Domingo, 2 de novembro de 2014 - 05h04
Não é imperativo, mas deixo claro que sou da “tchurma dos eles”. E mais, declaro ter votado no Aécio e não exatamente por ele ou suas pouco declaradas propostas, mas porque não sou da “tchurma dos nós”.
Sou um daqueles sujeitos inscritos pela “tchurma dos nós”, como delinquente da “tchurma dos eles”, apesar de não preencher os requisitos para ser listado na coluna dos que estão no topo da pirâmide onde reina absoluta a tal “zelite”, ainda que ninguém saiba exatamente o que isso quer dizer.
Além de continuar trabalhando para complementar a aposentadoria oficial do setor privado que ainda não recebo, apesar dos mais de 40 anos de serviço e mais de 65 de idade, de não ter financiamento oficial do BNDES, BB, CEF, de não ter um cargo comissionado no governo, não ter empresa que participa de licitações, etc., etc., estou lá, naquela coluna onde possivelmente estejam banqueiros, capitães de indústria, empreiteiros, donos de jatinhos e os Eikes fazendo strikes, atropelando bikes, etc., etc.
Situado no terço inferior da pirâmide sócio econômica, mas não exatamente na sua base, não posso ser enquadrado como um da “tchurma do nós”. Não tenho na carteira o sonho inclusivo de todo cidadão de baixa renda, aquele salvador cartão do “Bolsa Família”. Idoso, não almejo o Prouni, Pronatec, Minha Casa Minha Vida, não sou afrodescendente, indígena, quilombola, ou membro de alguma minoria que mereça aquele olhar munificente dos mandatários de plantão.
Para meu azar sou nordestino, baiano de tez clara, mas o que serviria como passaporte para a “tchurma dos nós” não encontra abrigo nessa minha estúpida recalcitrância, que me faz insistir em nadar contra a corrente.
Não estou no inferno da divina ignorância, mas jamais alcançarei o céu das benesess terrenas. Resta-me o purgatório da classe média, espécie de corda bamba para se chegar aos planos de saúde particulares, carro zero, viagem de férias, o silicone ou a plástica da patroa, a formatura dos meninos, a academia, tudo financiado com cartões de crédito a juros módicos de 180%.
A frase não é minha, não sei onde a vi ou ouvi, mas dou de graça: “Nessa campanha eleitoral a maior vítima foi, de novo, mais uma vez, como sempre, a verdade”.
O juro da taxa Selic subiu, a gasolina idem, a energia ibidem e vem mais por aí. Claro que se o Aécio, Marina, o pastor, ou qualquer que vencesse as eleições encontraria o mesmo cenário. O leão está a postos e o dragão inflacionário já está solto no circo dos horrores faz muito tempo.
Passada a campanha o que foi negado publicamente surge de forma devastadora e incômoda como se fora uma grande, dolorida e vermelha espinha bem na ponta do nariz, deixando-nos a todos, quer sejamos da “tchurma dos eles” ou da “tchurma dos nós” com jeito de palhaços, enquanto na bilheteria o dono do circo, com sua rica fatiota, conta a féria.
Leo Ladeia.
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