Quinta-feira, 2 de agosto de 2012 - 15h40
Frase do Dia:
“Não acredito que a defesa vá suscitar, mas se o PGR suscitar vai ser uma situação delicada. Não caberá ao Toffoli decidir, mas sim ao plenário. O problema do Toffoli é sério, para dizer o mínimo e não adiantar um ponto de vista”. – Ministro Marco Aurélio sobre a suspeição do ministro Tofolli.
I-Assim fica difícil
Lembram do Nem, traficante que aloprou o morro, esculachou e vilipendiou moradores, extorquiu, roubou e tentou subornar a polícia e que quando foi preso estava sob garantia da banda podre da mesma polícia que o prendia? Nem é seu nome e fez um gol de placa, para ficarmos na língua da gandaia. Pelo menos quanto a isso está limpo, mas os dois advogados que fechavam o negócio enquanto ele esperava no carro, foram condenados por corrupção ativa e favorecimento pessoal mas no fim não ficarão presos: a justiça trocou a prisão por prestação de serviços e umas tantas cestas básicas. “Cumpádi, é pra esfriar a moringa, aluir a repimboca da parafuseta e deixar a grampola vazar frouxa pelo cano do escape”, diz Zé de Nana!
II-Muito difícil
Estudo da Universidade Federal de São Paulo revela que 1,5 milhão de adolescentes e adultos consomem maconha diariamente no Brasil e que mais de 3 milhões de pessoas entre 18 e 59 anos, fumaram maconha no último ano. Mais: o estudo diz que só 25% das pessoas são favoráveis a legalização da maconha. Para o psiquiatra Ronaldo Laranjeiras a mudança da lei que trocou a prisão por penas alternativas pode ter aumentado o consumo pela "frouxidão legislativa" e diz: “Nos EUA, a maior busca por tratamento para os dependentes é de usuários de maconha. Dados da Nova Zelândia apontam que tem crescido o número de pessoas com transtornos psicóticos e esquizofrenia em decorrência do uso da maconha. Nenhuma outra droga causa esquizofrenia, e essa é a pior doença da psiquiatria. Quem vai cuidar dos 10% dos usuários expostos a esse risco? Quem é a favor da legalização deveria responder isso". Mais direto, impossível.
III-Missão impossível
A PM de São Paulo está proibida pela Justiça de acuar, expulsar ou obrigar os zumbis ou usuários de crack a circularem contra sua vontade na região da cracolândia. Uma ação do MP acabou numa determinação da liminar da justiça e enquanto o estado bate cabeça os promotores e autores da ação Arthur Pinto Filho, Eduardo Ferreira Valério, Luciana Bergamo e Maurício Ribeiro Lopes fazem o discurso politicamente correto do caos: “A cracolândia está lá, não acabou. Basta circular pela região para perceber que tudo continua como antes. A realidade se impõe no caso. Então é melhor nos entendermos e propormos outra medida que possa dar certo”. Mas, cá pra nós, quem é que vai, quer ou precisa se entender e adotar medidas desconhecidas? Isso é coisa de papo cabeça em noite de queijos e vinhos como prenúncio da ressaca.
IV-E já que cheguei até aqui,
Por enquanto dá para fazer alguma coisa, mas se demorar mais um pouco vai virar um zezêu de rosca e aí nem juntando santo milagreiro, pastor de igreja, padre, pai de santo, médico, polícia e voluntários vai dar para consertar o estrago que se abate sobre a cidade. O crack, pedra dos miseráveis, feios e maltrapilhos entrou nas casas de famílias de meninos e meninas bonitos, estudantes de colégios particulares e promete o strike. Pontos ou cracolândias se espalharam como moscas varejeiras pela cidade e vai piorar já que a repressão apenas não vai resolver, principalmente devido ao ridículo efetivo para combate às drogas pelas especializadas. Sem o envolvimento familiar e público para desestimular o uso e dar ocupação ao jovem, vamos para o vinagre e logo. As ações devem ser pensadas e desencadeadas sob uma só coordenação e a repressão é vital. Na semana que passou fui às ruas à noite e o quadro é feio. Vamos conversar gente.
V-Vou mais um pouco.
