Domingo, 1 de março de 2009 - 18h47
Frase do dia:
"A lei é clara. As campanhas eleitorais no Brasil têm 3 meses de duração: começam no dia 5 de julho e terminam às vésperas do primeiro domingo de outubro, data da votação." – Jornalista Dora Kramer
01 – Encarando a onça brava
Sabadão fui com os amigos Chico Lemos e Luka Ribeiro dar uma banda pros lados do Jaci, seguindo o conselho do Zé de Nana: “onça pintada e negócio ruim, primeiro é ver pra depois correr”. A viagem rendeu reportagens em vídeos e fotos que estarão disponíveis em doses homeopáticas durante a semana e outras já enfileiradas para os próximos finais de semana. Um tema – os acreanos que estariam tomando a Usina de Jirau de assalto – nos colocou na estrada mas, desde já adianto: encontrei paulistas, rondonienses, gaúchos e até acreanos – em menor quantidade que o esperado – nada entretanto que leve a crer numa orquestrada invasão estrangeira ou usurpação de empregos em Rondônia. Só trovoada e nada de chuva
02 – Mais trovoada
Vacinado, não estranhei o tom forte do Governador Ivo Cassol no release oficial do “Decão” mas, continuo encucado com a origem e desproporção da sua contra argumentação. Vá lá que a campanha eleitoral ganhou as ruas, que o governador e seus adversários buscam marcar posições mas, estamos carecas de saber que o dinheiro para a construção do CPA e do teatro estadual saiu do Banco do Brasil, numa negociação de reciprocidade que envolve a folha estadual de salários, como carecas estamos de saber, que as ações da bancada federal sempre privilegiaram prefeituras e não o estado. Sobre água e esgoto para a Capital, o projeto é da Prefeitura e no dia 13 de dezembro de 2007, Sobrinho e Cassol assinaram um convênio para execução das obras pela Caerd, noticiado e festejado nos sites institucionais da prefeitura e estado. Se estamos carecas de saber tudo isso, por que o “papo cabeludo”?
03 – Crise democrática
Sem chance. A maior democracia do mundo gerou a crise-monstro e ninguém escapa. Em maior ou menor grau as economias se liquefizeram em marolas, tsunamis, e até Rondônia rodou. O FPE minguou e pintou o papo óbvio: cortar despesas e arrecadar mais impostos. Para o corte, coragem e vontade. Sugar mais impostos porém, é tirar leite de pedra, já que a economia encolheu. No mato sem cachorro, sobrou para a bancada federal cavar recursos em Brasília e Cassol mandou o recado de público. Ocorre porém que parceiros são sócios de causas e objetivos mas, convencer adversários políticos a remarem numa mesma canoa, sob um só comando e na mesma rota é tarefa que exige tato, diálogo e empatia. O recado do governador soou estranho. Pelo tom, Cassol parece ter esquecido sua velha frase: “ninguém é bom sozinho”. Na crise os heróis solitários são preteridos em função do coletivo.
04 – Agosto em pleno mês de março
Depois da ressaca do Natal, Ano Novo e Carnaval, o Brasil começa de novo a funcionar mas, com os naturais percalços do recomeço. Em Brasília um olho diferente encara o MST e por conseqüência os movimentos sociais. Dilma Roussef vai continuar recebendo gás para deslanchar a candidatura. No Senado a dupla Sarney/Renan vai continuar comendo cru ou mal passado. Na Câmara o movimento pela moralização do Congresso deve dar panos pra mangas. No TSE Expedito e Cassol podem entrar na fila da degola, com mais uma penca de governadores. Jarbas, que pôs fogo no PMDB, tem no estoque, fósforo e gasolina. Tantos pepins e mais a crise mundial podem fazer de março um agosto com 31 sextas feiras treze.
