao Congresso Nacional decidir sobre a paralisação efetiva." Cena 4-Constrangido, o público que pagou o ingresso vai saindo de mansinho sem bater palmas.

6- Ópera paralisante II

“Ano após ano, o governo joga nos bolsos de alguns poucos os bilhões de impostos dos muitos que trabalham e produzem riqueza, e que quase nada têm de volta. Algo de dar engulho, de alimentar a desesperança”. Assim começa seu artigo a jornalista Mary Zaidan e segue na crítica consistente aos reclamos da presidente Dilma contra a paralisação de obras pelo TCU. Nessa história o TCU entrou como o sofá usado pela adúltera e seu amante ou como o bebê jogado fora com a água do banho.

7-Família é... tudo!

Ao disparar a frase "Quem, podendo ter filé, prefere carne de segunda, acaba tendo um Governo da Cooperação do Diabo", o médico e diretor clínico do Hospital de Ariquemes, Antonio Nóbel Aires de  Moura, irmão do governador Confúcio Moura, se mostrou a quem chegou aqui depois dos anos 80. Para quem vive a política de Rondônia nada de novo. Para quem vive em família ou quer falar de saúde pública como foi o caso, nada de novo. É assim desde Caim e Abel e desde que criaram o SUS. Vindo de um irmão soa estranho, mas garante Zé de Nana: “Família é tudo. Tudo filho da ...” (cens).

8-Levantando o tapete

O pobre milionário Eike Batista ainda tem muita bala na agulha para apagar incêndios. Como todo megaempresário envolvido em problemas, além de advogados é preciso aplainar o caminho político e em paralelo usar a mídia de forma inteligente. Desde a semana passada Eike Batista vem saindo mídia para os caixas oficiais. O escândalo dos fiscais paulistas tomou seu lugar e a mesma mídia que eviscera os corrompidos só resvala nos corruptores, gente que apesar do cacife menor tem o poder semelhante ao do Eike. Se levantarem a ponta do tapete nos dois casos vai dar (*)erda das grandes.

9-Shopping cidadão na berlinda

Que tal tirar o Shopping Cidadão – marca do governo Bianco – da berlinda instalando-o nos galpões da Estrada de Ferro Madeira Mamoré, marca da capital Porto Velho? É uma ideia para ser estudada, mas enxergo vantagens práticas como a preservação do espaço e de monumentos a custo reduzido, acessibilidade, utilização constante e plena do espaço, possibilidade de agregar atividades artísticas, culturais e turísticas, como parte do Shopping, tudo com apoio de uma fundação mantenedora em regime de PPP e com um conselho multi-partícipe onde terão assento MPS e Iphan. Será gente?

10-Pois é...

Domingão: futebol só de fora pela TV. Na Federação do Heitor nem pelada. Até quando?

leoladeia@hotmail.com

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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