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Gente de Opinião

Leo Ladeia

Política & Murupi 1/08/12


Frase do Dia:


“O Ayres Brito foi candidato a deputado pelo PT, o Gilmar Mendes foi chefe da AGU no governo FHC e, nem por isso, estão defendendo a suspeição deles” Dr. Kakay, advogado de Duda Mendonça sobre a suspeição do ministro Tofolli


 

I-Faiô!

Pelos cálculos esotéricos e metafísicos, Carlinhos Cachoeira deve estar chegando ao nono anel do inferno. Preso há três meses, esquecido agora com o julgamento do mensalão, o bode de bicheira nacional viu seu office-boy ser defenestrado do Senado dando lugar ao ex-marido da futura dama e a musa descer do salto de quase futura “first lady “ para reles pombo-correio, tendo que pagar R$100 mil para ficar livre. Como diz Zé de Nana, “miséria pouca é tiquin”: seu advogado Thomaz Bastos e séquito, com os seus impecáveis ternos, salamaleques, e vade-mécuns se pirulitaram deixando o “leproso jurídico” ainda mais leproso.     

  

II-O que terá havido?

Crer que a “Tenda Pai Tomas” não teria condição de tratar de dois encostos como esse – réus do mensalão e Cachoeira na prisão – é não conhecer o velho. Além da estrutura que tem, o velho sabe de encruzilhadas caminhos e atalhos e daria conta sem afrouxar o nó de sua Zegna. Dois pontos, porém podem dar o norte: o primeiro é que Bastos teria reclamado da falta de pagamento de parte dos R$ 15 milhões e o segundo é que a ansiosa noiva teria avançado uma espécie de sinal vermelho para os advogados, indo na jugular do Dr. Alderico que soltou o verbo, cachorros, veredito e o Cachoeira acabou indo pra casa do crica.    

III-Dizem que foi ela

Nas patifarias políticas do Brasil sempre houve, há e haverá personagens-padrão. Nos casos Collor, Renan, Demóstenes, Luiz Estevão, ACM, Jáder, Sarney, et caterva, estão lá, em parte ou no todo, motoristas, esposas, amantes e concubinas, etc., agindo aqui como apoiadores morais, sacrificadas vítimas ou simples entregadores de segredos ou ali, como no caso Cachoeira como uma diligente aloprada que dirige seu inconformismo com a lucidez e cuidados que te, um macaquinho travesso numa vidraria. A ela se credita o abandono do barco pelo velho marujo Bastos, apesar de Cachoeira saber e estar por trás de tudo.

IV-Vacilada

O tamanho ainda não é de todo conhecido, mas um escorregão da Sesau pode ter custado o programa de Residência Médica de alunos da Unir. Sei que o governo está tentando de todos modos reverter o quadro e sei que é possível, porém, se não der certo os prejuízos podem ser bem maiores do que se supõe. Além do financeiro, o administrativo que é um carimbo na testa do governo por ter perdido algo que tinha e algo pior: alunos de medicina formados aqui terão que fazer residências fora de Rondônia, o que torna mais difícil a permanência no estado. Torço para que tudo se ajuste porque senão, além da queda, virá o coice

V-Um baita empurrão

Se é para reclamar estamos aqui, mas se é para aplaudir, bato palmas e solto foguetes. O Terminal do Cai n’Água, ou simplesmente Estação de Ribeirinhos saiu do papel. Obra que não é só bonita e bem feita, mas socialmente importante para a Capital. E por falar em obra, o prefeito Roberto Sobrinho retomou em ritmo alucinante as obras da capital. Para onde quer que se olhe estão as máquinas e o asfalto chegando. Tempo bom, sem chuva e o prefeito pega carona nas obras de fornecimento de água tratada que são tocadas a pleno vapor. E dizem que Roberto não vai ajudar a Fátima... Ora, ora, ora, atrapalhando é que não está.

VI-Visíveis

Mário Português e Fátima Cleide disputam por ora a visibilidade nas campanhas eleitorais na capital. Com estrutura que lembra o seu sistema de distribuição, o Português abriu o gás desde a largada e surpreende pela desenvoltura e vitalidade. A traquejada Fátima que não parou de fazer política parece ainda trazer na sola das sandálias a poeira da última campanha e com ela a aguerrida militância. Se alguém pensa que as divisões dentro do PT existem, pode apostar: existem sim, mas só da porta para dentro. Pra fora é Fátima, PT e na hora que o bicho pega todos se juntam e se defendem com unhas e dentes. Fátima vai defender o legado do prefeito Roberto que vai levar o nome de Fátima como o nome do PT, ainda que lá dentro, mas aí a história é outra e roupa suja quando existe se lava em casa...

VII-É a festa

Difícil dizer quem está apagado, quem murchou e quem não decolou se a campanha eleitoral só começou.  Ninguém está parado. Quem se dispuser a enfrentar a maratona dos candidatos ou frequentar os comitês eleitorais de Mariana Carvalho, José Augusto, Garçon, Mauro Nazif, Mário Sérgio ou até do Pastor Aluizio, vai ver que fervo e fervor são iguais. Na surdina os 408 candidatos a vereador – salvo defecções ditadas pelo TRE – correm atrás. Surpreendem pela pegada os atuais vereadores que disputam a reeleição como Eduardo Rodrigues, Elis Regina e Marcelo Reis dentre outros e os que almejam um lugar ao sol como Bosco que por pouco não entrou na disputa pela cadeira do prefeito. Eleição, a festa da democracia, começou!  

VIII-Goela abaixo

Um ditado espírita – “A Deus se chega pelo amor ou pela dor” – está em voga ultimamente. A prática de fazer errado porque “sempre foi assim” está caindo em desuso pelo amor ao direito e às coisas certas e o atual governo estadual vem se enquadrando apesar da dor. Para ser justo, não cabe somente a este ou aquele governo a pratica do erro mas a todos indistintamente e não só ao Executivo. Um cheiro de tinta fresca e se sente um ar de limpeza. O fato de serem suspensas licitações e contratações emergenciais são a prova cabal dessa mudança. Que avancemos e esqueçamos o que vimos até bem pouco tempo e não só nas contratações de pessoal, mas no ordenamento jurídico, respeito à coisa pública, projetos, etc.

IX-É a política camarada...

Perdoem-me os especialistas de todos os esportes e mais perdões peço pela obviedade, mas se um país quer se tornar potência olímpica não pode ver apenas o futebol – andamos mal até nesse – sem enxergar o resto. De uns tempos para cá descobriram que os “velhos camaradas” entendem de esporte. Só se for o boliche. Preocupados com a política de juntar capital para implantar o socialismo, não sabem e não têm sequer cacoete para tocar políticas voltadas para criar e fortalecer a base esportiva do país. As estatísticas revelam o abismo que existe mesmo no futebol. A sombra de um “Fenômeno” oculta uma legião de jovens sem apoio e esperança. O Brasil ganhará medalhas, todos ficarão felizes e iremos esquecer que os nossos medalhistas além das histórias de superação, costumam carregar medalhas invisíveis, sem brilho, feitas de sacrifício familiar, forjadas na fome, na humilhação, na adversidade e na invisibilidade passada e futura.


 

X-Papo com Zé de Nana

X1-Dinheiro de campanha é igual a cofrinho de pobre: sabendo usar não vai faltar.

X2-Se Zé Dirceu for absolvido é melhor seguir seu exemplo passado e picar a mula pra Cuba.

X2-Tá doido seo moço...Se Roberto Sobrinho não parar de fazer obras vai acabar elegendo a Fátima.

leoladeia@hotmail.com
 

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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