Sexta-feira, 2 de abril de 2010 - 21h40
"Vou ler porque estou sendo multado todo dia e, se continuar, vou ter que trabalhar o resto da vida para pagar as multas". – Lula ironizando o TSE durante a Conferência Nacional de Educação
Em sua primeira entrevista (Clique Aqui e ouça áudio) como governador, Cahula enveredou por um caminho de chão batido muito usado antes. Limpar ruas? Além de não resolver nada, acirra a briga boba dos dois chefes de plantão, com as velhas consequências. Mias que limpeza de rua, queremos asfalto, sinalização, planejamento e agilidade nas obras de saneamento do governo. Retirar o pouco cascalho que existe talvez sirva aos cafundós. Precisamos de parcerias em obras relevantes. Nossas carências são outras e maiores. Limpar é pouco governador. O governo pode fazer muito mais. Limpar a rua é com a prefeitura.
Cahula falou da falta de planejamento municipal. Acertou na mosca e no próprio pé. Porto Velho atropelada pelo crescimento continua sendo capital mas, os investimentos estaduais nunca apoitaram aqui. Problemas de saúde, segurança puxam a fila grande. As soluções metropolitanas dependem não só das pobres prefeituras mas, da partilha dos recursos arrecadados por estados e União. Há oito anos só se fala em estradas que levam às cidades mas, e as cidades? O que foi planejado para elas? Limpeza?
É fácil apontar erro, causa ou falar de falta de planejamento. A Prefeitura Municipal tem culpa e grande. Mas se é justo o governador do Estado a falar sobre o tema e, logo em Porto Velho, causa estranheza. Que obras o estado fez e concluiu em Porto Velho? Penamos por quanto tempo com a reforma do João Paulo? Quando teremos a escada telescópica para os Bombeiros? Quando ficará pronto o Ginásio Fidoca? Quando ficará pronto o IML? Quando teremos teatro? E aí? Faltou planejamento ou de compromisso?
Porto Velho nunca viu tanta grana – da União, das usinas e da economia local – quanto agora. Dinheiro não falta mas, as obras e soluções ou arranjos, se arrastam a passo de cágado. A lista é grande: lixão, rodoviária, ligação do Nacional, estação hidroviária e a piada sem graça da Vieira Cahula. E intervenões mais simples como ordenar o trânsito e sinalizar as ruas? E o Hamilton Gondim entregue com problemas depois de tanto tempo? “É a chuva” dirão. Ora, quem é daqui sabe: a chuva atrasa mas não impede.
Porto Velho sofre a “síndrome do novo rico”. Tem o dinheiro mas, se atrapalha com ele. Faltou planejar para investir ou os impactos foram subestimados. Juntando as obras da BR e de saneamento tocadas pela Caerd o que se vê é uma cidade sem infraestrutura, transformada num canteiro a céu aberto e com dois adversários disputando “quem tem mais garrafa para vender”. Hora propícia para se entenderem não fosse o ano eleitoral. Até outubro, Cahula dum lado e Roberto do outro com Valverde, irão à cata de votos e nós, “os destemidos pioneiros”, alugaremos os ouvidos para um “construtivo debate”.
É salutar que o governante imprima sua marca quando está no poder. Mas, a maioria quer mais. Quer se perpetuar. Se não ele por proibição legal, os que orbitam, o que me leva rejeitar a reeleição. No poder, o dinheiro é “seu”, a obra é “sua”, e até o servidor é “seu”. Esquece que o que recebe de forma lícita ou não vem do povo. Ninguém lhes deve favor algum. São pagos para trabalhar em nome do povo e para o povo, como reza nossa santa e laica constituição. De seus, apenas os ideais partidários mas, partidos e grupos não são “governo”. Homens, e não grupos ou partidos, são os eleitos.
Confúcio deixa Ariquemes com 70% de aprovação tentando a vaga de governador. Experiente, Confúcio sabe que terá de contrapor seu discurso ao da situação. Sabe que a caneta do Cahula pode muito e mais, por ser ungido do ex-chefe. Em entrevista a Marcelo Benesby da Record, Confúcio mirou e disparou: “Rondônia não tem governo. Rondônia tem governador”. Às vésperas do início da campanha, uma boa jogada: pular à frente e polarizar a disputa. A questão é que como Confucio, todos querem o mesmo.
Ao deixar o governo de São Paulo Serra cutucou Lula. Ontem, foi gentil com Mantega e agradeceu a forma correta do tratamento a si e ao seu estado. Aí o Aécio entrou em cena, chutando o pau da barraca: “É preciso implantar a meritocracia na administração federal, e o PT simplesmente não quer, não sabe e não pode fazê-lo. Às promessas falsas, ao messianismo, aos insultos pessoais, aos ataques de palanque, vamos contrapor nossos resultados nos estados e a receita de como obtê-los também no nível federal”. E olha que FHC está num silêncio que até dá para ouvir. É apenas o começo.
Não jogo mas sou a favor. Está pronto para ser votado o projeto de lei para legalizar os bingos e caça-níqueis no Brasil. O Leão, a CEF e a Fazenda são contra e alegam não poder fiscalizar. Não entendi. E como fiscalizam o resto da jogatina oficial? A base rachou e...bingo!: “Isso é hipocrisia. Tem pouca gente ganhando com isso. Quando legalizar, muitos irão ganhar”. 300 mil empregos e R$ 9 bilhões por ano em impostos é um bom argumento. Mas, se o medo é com a corrupção, que tal fechar o Congresso e proclamar um rei? De qualquer naipe. Rei é sempre rei. Senhores, façam suas apostas!
Para quem acreditava que ia faltar peixe, a natureza desmentiu e na semana santa a mesa do portovelhense estava enfeitada com pintados, dourados, jatuaranas, etc. Para quem acreditava que os bagres não iriam mais procriar, os técnicos da Santo Antonio Energia conseguiram fazer o milagre da multiplicação (Clique aqui e assista vídeo), versão século XXI, e a “escada de peixes”, experimento científico, mostrou como é possível intervir na natureza e não comprometer com impacto para as gerações futuras. O tempo passa, o tempo voa e as aves de mau agouro arribaram para Belo Monte. E já se ouvem os grasnados do terror.
Fonte: Léo Ladeia
leoladeia@hotmail.com
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