Domingo, 1 de abril de 2012 - 15h29
Frase do Dia:
“Os bons homens já morreram.” – Senador Pedro Simon do PMDB, um bom homem e vivo.
01-Para não esquecer I
Na madrugada do dia 01 de abril de 1964, com apoio das Forças Armadas, parte do clero e parte da sociedade civil, o Brasil era atingido por um golpe de estado, cujas cicatrizes no corpo e muito mais na alma, são visíveis até hoje. Até aqui a história vem sendo contada e vista por um só lado. Até hoje, como cabelos, unhas, olhos, dedos e as vidas que foram arrancados à força para quebrar a dignidade pela tortura, faltam dos arquivos e processos, dados, fatos, fotos ou local onde foram enterrados os que queriam viver outro modelo político. Ser privado de conhecer o proibido é também tortura. O Brasil não pode temer a comissão da verdade.
02-Para não esquecer II
O tempo nos transforma, mas é preciso falar dos nossos erros para podermos mostrar a nossa nova cara. Assistia pelo canal de notícias da Globo – Globo News – o especial sobre a ditadura, recheado de músicos, falando da censura e lembrei-me duma cena em que Nelson Rodrigues chorava pedindo aos ditadores pelo seu filho Nelsinho, pela Globo. Lembrei-me da campanha das Diretas Já esquecida pela Globo. Lembrei-me da eleição do Brizola quase alterada pela Globo. O especial mostra a Globo no papel de observadora. Não foi bem assim e o ex-poderoso Boni já deu uma dica. Ocultar fatos não muda a história. E isso não é “globalização”.
03-Para não esquecer III
Conto o período ditatorial de 1º de abril de 1964 a 05 de outubro de 1988, dia da promulgação da Constituição Federal, instrumento legal que baniu o arbítrio. A mentira que nasceu na data apropriada – 1º de abril – e que para ocultar a mentira inicial atrasou o calendário, existiu por justos 44 anos, 6 meses e 4 dias. Foram anos duros e difíceis de poucas conquistas. As maiores nas áreas da economia, infraestrutura e planejamento. No resultado final, entretanto os custos do passivo que entram diminuindo ainda estão sendo pagos até hoje. Muito tempo para esquecer e pouco tempo para fazermos as pazes com o passado. E nós nos devemos esse encontro.
04-Para não esquecer IV
Recém chegado a Salvador, morava na parte mais pobre da pobre Liberdade e do Curuzu. 14 anos, fazia ginásio e naquela quarta-feira cheguei cedo ao Colégio Duque de Caxias para evitar as gozações, hoje bulling. Tabaréu com sotaque, eu era a festa para os colegas e além disso era 1º de abril dia da mentira. No portão a PE. Pulei o muro pois fugir do bulling era mais urgente. Com o colégio vazio voltei ao portão: “Vá para casa que hoje tem revolução” falou o PE. Fui com a certeza de ter sido vítima desta vez do “1º de abril”. Demorou para minha alma de menino perceber a mentira real, perversa, desumana, que torturava e matava. E aí era tarde.
05-Demóstenes no bico do corvo
A cobrança foi do presidente do DEM, senador José Agripino, do líder na Câmara, ACM Neto, e do deputado Ronaldo Caiado. Demóstenes tem até terça feira para explicar seu envolvimento com o enroladíssimo Carlinhos Cachoeira. O problema é que como sempre ocorre nesses casos o vazamento é como o de uma torneira. Não para e a cada dia um novo pedaço de conversa gravada vai à rua. Se o DEM já não é mais uma Brastemp, imagine com Demóstenes sangrando até as eleições municipais. Nem mesmo no Senado que para variar é sempre mais sujo que pau de poleiro se encontra o Demóstenes que já fedeu mesmo antes de morrer. Danou-se
06-Um pouco mais do mesmo
A revista Veja desta semana traz novas ligações do Demóstenes com o Cachoeira. O senador se colocando à disposição do enroladíssimo sujeira para resolver assuntos em órgãos públicos. E mais, pelos grampos obtidos haveria uma proximidade do “queda d’água” com o gabinete do governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz do PT – não me choquei – e do Marconi Perillo do PSDB – de novo não me choquei – o que, seguramente nos dois casos e veremos adiante, terá perfeitas e consistentes explicações. Partidos em lados opostos e não se uniriam para fazer uma cachoeira de safadezas como a revista quer nos fazer acreditar. Pura intriga da Veja.
07-Revisitando a pesquisa
A prefeitura de Porto Velho soltou rojões com a pesquisa da Firjan Federação das Indústrias do Rio de Janeiro por ter ficado longe da avaliação catastrófica do resto do país. Menos pelos seus méritos e mais pela fabulosa enxurrada de dinheiro das usinas. O IFGF-Indice Firjan de Gestão Fiscal revelou que 2/3 de nossas cidades viveram de brisa em 2010 e só 95 delas – Porto Velho inclusa – atingiram conceito A. Olha o dado curioso revelado na pesquisa: o limite legal de 60% para pagamento de pessoal virou meta a ser atingida. Desse jeito o país não cresce. Só incha. E para Porto Velho a boa notícia: Santo Antônio está operando e os royalties vão começar a cair.
08-O milagre dos peixes
Olha o rolo: o ex-ministro da Pesca, Luiz Sérgio, falou que foi um "malfeito" arrecadar dinheiro para o partido de uma empresa contratada pelo governo. O líder do PSDB, Álvaro Dias deitou o cabelo e cobrou investigação: "O ex-ministro já testemunha e afirma que houve um malfeito." Para lembrar: Luiz Sérgio, deputado do PT, sucedeu Ideli ministra de Relações Institucionais na pesca. De grana inclusive. Hora de tratar o peixe. O líder do PT na Câmara Jilmar Tatto, “pesca” a fala do presidente do PT, Rui Falcão: "Não há porque caracterizar como malfeito, o ministério não pediu contribuição. Foi o PT". Peixe limpo é só fritar. E está na receita: em óleo de peroba.
09-O remédio é meter a mão
Já tratei desse tema tantas vezes que temo um dia perder minha capacidade de indignação. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, quer que o Ministério da Justiça, PF e CGU investiguem a denúncia da Veja: um ex-assessor da Saúde mamou R$ 200 mil de propina e vazou. Claro que se o assunto fosse no Japão espada de haraquiri ia subir de preço. Aqui pelo andar da “mula veia” seguimos nossa cartilha. A oposição samba de araque e o governo dá o toque de blindar ministro. No final vai tudo para a justiça e... Bingo! Não vou me alongar. Os recursos judiciais que dependem dos recursos financeiros são quase que ilimitados e não vai acontecer picirica...
10-Três perguntas cretinas
Se nada é publicado sobre determinada setor do governo é por duas razões: ou está tudo certo ou tudo errado. E como o senador Cassol meteu a boca na Emater, pergunto: como andam os projetos de agricultura do estado? Falei do Tio e vou ao Sobrinho: e os projetos da prefeitura para a mesma área? Engatei: já que chegamos aqui e como a resposta não precisa ocorrer em oito segundos, lá vai: Vai ter feira agropecuária em Ji-Paraná e Porto Velho ou não?
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