05 – Por falar em fogo
Baixou um Nero na “tchurma” do MST que achou por bem tocar fogo no mundo. Invadiram a fazenda do banqueiro Daniel Dantas, em represália às declarações do presidente do STF, Gilmar Mendes, que condenou o financiamento de invasões com dinheiro do consumidor. Ora, invadir é a prática do MST dentro da filosofia de que “quem trabalha merece a terra”. Pelo lado da justiça, é ou deveria ser prática e filosofia, “quem erra paga por seu erro”. Convenhamos porém, que invadir uma fazenda para afrontar o presidente da mais alta corte de justiça do país, em represália a seu discurso, é passar da conta. Não faço idéia onde isso vai dar, se é que vai dar em algo, fruto da leniência oficial mas, ou se ajusta o trem aos trilhos ou podemos encarar a baderna, ampla, geral e irrestrita com resultados previsíveis. (clique e ouça a Opinião do Ministro Marco Auréli sobre o caso)
06 – Ainda falando em fogo
O ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel abriu a cantoria em defesa da “tchurma” do MST e, sem fazer citação ao Ministro Gilmar Mendes, defendeu a aplicação de recursos públicos nas entidades ligadas aos sem-terra que, só em 2008, receberam R$ 1,5 milhão. Ele acrescentou que todos os convênios com o ministério foram auditados e não se vislumbrou qualquer problema. D. Dilma Roussef entrou na fila afirmou que não existe uma lei que proíba o governo de repassar dinheiro aos movimentos sociais e passou um pito no Gilmar Mendes: “...para que alguma coisa se caracterize como legalidade ou ilegalidade, ou há prova real ou há manifestação do judiciário. Eu estou falando uma manifestação formal do judiciário, ou seja, um julgamento”. Danou-se. Isso tem jeito que ainda vai cair no colo do Congresso, que aliás, já deu mostras de simpatia pelo discurso do ministro Gilmar Mendes.
07 – Mudando de fogo p’ra água
O DNit está fazendo o dever de casa. Apesar das fortes chuvas, a BR 364 apresenta boas condições de trafegabilidade em toda a sua extensão e os técnicos do órgão e empreiteiras estão nos trechos mais castigados pelas chuvas. Releases dão conta de novas ações até em pontos considerados “cabeça de porco” como a BR-429 ou a duplicação Candeias/Unir com seus crônicos problemas como o Trevo do Roque, passarelas, marginas, etc. Agradar a todos porém, é tarefa para os deuses do bom humor e da paciência e não para os mortais do Dnit. E o “pau de bater em doido” está rodando por conta da duplicação da ponte em Jipa, da falta de pontes em Abunã e Porto Velho/Humaitá, cabeceira de pontes na 429, etc.
08 – Problemas à vista
O distrito de Jaci-Paraná se prepara e aguarda um “up-grade” para passar a condição de município. Bom para Jaci, melhor para Porto Velho. Mas enquanto isso não ocorre, a ex-pequena vila vai acumulando problemas e sem solução, por falta de autonomia. Da noite para o dia a população saltou de 17.000 pessoas para quase 30.000. A pequena rede de hotelaria, restaurantes e serviços extrapolou o limite. Não há telefonia celular, casas simples são alugadas a preço de mansões, o serviço público ainda é o mesmo e até o número de PMs continua o mesmo e funcionando em condições precárias. Os primeiros sinais sugerem que é melhor agir agora, antes que a vaca vá para o brejo, que aliás, fica bem ali ao lado.
09 – FeBeACon
Com tanta coisa grande por fazer, o Congresso se apequena. E a modorra pós carnavalesca me obriga a um CtrlC+CtrlV do Cáudio Humberto: “A paranóia na Câmara dos Deputados em relação a prestação de contas das verbas indenizatórias de suas excelências está tão acentuada que finalmente houve um aprimoramento na fiscalização dos gastos. O presidente da Casa, Michel Temer, deu início a nova prática: o deputado Antônio Andrade (PMDB-MG), por exemplo, apresentou nota fiscal de R$ 12, referentes à duas cervejas, mas a esperteza não colou e foi negada”. É de lei: o “clubinho” vai encontrar formas mais sutis de engabelamento. Hora dessas um sócio mais criativo vai criar uma cartilha de como não ser pego na prestação de contas. Aos inimigos o rigor da lei. Aos amigos os atalhos da lei.
10 – Ecos de Baco num banheiro químico
Em 2008 o nível de exigências para o carnaval de rua foi tanto que se acreditava que estava chegando o começo do fim. Taxa de polícia, reuniões com o tal comitê de grandes eventos, alvará disso e daquilo, licenças, vistoria, tentativa de mudança de percurso de blocos, a tal Ordem dos Músicos, ECAD, o escambau de roseta roxa e, claro, não poderia me esquecer dos banheiros químicos. Ah! Os banheiros químicos, sem os quais nosso carnaval não teria o brilho e a civilidade de outras capitais como Recife, Rio e Salvador. A Banda não pode sair sem banheiro químico!!! A tara pelo banheiro químico é tão grande que já os encontrei instalados no meio do mato nas obras das hidrelétricas, sobre as carretas na cavalgada da Expovel e, de repente, sem mais nem meio mais, sumiram das exigências e das ruas no carnaval. Será que trocaram as cabeças, sumiram as empre$a$, mudou o $i$tema ou o folião reduziu o xixi? Um caso para investigação uro-porno-economico-carnavalesca...Aí tem
Fonte: Léo Ladeia / www.gentedeopiniao.com.br
leoladeia@hotmail.com
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