Sexta-feira, 7 de maio de 2010 - 21h05
Frase do Dia
“O meu ministro da Saúde falou: para cuidar da pressão tem que fazer sexo. Então, não fique lamentando, vá à luta, meu companheiro”. – Lula para um prefeito, durante uma solenidade...
01-Urso Branco: Até aqui, quase mil anos de prisão
Saíram as primeiras condenações da chacina do Urso Branco e, como já se adivinhava, carregada nas tintas como aliás, deverão ser as subseqüentes. Para avivar nossa memória: quando a rebelião explodiu algumas autoridades constituídas não estavam aqui na Capital. Governador, Secretário de Segurança e o Comandante da PM gozavam férias ou algo do tipo em função das festas de fim de ano. Miguel de Souza que era o vice governador, ficou pela broxa vendo os carros com as sirenes abertas passarem frente à sua casa. Com a comoção social veio a “tchurma” de Brasília e depois, as denúncias que levaram Rondônia à Corte Interamericana de Direitos Humanos e ao julgamento.
02-A justiça está com o tinteiro cheio mas,
A sociedade sente a falta de autoridades nos bancos dos réus. Afinal, o Urso Branco é um presídio estadual e não depósito de presos. A segurança dos que ali estão, presos ou não, cabe ao estado e o estado é, em tese, partícipe da tragédia que se anunciava certa, quando ações de segregação de presos por periculosidade foi afrouxada. De novo para lembrarmos, o Procurador-Chefe Vitachi, à época, denunciou as autoridades, inclusive um juiz e um promotor. Mas, no inquérito policial foram mais de 60 pessoas, num universo de 1274 presos só no Urso Branco. O tempo passou, a justiça desidratou a lista. Ficaram 27 e nenhuma autoridade. Cá prá nós, um baita regime para emagrecer.
03-Mais tinta
Quem também levou tintas no processo foi o ex-presidente da Ale, Natanael Silva. Depois de longo e rumoroso processo, Natanael perdeu o cargo de Conselheiro de Tribunal de Contas, de onde se encontrava afastado, foi condenado a pagar uma multa considerável e prisão por mais de 14 anos. Com Natanal foram condenados o ex-deputado Coronel Abreu além do servidor Francisco Pordeus. Entretanto, como o processo tramitou no STJ, cabem recursos que podem ser embargos no próprio STJ como apelações para a corte Suprema. É assim o processo. Ou seja, tudo isso ainda vai longe.
04-Tropeços de campanha
Do Serra: "Se depois da campanha eu for eleito - e pode parecer uma heresia, viu, Dilma? -, mas vou querer tanto o PT quanto o PV no governo em função de objetivos comuns, com base no programa". Troco da Dilma: "Por que foram contra o presidente Lula durante tanto tempo? Por que fizeram uma oposição tão raivosa? Agora, quando temos uma aprovação de mais de 90%, soa um pouco estranha essa fala". Um grupo de professores estaduais em greve furou o cerco da polícia e bloqueou a entrada dos pré-candidatos à Presidência da República no debate em BH ontem. Serra tentou passar pelos professores e quase apanha. Dilma entrou pelo fundo e Marina chegou antes.
05-Pepino indígena
Quando o STF decidiu que os arrozeiros da reserva Raposa/Serra do Sol, em Roraima, deveriam sair, os ministros condicionaram o uso exclusivo da terra pelos índios ao "interesse da Política de Defesa Nacional". Ontem o Senado fez a parte que lhe caberia no latifúndio e aprovou o projeto que dá às Forças Armadas e à Polícia Federal livre acesso e trânsito em terras indígenas. Pelo texto, fica permitida a instalação e a manutenção de unidades policiais e militares no interior das reservas, mesmo que a área não seja de fronteira. Olha só o nó que está no projeto. Como é que ficarão áreas indígenas ricas em minérios, pressionadas pela garimpagem e contrabando, tipo Roosevelt?
06-Presente de grego aos aposentados
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse hoje que o Brasil fará um aporte de US$ 286 milhões no FMI para ajudar a conter a crise na Grécia. De acordo com ele, os recursos sairão das reservas internacionais do país, hoje estimadas em US$ 245 bilhões. Vá lá que o Brasil tenha grana, esteja em condições de empresar e empreste. Mas é esquisito que entre numa briga e com anúncio de veto contra o aumento de aposentados, uma merreca para quem tem reservas desse porte. Apenas para entender, o custo total seria de R$1,8 bilhões, com uma diferença importante: o dinheiro para os aposentados não vai sair do país para a Grécia. Ficará aqui fortalecendo a nossa a economia.
07-Mais uma porteira na mira
Nem bem o governo se posicionou sobre se veta ou não o percentual de aumento aos aposentados e já se prepara para enfrentar uma outra batalha para segurar o cadeado das burras da viúva burra.E olha que agora não é a turma da bengala já com o pé na cova. Agora é a Justiça. A cúpula do Judiciário pressiona o Congresso para aprovar projeto do STF que reestrutura as carreiras do Poder e aumenta a remuneração inicial dos servidores. Ontem um aríete togado bateu no gabinete do presidente da Câmara, Michel Temer. Era o presidente do TSE, Ricardo Lewandowski levando um recado sobre uma possível greve. E um torpedo já esta anunciado para a próxima semana. No gatilho, o presidente do STF, Cezar Peluso. “Aí não tem peba que guente”, garante Zé de Nana.
08-O bode é o fator previdenciário
Se conheço bem a “tchurma”, tudo está sendo adredemente preparado para tirar o bode da sala na surdina. Claro que o governo está com dois abacaxis para descascar e tendo que tonificar a Dilma nas pesquisas. Mas o que vale mais, um número percentual ou uma expressão pouco conhecida mas de grande valor percentual? Eis o bode. Entre vetar o aumento de 7,7% que todo mundo sabe o que é, melhor é concordar fazendo papel de bom moço e vetar o tal fator previdenciário. Discurso perfeito. O tal “fator previdenciário” pouca gente sabe o que é, além de ser mais antigo e arraigado.
09-Pregando no deserto
O projeto Ficha Limpa lembra a viúva Porcina – aquela que foi sem nunca ter sido – mas arranjou um defensor de peso. Pedro Simon, do alto da sua credibilidade, pediu aos colegas hoje, que não apresentem emendas ao projeto, para evitar a chicana do passeio de retorno à Câmara Federal para nova análise e votação. Infelizmente porém, Pedro Simon é tido como um pregador no deserto e sequer é ouvido no seu próprio partido, o PMDB. O senador Pedro Simon teme que o prazo fatal – 5 de junho – seja alcançado pela “tchurma”que empurra com a barriga e que o projeto mesmo que transformado em lei, não valha para as próximas eleições. Pelo texto, é inelegível quem tenha sido condenado por órgão colegiado em segunda instância. Tem gente já cantando o “Para Pedro”.
10-Ficha limpa
A bancada ruralista está se organizando para derrubar do projeto ficha limpa o dispositivo que torna inelegíveis pessoas que cometeram graves crimes ambientais. A “tchurma” do mal da agropecuária pretende mobilizar suas bases para que o destaque que retira do texto principal os crimes contra o meio ambiente e contra a saúde pública seja aprovado. Se for acatado, políticos condenados por contaminar a água que abastece uma população, por exemplo, ficam fora do ficha limpa. E, de igual forma, quem desmata, queima, polui com agrotóxico, desvia e obstrui curso de rio e não preserva a mata ciliar está limpo. Como se diz na roça, “a capivara tá querendo morder o cano da espingarda”.
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