Sexta-feira, 22 de julho de 2011 - 08h39
Frase do Dia:
"Eu não acredito em campanha faz-de-conta não. Comigo é pra valer. Ou faz ou não faz." – Governador Confúcio Moura, pulando mais que saci em chapa quente por causa do trânsito.
01 - Premeditando o breque
Pelas contas de quem está acostumado a fazer campanhas políticas, para conseguir chegar ao segundo turno na disputa pela Prefeitura de Porto Velho o cabôco deverá ter o porquinho bem fornido. A merreca para atingir com sucesso a primeira etapa pode girar e R$ 6 a R$ 8 milhões, dependendo da estrutura partidária, apoios, tempo de mídia e índice de aceitação pelo eleitor. Vai ser uma briga de foice no escuro já que as fontes de financiamento são as mesmas. E com tantos nomes que já estão sendo colocados, podem ficar certos que já tem pretenso pré-candidato contando moedas e travando nas quatro, pois é muita areia pro seu caminhãozinho.
02- Abrindo o gás
O governador Confúcio Moura deve estar avaliando que estacionou a motoca no lugar errado. A parceria com a Prefeitura de Porto Velho, Polícia Militar, Detran, etc, não surtiu os efeitos no curto prazo. Aperta aqui, ajusta ali e nada. Vai daí que Confúcio abriu o gás da motoca via blog: “Parece que o pessoal não está acostumado com programas especiais. Muita coisa ainda está amarrada. Poucos policiais na rua. Não é um programa de governo e da prefeitura? Então é prioridade.” Como diria Chiquinha, “pois é, pois é, pois é”. E se a coisa não vai o governador ameaça: “Vou ver no fim do mês. Se não der resultado esperado eu mesmo que serei o Comandante. Aí vocês verão como é que se faz”. E como retrucaria o Chavez: “Isso, isso, isso.”
03- Meia-embreagem
Pronto. A novela da transposição acabou, todos se casaram e foram felizes para sempre desde a assinatura do papelin pela Presidente Dilma, mas sempre existe um mas, começa agora o “Vale a Pena Ver de Novo” com um “remake“. Claro que alguns protagonistas da primeira edição irão ficar de fora e alguns novatos ou coadjuvantes terão melhores papéis. Nesta nova etapa de final previsível o público terá participação especial interagindo e participando com a redação do “script”. Porém, o que parecia ser apenas uma mine-série vai se alongar e quem já esperava meter a mão grana vai ter que engatar uma primeira e segurar na meia embreagem.
04- Aviso aos navegantes
Vem aí o Arco Norte, o Porto Novo, a Estação de Ribeirinho e o Porto Kayari, erradamente conhecido como Porto Graneleiro, terá nova função. Ali deverão operar os barcos que hoje atracam no Cai N’Água. A SOPH, empresa que administra Porto Kayari porém, não perderá sua importância e já focou outro nicho de mercado. Uma série de portos que operam na barranca do Rio em condições precárias, teriam condições de atuar em parcerias para atuar de forma legal e segura. Mais que nunca, a SOPH precisará da área comercial e de relação com clientes.
05- No ar...
A Capital precisa de uma área para destinada às pessoas que fazem caminhadas pelo “Espaço Alternativo”, causando uma série de transtornos ao trânsito e contribuindo para a insegurança do aeroporto. Tempos atrás o ex-comandante da Base Aérea de Porto Velho fez uma proposta interessante que envolvia o Aeroclube de Porto Velho, a área entre o Espaço Alternativo e a Lauro Sodré em troca de outras áreas para construção de casas para o pessoal da Aeronáutica. Ora, o Parque de Exposições é do governo e, de longe, o pior lugar para eventos. Juntando a proposta Base Aérea e esses elementos que estão no ar, dá para fazer até biscoito de vento.
06- Na roça...
Representantes da CNA-Confederação Nacional da Agricultura estiveram aqui em Porto Velho para esclarecer aos proprietários rurais sobre as medidas que visam ampliar a Terra Indígena dos Karitiana que buscam de há muito, recuperar ao menos parte de seu território tradicional. O problema é que na área em questão existem agricultores e pecuaristas assentados e que agora se sentem ameaçados. A situação aqui é bem diferente da Raposa Terra do Sol, porém a preocupação é pertinente. Vale lembrar que em Roraima a nova demarcação com a expulsão dos arrozeiros tem se revelado um tiro no pé. Sem a atividade arrozeira, indígenas foram parar na periferia das cidades e tradicionais rizocultores faliram. Bom senso e conversa é essencial.
07- Na berlinda
A OAB, ou melhor a sua prova, de novo está na mira da justiça. Num parecer, o sub-procurador da República, Rodrigo Janot, caprichou nas tintas: “Não contém a Constituição mandamento explícito ou implícito de que uma profissão liberal, exercida em caráter privado, por mais relevante que seja, esteja sujeita a regime de ingresso por qualquer espécie de concurso público”. Juro que a idéia da seleção pós-formatura me agrada e até gostaria de vê-la aplicada a outras profissões como engenheiros, médicos, contadores, etc. Por outro lado, por que não cursos e exames de qualificação para candidatos a cargos eletivos e servidores públicos? Vixi!
08- No castigo
A presidente Dilma deixou o facão num canto para fazer uma reunião sobre o andamento das obras do PAC. O facão ficou ali perto, mas a porteira foi fechada sem a presença do diretor de infraestrutura do DNit, Hideraldo Caron, único representante do PT na cúpula do DNit. Caron que havia cantado de galo, dizendo que iria à reunião, quebrou a cara. “Ou não”, diria Caetano Veloso. Estaria a Presidente preservando o Caron ou seu veto é o equivalente a um “carão” e a dica para o Caron pegar seu boné e desocupar a moita? Não percam os próximos capítulos.
09- Na rua
Um movimento que começou com um grupo religioso da Igreja do Porto está prometendo por o bloco na rua e marcar posição contra as drogas. Vem aí a “Marcha contra as Drogas” como o primeiro evento do programa “Nova Prevenção”, da Prefeitura Municipal de Porto Velho. A “marcha contra a maconha” que deveria ser o nome original – a opinião é minha – contará em paralelo com outro evento, o “Rock’n Cristo”. Sem professar qualquer religião estou nessa. Sou contra drogas, pela liberdade de expressão e roqueiro. E mais gosto de paradas. De militar a gay, passando por todas inclusive a da maconha. A centelha da anarquia está no meu DNA!
10- Três perguntas cretinas
Do Ricardo Teixeira: “Em 2014, posso fazer a maldade que for. A maldade mais elástica, mais impensável, mais maquiavélica. Não dar credencial, proibir acesso, mudar horário de jogo. E sabe o que vai acontecer? Nada. Sabe por quê? Porque eu saio em 2015. E aí, acabou.” Do Ministro dos Esportes: "O evento é da Fifa. É a entidade que define seus porta-vozes. Nós nos relacionamos com o Ricardo Teixeira como presidente do COL". Teixeira é outro incomum? De Luzinácio: “Bobagem, essa coisa que inventaram que os pobres vão ganhar o reino dos céus. Nós queremos o reino agora, aqui na Terra.” Será que falava do Palocci, do Pagot do Delúbio ou dele mesmo? Do deputado Lincoln Portela, líder do PR: "Se o governo federal não mudar a forma de tratar a base, haverá problemas na condução dos trabalhos legislativos no segundo semestre". Isso é ameaça, conselho ou achaque? Não precisa responder nada.