Segunda-feira, 1 de novembro de 2010 - 18h20
"Prefiro o barulho da imprensa livre ao silêncio das ditaduras" – Dilma Roussef, presidente eleita do Brasil.
01-Dilma faz história
Uma das mais belas páginas da história do Brasil foi escrita ontem com a assunção de Dilma Roussef à presidência do país. Lula, um ex-líder sindical, vai lhe passar a faixa de presidente que usou durante oito anos. Num discurso que suponho alinhavado por ela mesma, Dilma falou ontem ao povo brasileiro e mandou recados importantes: ao mercado, à classe política, ao povo, às mulheres e, ainda que não tenha sido uma peça de estadista, se aproximou disso, ao lembrar conquistas, reconhecer que o país não é róseo e estender a mão ao diálogo. Dilma, a nova presidente do Brasil começou bem!
02-O país da Dilma
Dilma recebe um país dividido entre duas propostas e terá que conviver com diferenças de projetos políticos. Isso é bom para o Brasil. Temos problemas a enfrentar nas áreas social – temos bolsões de miséria reconhecidos na sua fala – econômica e política. A receita do bolo não existe. Terá que ser preparada com muito planejamento, adaptada aos recursos e demandas da sociedade, numa tarefa que envolve sensibilidade e força política. Dilma traz a marca da tecnicidade e o estilo duro de cobrar resultados. Espero e creio que os dois componentes ajudem a instalar o mérito no lugar do aparelhamento.
03-A oposição do Brasil
Esqueçam tudo o que houve durante a campanha. O projeto que Serra guardou a sete chaves – não o vimos explicitado durante a campanha – não entra na questão. Dilma foi eleita pelo projeto do Lula e PT mas, recebeu uma reprimenda do eleitor – 45% dos eleitores votaram contra alguma coisa que emerge nas filas do serviço público sofrível e na reprovação às tentativas ou flertes com viés autoritário, com a justiça inoperante e com denúncias de corrupção sistêmica em todos os níveis e esferas de governo. Mas, a grande oposição à nova presidente não está do lado de fora e sim dentro. Junto dela.
04-Arrumando a casa
A transição governamental se fará com um pé nas costas. Dilma estava no comando e sabe tudo o que precisa. Sua tarefa mais difícil repousa no preenchimento dos quase 20 mil cargos em comissão. Uma pedreira a ser desmontada. Ocorre que os cargos de confiança são em número excessivo – algo em torno de 20 mil – e deixam de existir no dia 31de dezembro. A voracidade aliada e o atendimento de acordos feitos por Lula no período de campanha terão que ser atendidos agora. E aí é que a porca torce o rabo.
05-A outra oposição
Ao perdedor as batatas. O PSDB terá que se reinventar como oposição e qualificar seu discurso. Vamos deixar combinados que durante oito anos, e sob o comando tucano, a oposição no Brasil foi uma lástima. Pautada apenas por denúncias da imprensa, delas se apropriava para “bater o bumbo” e só isso. Não está morta contudo. O PSDB e seus aliados conseguiram vitórias importantes em nível estadual mas, diminuíram a força no Congresso Nacional. Sem projetos e sem discurso, perdida em brigas internas, deixou que Lula a trucidasse durante oito anos. Se o PSDB – um partido de inimigos cordiais – construir a paz interna, permitir que novas lideranças floresçam e adotar um projeto de país, terá condição de fazer a oposição fundamental para o país. E isso é tarefa difícil.
06-Para quem gosta de pesquisa
Os grandes institutos de pesquisas no geral saíram chamuscados da disputa. Dos pequenos, regionais, nem se fala. O melhor seria que fechassem as portas. Rolou muita grana nas pesquisas ou trabalharam a serviço de grupos e interesses, o que vai dar no mesmo, é o que se pode depreender. Ou isso ou terão que reavaliar a antiga metodologia Gallup. Mais que qualquer um candidato derrotado, devem explicações ao povo. Erraram mais que pai de santo fazendo previsões no ano novo. Lambança geral!
07-“Ispia só cumpadi”...
Deu a lógica. Confúcio que papou a eleição no primeiro turno fez quase que 60% dos votos contra a poderosa máquina do governo. Numa eleição, ganha quem erra menos e a “tchurma” do Cahula extrapolou. Até a velha e manjadíssima dupla caipira de gosto duvidoso e ineficácia comprovada foi desenterrada, junto com o pai de santo de araque dentre outras pieguices. Coisa de amadores. Cahula possuía discurso e trabalho para mostrar mas, seus aprendizes de marqueteiros optaram por desconstruir a história de um homem simples mas não simplório. Entre simples e simplório há sutis diferenças, como – ainda que menos sutis – entre marketing e propaganda. I’m sorry dear friends.
08-Arrumando a casa por aqui
A equipe de transição de Confúcio Moura não deve ter trabalho para acessar as contas do governo. O governo de Rondônia, segundo apregoa a propaganda oficial, sempre agiu tendo como lema “Trabalho e Respeito”. Com tudo às claras, folha de pagamentos e compromissos em dia, deverá ser feita com os dois pés nas costas. Pelo menos é o que se espera. A partir daí basta dar continuidade e abrir as novas frentes de trabalho, sem sustos ou grandes preocupações. Claro que pode pintar uma ou outra coisa, mas são coisas menores. “Tá tudo mais justo que boca de bode”, garante Zé de Nana. Sei...
09-Uma outra eleição
A Ale começa a fervilhar com a eleição de Confúcio Moura. É que fechada a eleição de governador, é hora de escolher a mesa diretora da Casa para o próximo biênio. Gente nova, cheia de gás, com apoio do governador eleito e do Casal 15 – Marinha e Raupp – e gente já encastelada no poder, vão afiar as lanças e desensarilhar armas para mais um embate. Confúcio já foi claro: vai atuar para eleger um presidente alinhado com seu governo. Adelino Folador, Zequinha Araújo e Saulo da Renascer estão na parada. Do outro lado Walter Araujo e Neodi, com Jesualdo Pires correndo por fora. Briga da boa.
10-Confúcio no Câmera 11
A festa entre correligionários de Confúcio varou a madrugada mas, a manhã estava cheia de compromissos e dentre eles o Câmera 11. Confúcio Moura, governador eleito, compareceu com o vice Ailton Gurcasz, com os Senadores Acir e Raupp, os deputados federais Marcos Rogério e Marinha Raupp. Simples e natural como sempre, Confúcio discorreu sobre pontos do governo e trouxe uma ótima notícia para Porto Velho. Abraçou a construção do Hospital para a Zona Leste. Na platéia, numa irrepreensível carraspana eleitoral, o colunista cabeça chata e hoje dolorida, Robson Oliveira, sob os eflúvios etílicos do mais genuíno escocês, de maioridade comprovada, anotava pontos para a sua sempre lida e disputada “Resenha Política”. E a festa está só no começo.
Fonte: Léo Ladeia - leoladeia@hotmail.com
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