Segunda-feira, 9 de julho de 2012 - 10h23
Frase do Dia:
“O que temos há pouco mais de um ano é um governo de coabitação – Dilma e Lula.” – Ricardo Noblat
I-Gente que entra, gente que sai
Na chapa do PPS que tem Mário Gonçalves Ferreira, o Português da Coimbra, como candidato a prefeito, entra José Genaro de Andrade do PP, ex-secretário de Fazenda da era Cassol e sai Ailton Arthur da Silva do DEM, da Social Imóveis. Já na chapa do PMDB que traz o médico José Augusto de Oliveira do Prontocordis como titular, entra Marco Antonio Alves Pereira do PMDB da Faculdade Fatec e sai Jamilene Mello ex-secretária de Administração da era Jerônimo Santana, que nem esquentou o banco. E pelo trote da mula veia e o sacolejo da carroça ainda tem muita abóbora para ser ajeitada ou cair pela estrada. É esperar.
II-Quem quer dinheiro?
Existe uma regra que funciona em quase todo lugar: quem não trabalha não tem salário. O governo parece ter descoberto a regra e disse que vai cortar o ponto dos servidores em greve. Cutucou a onça. O Sindicato de Servidores Públicos Federais juntou 500 servidores e decidiu ampliar a greve. Diz o sindicato que estão em greve os ministérios da Saúde, Justiça, Planejamento, Desenvolvimento Agrário, Trabalho e Emprego, Integração Nacional, Agricultura e Incra, Arquivo Nacional, Funai, Inpi, HFA e Funasa. A lista pode dobrar, pois não cita os servidores das universidades. E isso ainda pode aumentar mais. Pobre Dilma e pobre povo.
III-Falando nisso...
Que falta faz um bom articulador político no governo. Ideli Salvati que deveria ser uma espécie de primeiro passo para a solução de problemas funciona às vezes como o primeiro passo para se montar o problema. O Pior é que sem mandato, mas mandando tanto ou mais do que quem o tem, o senhor Luzinácio meteu os pés pelas mãos e danou-se a “fazer política” com a sutileza de macaco em armarinho. No passado era fácil: uma emenda aqui, um cargo acolá e de forma franciscana tudo se resolvia. Ocorre que mesmo tendo a força e o prestígio lhe falta a caneta e Dilma paga o pato de todas as suas trapalhadas. E nós por tabela.
V-9 de julho
Hoje é feriado em São Paulo. Há 80 anos a classe política dominante do estado rebelava-se contra Getúlio Vargas que depois de assumir a vaga do Presidente Washington Luiz em 1930, mexeu na estrutura de governo desagradando os paulista que estavam alijados. A década de 30 é tão complexa que começa em 29 com o “crack” da bolsa nos EUA passa pelo golpe de 30 contra Washinton Luis, 9 de julho em São Paulo, recomeça em 1937 no outro golpe de Vargas e vai até 1945 quando outro golpe militar encerra a década e a era Vargas. Mas o registro mais importante é mesmo o 9 de julho, o orgulho dos paulistas.
V-Caricaturas
80 anos depois e ainda aparecem caricaturas de velhos políticos como “salvadores da pátria”, “varredores de corrupção”, ou com um plano mirabolante que faz o povo acreditar que cada um é um fiscal ou ainda um “caçador de marajás” que possuía apenas uma bala e infelizmente não a usou como fez o Getúlio, ou o Luzinácio, a mais recente edição caricata, revista e ampliada do “pai dos pobres”. Pobre Brasil tão pobre de heróis que querem nos fazer areditar que heróis são os participantes de um reality show, ases do volante, craques de futebol ou lutadores de UFC. Bem diferente do “Heros” – semideuses – original.
VI-Heróis meia boca
E como seria de se esperar em tempos de julgamento do mensalão, há um novo herói na praça. O “herói meia-boca” tem ficha policial e responde a processo. É o Robin Hood brazuca às avessas que rouba do povo para dar aos ricos e que é defendido pelo “pai dos pobres”, até pressionando a justiça. Rechaçado, o “semideus do semiárido” vai ter o braço sindical da CUT substituindo-o: "Não pode ser um julgamento político", diz Vagner Freitas, o “homi” da CUT, "Se isso ocorrer, nós questionaremos, iremos para as ruas." Outrora isso tinha nome e artigo no Código Penal, mas o Brasil que avança é o mesmo que retrocede.
VII-Efeito eleições
Uma reportagem da TV Candelária sobre moradores de rua – no caso a expressão é literal – mostrou o que ocorre em ano eleitoral: barracos enfileirados sobre a calçada no final da Avenida Calama. Os espertalhões que visam uma vaga na política agem antes tornando-se “lideres comunitários” criando dificuldades para vender facilidades. Na cartilha de Ernandes Índio e Raquel Cândido, estrangulamentos críticos e invasões. Com o nó vem a promessa de desenrolar se eleito. Aos pobres coitados a aceitação dos termos de acordo.
VIII-Minha Casa, Minha Briga
O que existe de obra do tal projeto “Minha Casa, Minha Vida” para ser concluída em Porto Velho, não está no gibi. Semana passada o governador Confúcio anunciou via Plano “Futuro” mais casas, sendo quatro mil apenas em Porto Velho. Acredito no sistema de mutirões com a participação de quem faz a própria casa. Já vi isso funcionar, mas parece ter caído em desuso e a guerra de sempre do brasileiro pela casa própria vai em frente. O sonho da casa própria – se possível com dinheiro público – é a briga de parte da população.
IX-Janela de oportunidades
Aos trancos e barrancos e pela obrigação de fazer a Copa do Mundo o Brasil pode servir-se de uma janela de oportunidade única e urgente. Fora os estádios, arenas, etc., teremos que resolver nós de logística e criar alternativas para receber gente e produzir um espetáculo mundial. Esqueçam os atrasos ou mesmo o fato de que algo pode dar errado. A pressão mundial não vai deixar que isso ocorra. A possibilidade de que tenhamos melhorias em aeroportos, estradas e em vias de acesso às cidades que terão os jogos é real e o clima virtuoso pode se ampliar. Da janela pode-se ver uma bela paisagem, mas antes... mãos à obra!
X-No answer
X1-Luzinácio está campanha para eleger... Lula. Será que Dilma vai encarar ou se fazer de gata morta?
X2-Dilma o canal com FHC e Eduardo Campos do PSB. Seria para prevenir uma futura alergia a molusco?
X2-Os deputados da ALE RO estão de volta. Demóstenes foi pro pau mas fica só nisso? E os outros?
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