Desculpem-me por repisar obviedades, mas a época da droga não turbinada e até o glamour que associava contracultura, arte e drogas se foi com o sonho lisérgico e libertário dos anos sessenta. Hoje é profissional. Os narco estados são nossos vizinhos de fronteira seca. Nossa juventude foi envolvida pelo sistema de educação sem avaliação e a rosa dos ventos virou ventarola. Sem norte, sem bússolas e mapas, se mal sabem ler e escrever vão pensar o que e como? E, sem pensar vão se posicionar como? Sentados, apáticos, cachimbo na mão, pedra acesa e o olhar perdido? Sinto muito, mas creio que perdemos a guerra para nós mesmos. Não é tarefa só para governo, escola e família. Só a educação orienta, redime e salva.
VI-Peixe morre pela boca
O deputado federal Jilmar Tatto, líder do PT soltou nota enaltecendo o partido, a luta contra a corrupção, valores, quadros, deu pau na imprensa e lá pelas tantas, fez uma afirmação curiosa: “De forma deliberada omite-se e esconde-se da opinião pública que os repasses e recursos destinados a pagar despesas de campanhas eleitorais, de diretórios do PT e de partidos aliados, contraídos por empréstimos junto a bancos privados, já foram totalmente quitados pelo partido e que nenhum dos petistas acusados se beneficiou de qualquer recurso para uso ou enriquecimento pessoal.” Não fiz a conta, mas sei que o PT nada produz, não tem receitas salvo o “dízimo militante” e fundo partidário, e como qualquer partido tem limites financeiros. Ora e de onde saiu o dinheiro para pagar o beiço do Delúbio? Pecou pela fala tem absolvição prévia?
VII-Arriscando
O ministro Dias Toffoli resolveu esticar a corda ao máximo, mas o Ministério Público Federal está na vereda na tocaia: se Toffoli não alegar suspeição para se retirar do julgamento do mensalão, no STF, poderá ser se enroscar numa ação por crime de responsabilidade e segundo diz o jornalista Cláudio Humberto, sujeito a julgamento de impeachment no Senado. A lei 1079, de 1950, é a mesma utilizada no impedimento do ex-presidente Fernando Collor. Ontem o ministro Marco Aurélio foi entrevistado e deu uma aula de direito via TV. Tocou na ferida, falou da sua suspeição no caso Collor, seu primo distante e do constrangimento se o procurador pedir que o plenário analise a sua suspeição. Marco Aurélio tocou, mas o Toffoli não se toca.
VIII-Greve linholene
Há muito tempo uma toalha de mesa fez a cabeça das donas de casa. Até que parecia linho, mas era feita de material plástico. Os reclames diziam: “Parece linho, mas é linholene”. A greve do judiciário que começa hoje me faz lembrar da velha toalha. Parece uma greve igual àquelas que pipocam em qualquer lugar, mas teríamos que ser desatentos, cegos ou idiotas para não perceber a coincidência da data. Os servidores começam a greve no mesmo dia em que começa o julgamento do mensalão. Coincidência, provocação ou aviso? Da minha parte faço a marcação tripla sem me aprofundar em qualquer outra ilação adicional.
IX-Firulas & filigranas
Mal aberta a sessão do STF e o advogado Márcio Thomaz Bastos levanta uma questão de ordem alegando imcompetência da Corte em julgar quem não tem foro privilegiado. É filigrana para alguns e firulas para outros. Era esperada a manobra. O “Pai Tomás” pegou um atalho que não sei onde vai dar. Difícil dizer se sua estrada vai levar ao sucesso. Com tempo livre já que é uma questão de ordem, o velho advogado encaminhou parte dos óbices que colocará durante o processo e de forma inteligente cutucou o relator colocando-se ao lado do ministro Marco Aurélio de Mello. Grande momento do douto Tomaz que mostra porque é um dos mais conceituados juristas do Brasil. Quedo-me para assistir os embates.
X-Papo com Zé de Nana
X1-Se Delúbio estava a mando de Dirceu que era chefiado por Lula, quem dava as ordens a Dirceu?
X2-Com as UPA’s e Hospitais, em lugar do Hospital Municipal não é melhor pensar no trânsito da capital?
X2-Carro plotado é a febre. Além da propaganda serve para esconder amasso, ferrugem e batidas.
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