Quinta-feira, 6 de novembro de 2008 - 05h49
Frase do dia:
“Sou inocente!” – Da nota oficial do Governador Cassol.
01 – De Sol e de Cassol
O fato político é a sentença do TRE cassando o mandato de Cassol, confirmando pela terceira vez a cassação do senador Expedito, e declarando nulos os votos obtidos pelos dois além dos votos da Val e Zé Antonio. Claro que todos irão recorrer da sentença que envolve ainda multa pecuniária, inelegibilidade e fixação de uma data – 14 de dezembro – para novas eleições. Pelo histórico do TSE a sentença do TRE ficará na UTI até o julgamento final, o que implica dizer que Expedito continuará sendo senador e Cassol governador, salvo um improvável erro jurídico e que a eleição do dia 14 tem tudo para não ocorrer. Essa é a notícia. Quanto a publicar ou não, depende dos interesses de cada um. Mas, o fato de se atrasar o relógio não impede o sol de nascer.
02 – De gravetos e de Cassol
O estilo Cassol com suas brigas, inimizades e trapalhadas seriam fonte inesgotável para a imprensa em qualquer outro lugar. A condicionante é em função disso: Cassol gosta de brigar, cresce perante o público em cada briga e sabe tirar proveito da situação por pior que ela seja. Para tanto, conta com o apoio da imprensa na sua quase totalidade, utilizando-se do mecanismo de abrir e fechar torneiras com as verbas publicitárias para irrigar as sementes das opiniões favoráveis. Mas é lá, do lado da justiça, que o bicho pega. Uma coisinha aqui hoje, outra lá amanhã e de repente como agora, a fogueira se desmantela. Zé de Nana garante que: “quem derruba fogueira é graveto”. Sabe tudo.
03 – Que gelada
Em sã consciência, ninguém aposta que o Cassol participou da lambança da compra de votos. Isso é coisa de gente burra, e isso ele não é. Mas, para a justiça houve e com provas e, um voto ou um milhão de votos comprados, têm o mesmo peso. É crime. Mas, aí vem a segunda parte. Depois de ter entrado de graça na coisa, segundo o processo de investigação, Cassol cometeu um pecado ao tentar ajudar o amigo, esquecendo-se de uma das suas frases: “Cada um responde pelo seu CPF”. Zé de Nana ensina: “Tá com pena do miserável, fique no lugar dele”. Eu mesmo já passei por uma dessas e não ouvi sequer o “desculpe” ou “muito obrigado” e aí, me ferrei de verde e amarelo. Dureza.
04 – Sumindo votos e cadeiras
Apenas como mero exercício, já que acredito que o TSE mantenha Cassol e Expedito nos cargos, como fica a questão dos votos da Val, sumindo do mapa de votação? O tal coeficiente eleitoral se altera e vai sobrar para os deputados Moreira Mendes e Anselmo de Jesus. A coisa se complica tanto, que hoje não é possível afirmar quem entraria e/ou quem sairia. Que o coeficiente eleitoral se altera, não há duvida. Mas qual seria a nova composição é matéria para o TRE e haja “panos pra mangas”. Cabe aos dois possíveis defenestrados algum tipo de recurso? No novo quadro possível mas, improvável, não se sabe se existe escada, qual a cor da tinta ou se ficam os dois pendurados pela broxa.
05 – Nova eleição: um rolo de cobra
Fazer é fácil. Mas quem poderia participar? Voltemos à época da eleição para governo: os atuais deputados e senadores podem participar do pleito, bem como qualquer uma pessoa filiada a qualquer um partido e que fosse elegível naquele período, ou seja que estivesse se desincompatibilizado de cargo público ou similar, como diz a lei. Ao rolo de cobra para fazer a escolha dos nomes, some-se a preparação de uma campanha com a escolha de marqueteiro, confecção de material, readaptação do TRE para acompanhar a votação e as conversas para as famosas coligações. Ainda bem que é teoria. Imagine!
06 – A nota oficial do Cassol
Seria uma entrevista coletiva mas, acabou saindo mesmo uma nota oficial, que começa com uma obviedade no primeiro tópico: “Sou inocente!”. No segundo tópico o protesto pela inocência dele – Cassol – e do seu vice João Cahulla. No terceiro e quarto tópicos alfinetadas com endereço certo a Fátima Cleide e “daqueles que buscam desestabilizar a administração estadual”. Nenhuma palavra, nenhuma vírgula ao senador Expedito Jr., o que me deixou com uma “pulga atrás da orelha”. Estratégia de defesa desvinculando os nomes ou algo que possa ser interpretado como possível ruptura ou distanciamento?
07 – Nostradamus de araque
E já saiu a primeira das liminares concedida pelo TSE, garantindo ao governador Cassol e ao vice Cahulla a permanência nos respectivos cargos, até que o acórdão do TRE de Rondônia seja de fato publicado, o que deve ocorrer até a próxima sexta feira. E já deve estar no forno um outro pedido também ao TSE e que ao meu leigo juízo, receberá igual tratamento. Computando-se as possibilidades de recursos, aliados ao imenso cipoal de processos em curso no TSE, não resisto à tentação e vou dar uma de “Nostradamus de araque” e prever que Cassol vai cumprir todo o seu mandato sem faltar um dia sequer.
08 – FeBeACon
Com tanta coisa por fazer e o Congresso se apequena. Pois não é que Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática aprovou projeto do senador Gerson Camata que impede o emprego de modelos muito magras em mensagens publicitárias e desfiles de moda? A senadora Rosalba Ciarlini, relatora da matéria, disse que a proposta representa uma "ação de solidariedade" à juventude do país, já que os padrões de beleza difundidos contribuem para a valorização social da anorexia nervosa, transtorno psicológico que leva suas vítimas a rejeitarem alimentos, na busca desenfreada pelo corpo cada vez mais magro. Gordinhas em alta! Acredite! É verdade!
09 – Preparando o refresco
Uma proposta de anistia das dívidas dos profissionais liberais – advogados, escritórios de advocacia e de contabilidade e consultórios médicos - que não recolheram a Cofins durante o período em que ainda não havia a definição sobre a incidência do tributo sobre essas empresas no STF, começa a ser discutida no Senado. Um projeto de lei do Eduardo Azeredo pretende perdoar a dívida dos o que não pagaram o imposto até o julgamento final da disputa no Supremo, no dia 17 de setembro de 2008. Outra saída para amenizar os efeitos da decisão do Supremo para os contribuintes já tramita desde o ano passado na Câmara dos Deputados, quando já havia uma sinalização de que os contribuintes perderiam a batalha. Vai ser um baita refresco e a pressão é grande.
10 – E no país da piada pronta, mais uma.
Agora vai dar certo. Ora se... O Conselho Nacional de Justiça aprovou recomendação que orienta os juízes de todo o país a não usarem o nome de batismo das operações policiais nos atos judiciais. Os magistrados, porém, não ficarão proibidos de citar o nome nos processos. “Não podemos impedir que a polícia adote a denominação que quiser, mas estamos recomendando que os juizes não utilizem essas denominações”, disse o presidente Gilmar Mendes. Vamos lá: primeiro proibiram as algemas, agora os nomes, e a próxima novidade qual será? Se eu fosse da PF batizava todas de “alfa 1, alfa2, etc. ou ainda: **(/), @#, hahahahahahaha!, rs ou essas baboseiras como os nicks do MSN.
Fonte: Léo Ladeia
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