Terça-feira, 2 de novembro de 2010 - 15h49
"Não estou mais disposto a dar endosso a um PSDB que não defenda a sua história. Tem limites para isso".
FHC soltando os bichos.
01-Por quem os sinos dobram
Em todo Brasil por Serra, que é a partir de agora um coadjuvante no PSDB. Ainda que sua experiência possa ser aproveitada, sem mandato e no fim da fila, vê suas chances de chegar à presidência reduzidas a pó. Dobram pela justiça eleitoral que sem coragem de corrigir o “bafão” do Ficha Limpa, segue insepulta á espera do novo e desconhecido ministro. Pelas mentiras e torpezas das campanhas eleitorais em flagrante desrespeito ao eleitor. Dobram pelo sistema eleitoral que invalida a vontade soberana do eleitor. Dobram anunciado mortes mas, na esperança de vida inteligente na política.
02-Cinzas da eleição
Para um inimaginável presidente boquirroto, Lula saiu-se com esta pérola: “O Serra sai menor dessa eleição. A virulência do Serra em relação à companheira Dilma foi uma coisa inimaginável”. Dispensável e lamentável exercício semântico ao tripudiar sobre o adversário derrotado. Tais atitudes e frases só jogam mais combustível sobre brasas e no momento em que Dilma precisa e acena para o entendimento entre contrários, que lhe permita iniciar o seu governo com um mínimo de arestas. E Lula ainda fala em ódio por parte da oposição. Lula, o grande, se fez menor ao medir Serra pela própria régua.
03-Quero o meu título de eleitor de volta
Não sei ainda quanto vai custar aos cofres da viúva rica mas, a mesma ceguinha que deletou o meu título de eleitor deverá fazer um novo. E na onda da urna eletrônica e da apuração on-line, real-time, etc., deve pintar por aí um cartão magnético com foto, tipo de sangue, CPF, e o “zezêu de rosca”. Deve ser essa a reforma eleitoral. Sobre coisas como coeficiente eleitoral, lista fechada, financiamento público de campanha, caixa 2, ou cláusula de barreira, ficarão para o futuro. Por ora a ceguinha tateia para ressuscitar o falecido título de eleitor. O risco é que por força do hábito a ceguinha faça em Braille.
04-Cassol e a ALE
Aí é que a porca torce o rabo. O ex-governador Cassol vem colecionando algumas perdas em 2010. Na esfera jurídica Cassol encarou processos, foi absolvido, o que lhe permitiu disputar a eleição saindo dela com uma votação menor que a esperada e ficando atrás do rival Raupp. Depois de movimentos erráticos, indicou Cahula como seu candidato e foi à luta para compor um arco de alianças que se supunha imbatível, o que não se confirmou. Afora a guerra contra o insurreto Expedito. Agora é hora de eleger o presidente da ALE. O ano não está bom mas, não está morto o que peleia.
05-Revelações do João Closs
Ao provocar o advogado João Closs Jr., cassolista de quatrocentos costados, nem de longe esperava as revelações ditas de forma tão contundente. Sinceramente, esperava que ele fugisse pela tangente mas, fiquei surpreso, apesar de conhecer os dois temas. Closs foi incisivo e trouxe luz sobre a quebra do Beron e sobre um documento assinado pelo Senador Valdir Raupp, explorado ao máximo durante a campanha eleitoral. Foi um desabafo de muita coragem.
06-Record marcando espaço
A Rede Record de Televisão marcou um tento importante com o seu jornalismo quando entrevistou a presidente eleita, Dilma Roussef. Num ambiente totalmente feminino, Ana Paula Padrão e Adriana Araujo mostraram competência técnica, senso de oportunidade e momentos de pura descontração numa conversa com momentos leves e revelações. Em busca de consolidar a liderança, a Rede Record saiu na frente e Dilma ainda firmou o compromisso de antecipar às duas repórteres as informações sobre o ministério.
07-Temer, um vice com força
Saiu a lista da equipe de transição do governo. A coordenação política da equipe de transição do governo de Dilma Rousseff ficará com o vice-presidente Michel Temer, José Eduardo Dutra, Antonio Palocci e José Eduardo Cardozo diz a nota da assessoria da presidente eleita. Outra lista inicial com 30 nomes, todos "eminentemente técnicos", para integrar a equipe de transição será encaminhada à Casa Civil. No total, a equipe de transição contará com 50 pessoas que atuarão em duas linhas: técnica e política. É o velho PMDB de guerra mostrando as garras. Ou alguém crê que isso é de graça?
08-Globalizando a miséria
Se o Brasil enfrenta um surto de desindustrialização e importa mais do que importa, um mercado muito específico – o de escravas sexuais e da prostituição – continua em alta. Exportamos o que temos de pior: miséria humana e a falta de esperança no futuro. Um relatório com estatísticas policiais divulgadas hoje pelo Ministério do Interior Espanhol revelam que 86% de todas as prostitutas detidas no país em 2009 são do Brasil. Os dados mostram que as brasileiras são as principais vítimas da maioria das quadrilhas de prostituição que atuam no país. Que ironia. Elegemos uma mulher para presidente, fazemos história mas, exportamos prostitutas. Estamos na contramão da globalização.
09-Revolução no ninho tucano
O ninho tucano está em chamas. O fim das eleições está obrigando a passarinhada a fazer um movimento considerado impossível: descer do muro. Troca-troca no comando ou troca de ninho? FHC, Jereissati e Serra vestem vistosos pijamas e abrem espaço para Aécio Neves, Geraldo Alckmin e Beto Richa. Vamos combinar: será que isso vai mesmo acontecer ou o novo trio pode descer do ninho e fundar um novo partido com descontentes das diversas siglas que abundam a política brasileira? Aliás, esse tema já vem sendo colocado há algum tempo e não sem razão. Seria a sonhada terceira via? Para entender: mesmo no maior partido, o PMDB, existe gente disposta a tal aventura.
10-Faxina geral
Enquanto a festa corre solta para alguns, um grupo entra na faxina. Nos comitês e em outros locais quase não visitados é hora de limpar a HD, arrumar a prestação de contas e chorar as pitangas. Hora também de procurar culpados para transferir a carga. Para o político picado pela mosca azul, é tempo não de refletir mas, de sonhar de novo. Para o eleitor que plotou o carro, ainda que obrigado pelas circunstâncias, a limpeza é mais simples. O lavajato dá o jeito. Aliás, os carros plotados e os de som com as musiquinhas de gosto duvidoso sumiram como por encanto. Da noite para o dia foram abduzidos de nossas vistas. Como diria Dilma durante a campanha, graças a Deus!
Fonte: Léo Ladeia - leoladeia@hotmail.com
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