Segunda-feira, 3 de agosto de 2009 - 21h30
"Da próxima vez que o senhor pronunciar meu nome nesta Casa, vou ser obrigado a relembrar alguns fatos, alguns momentos talvez extremamente incômodos para vossa excelência.”– Senador Collor batendo abaixo da linha de cintura do Pedro Simon.
01-“It’s now or never” – side A
Os olhos e ouvidos do Brasil estarão voltados hoje para um determinado “salão azul” lá de Brasília. Depois de um recesso parlamentar – nunca entendi o porque já que os senadores só funcionam de terça a quinta – que era ansiosamente esperado por Sarney e sua troupe, a avaliação é que a situação que era ruim, desandou para o insuportável, comprometendo de vez a instituição. Já se pensa como será o “day after” se a renúncia do Sarney ocorrer e aí é que a porca torce o rabo. O Senado não é assim um convento, apesar de ter em seus quadros Pedro Simon, mais para bode de bicheira que para franciscano. Aí o bicho pega.
02-“It’s now or never” – side B
O Senado chegou a esse ponto graças ao Sarney, à sua troupe e ao resto da “tchurma”. Dizer-se que partiu dele a abertura da Caixa de Pandora e/ou que suas ações foram fruto da sua vontade, é de um cinismo revoltante. Mas do limão se faz a limonada e a instituição tem a oportunidade real de se reinventar. Convenhamos porém, que isso interessa muito a muitos poucos e lá no “clubinho” a quase ninguém. Porém, tudo é processo e alguma ação irá prosperar. Ou isso, ou sobrarão duas opções: Instalação do sistema unicameral ou algo mais simples que seria trocar a cor azul do salão por marrom, mais apropriado à situação.
03-O mês do “cachorro louco”
Agosto começa com a crise no Senado instalada, os deputados de nossa ALE numa briga de cegos no escuro e edis da nossa Câmara de Vereadores sem encontrarem o caminho. No Executivo Estadual, Cassol espera a vez na fila do matadouro e articula tudo com todo mundo. Na Prefeitura Municipal, Roberto Sobrinho, cheio de planos para a cidade e para sua carreira política, está como todos nós da Capital, parado no trânsito e correndo o risco de ver a banda passar junto com o verão. Junte-se a isso a insegurança pública, os crimes ambientais, as drogas que invadiram nosso cotidiano e resta pedir que agosto acabe logo.
04-Duelo na fronteira
Em Guajará Mirim, o “duelo da fronteira” acontece no bumbódromo – que beleza – mas há um duelo da população para receber atendimento público de saúde. A coisa não é de hoje. O povo, vermelho de raiva e o poder público, azul de vergonha. Mais à frente, em Extrema, novo fechamento da BR. Dessa vez é pró-emancipação do Distrito. E, como perguntar não “infrói nem contribói”, lá vai: a decisão sobre a vontade do povo é política. A Casa do Povo é a Câmara de Vereadores e/ou a Assembléia Legislativa. Por que não fazer o movimento numa ou nas duas casas? Por que fechar a BR se podem fechar a Casa do Povo? Fechar a BR só se for pelo “Movimento Pró Rondônia” e Jirau só a “tchurma” de Bom Futuro.
05-Cobrando a fatura e pagando a promessa
O Senador Expedito Júnior passou batido na questão sobre a renúncia do Sarney hoje à tarde. Como não se envolveu, não se sabe ao certo qual a sua posição sobre o fato. Para Expedito, o assunto era outro – transposição – e foi sobre ela que fez uma dura cobrança da tribuna, já no fim do expediente. Ganhou um aliado de peso. O Senador Romeu Tuma que conhece bem o assunto prometeu ajuda-lo na luta. E Expedito deixou um aviso: Volta à tribuna tantas vezes quanto sejam necessárias para cobrar a promessa do presidente da Câmara dos Deputados de colocar a PEC em votação durante o mês de agosto. Embalado com a vitória dos mototaxistas, começo a acreditar que a coisa pode ir na pressão. Ora se.
06-Abrindo caminho
Se ninguém se manifestou, mesmo depois da lei para regulamentação do serviço, o MP foi à frente e encaminhou a recomendação ao prefeito de Porto Velho, Roberto Sobrinho e à Câmara Municipal de Vereadores, sobre o assunto. A recomendação cancela uma anterior encaminhada pela Promotoria de Justiça da Defesa do Consumidor e da Saúde, no dia 18 de maio deste ano, que orientava para que não fosse apreciado pela Câmara o projeto de lei, já que não havia previsão na legislação para a atividade. Meio caminho andado, cabe agora adequar o serviço às necessidades e limitações da cidade e regulamentá-lo. O resto vai de carona, como cor e ano da moto, número de licenças, uniformes, etc. E fim de papo.
07-Passagens com atraso
Sabe-se lá porque “cargas d’água” mas, o certo é que um processo relativamente fácil de ser julgado demorou mais de uma década – os fatos se reportam ao ano de 1993 – para ter enfim uma sentença. O estranho é que a justiça de Rondônia é referência nacional no quesito rapidez. A sentença atinge o ex-deputado estadual Silvernani Santos, o deputado federal Moreira Mendes, um ex-diretor da ALE e as sócias de uma agência de viagens, todos acusados pelo Ministério Público de desvio de recursos públicos por meio de fraudes na venda e recebimento de passagens aéreas. Se a justiça tarda, falha. E falhou nessa.
08-Por falar em ALE...
O deputado Miguel Sena deu uma no cravo e outra na ferradura. Primeiro pediu renúncia da Comissão de Mídia e depois apresentou um relatório de irregularidades e sobrou para a PNA do publicitário Clayton Pena. Se conheço bem minha tribo, tudo vai ficar com d’antes no Quartel d’Abrantes. A briga do Miguel Sena é com o dono de uma rádio e Pena entrou como “carambola” numa sinuca de uma bodega qualquer. Bate numa e encaçapa a outra. O ruim desse jogo é que vez por outra o dono da bodega chega e acaba com a farra. Sou capaz de “botar uma onça na caçapa” sem dar saída. como foi isso aí. Confio no meu taco.
09-O nome do jogo é truco
A representação está pronta e independente dos fatos que denuncia, há uma motivação a mais para sua existência: “O problema é que o Artur Virgílio levou o PSDB a tomar uma atitude e, diante disso, não poderíamos agir diferente”, explica Renan Calheiros. Artur vai para o Conselho de Ética que deve apurar três fatos que o envolvem no rolo crescente do Senado Federal: o pagamento de salário a um funcionário do seu gabinete enquanto fazia curso no exterior, a legalidade do ressarcimento dos gastos da mãe do parlamentar com tratamento de saúde e o socorro financeiro de US$ 10 mil concedido pelo ex-diretor-geral do Senado Agaciel Maia durante viagem ao exterior, quando ficou sem cartão de crédito.
10-Barraco no Senado
Sobrou para Pedro Simon. O PMDB, como já era de se esperar, estava em armas para a defesa do Sarney. Simon foi propor “um gesto de grandeza” – a renúncia do Sarney – e foi aí que o estopim foi aceso. Renan partiu como um tanque na defesa do aliado usando tudo o que possuía, inclusive sua pior arma, ao plantar dúvidas sobre a honra do velho Simon. Na seqüência foi a vez do Collor que com as narinas abertas, olhos esbugalhados e com a respiração alterada, atacou com força desproporcional o velho gaúcho. Simon estava só e sem ninguém que o ajudasse. Passou por momentos difíceis até receber apartes tímidos de alguns colegas. Como eu disse acima, o Senado se reinventou. Para pior, é claro.
Léo Ladeia - www.gentedeopiniao.com.br - www.opiniaotv.com.br - http://twitter.com/opiniaotv - http://www.gentedeopiniao.com.br/energiameioambiente/
leoladeia@hotmail.com
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