Segunda-feira, 9 de maio de 2011 - 10h39
Frase do Dia:
“O povo entende o governo e os pedidos são poucos e justos. Me constrange muito não poder atender a todos.” – Confúcio Moura blogando, blogando e blogando...
01-Queda de braço I
Aos poucos o governador Confúcio Moura vai impondo seu estilo e aos poucos a sociedade em geral e a imprensa em particular vão-se acostumando com o seu jeitão. Ausente alguns dias, repassei no domingo alguns fatos e notícias e fechei fazendo uma visita ao seu blog e lá está o seu estilo pronto e acabado: “... o meu governo segue um ritmo natural. Quando se pega muita coisa difícil no inicio, aceito como um prenúncio que dias melhores virão e não tardarão a chegar. O resguardo da campanha eleitoral deve passar logo. Quem saiu se acomoda como pode e sabe. Quem está no governo só tem um compromisso – o de governar bem.” Pois é...
02-Queda de braço II
As mulheres de PMs e uma das suas associações resolveu encarar o governador, o governo e a justiça e de novo, quartéis fechados e o povão assustado. Assustado, pero no mucho. Desgraça pouca é tiquim e a gente aprendeu nesses pouco mais de cem dias que o governo vai encarar o problema do mesmo jeito. Os ensinamentos de Epíteto, cuja obra é pouco conhecida, parecem presentes no estilo do governador Confúcio. “Todos os assuntos têm duas asas: por uma são manejáveis, pela outra não”, ensina o estóico Epíteto. Outro filósofo, o Hemetério de Jacobina, – menos conhecido e menos filósofo – revela: “Tem jeito não gente. Esse é duro de cintura”.
03-Queda de braço III
Se o governo Confúcio se mostra duro no sentido de não encontrar espaço ideal para negociar – agora na greve da PM, ou antes na eleição da Mesa da ALE – revela porém o estilo laissez faire no cotidiano, o que vem criando pequenos e variados feudos em cada área de atividade, com cada partido ou secretário dando as cartas a seu bel prazer. Não por acaso, uma reforma do secretariado esteve prestes a ser executada quando o governo completou os seus cem dias. O aborto da operação troca-troca, depois da fritura de alguns secretários, é revelador da visão que não é esposada só por mim, mas por muita gente que está atuando dentro do governo.
04-Queda de braço IV
Com o movimento de paralisação da PM – visivelmente ancorado na decisão de se prender um soldado manifestante – a situação ficou estreita para o governo e, além da tropa de choque formada pela COE e Força Nacional, a tropa política entrou na dança para evitar que o assunto fosse mais adiante, até com a possibilidade de enfrentamento. Se o governo poderia impedir a entrada de comida nos quartéis fechados, a tropa poderia impedir a livre circulação de carros, por exemplo, fechando a ponte que dá acesso à capital. E foi o que aconteceu. Já que falei de epíteto – o filósofo – lembro que o termo se usa para ornar frases ou engrandecer idéias. Não confundir com epitáfio - inscrição sepulcral – que às vezes pode decorrer do mau uso daquela.
05-Queda de braço V
Acredito e mais, torço para que o senador Valdir Raupp, cuja presença foi decisiva na solução da crise da PM – acabou durante a madrugada com a assinatura de um TAC – encontre espaço e participe mais ativamente da administração do governador Confúcio Moura e por uma razão bem simples: o governo age como bombeiro, apagando focos de incêndio desde o primeiro dia e carece de negociadores políticos hábeis, algo que sobra ao Raupp. É do filósofo Confúcio esta frase: “A experiência é uma lanterna dependurada nas costas que apenas ilumina o caminho já percorrido.” Quem segue o homem com a lanterna nas costas, tem o seu caminho iluminado.
06-Queda de braço VI
Semana de trabalho para a ALE fora de casa. Em Brasília acompanhando a votação do projeto da reforma do Código Florestal e depois em Vilhena. Ocorre que as coisas não andaram bem no estado e principalmente na Capital e o fim de semana, estavam os deputados na batalha da polícia x polícia. Alguns com a sobriedade que o caso exigia, outros tentando apagar fogo com gasolina. De uma forma geral porém, o governador já deve ter percebido que o sucesso do seu governo depende do entendimento com os Poderes Constituídos em especial com a ALE. Na hora que o “bicho pega”, é preciso amansar o bicho. Valter Araújo, Epifânia e Hermínio além de Raupp, Mauro Nazif e a vereadora Elis Regina trabalharam dobrado e sem horas extras.
07-Queda de braço VII
Enquanto escrevia lembrei-me da frase do Confúcio Moura durante a campanha: “O próximo governador não pode ser qualquer um” (Clique AQUI, e assista entrevista da TV Candelária). Na sua primeira ação o governador escolheu a área da saúde e até acreditei que tudo seria diferente e logo. O tempo passou e, tão previsível quanto o estilo do governador, os pacientes voltaram às macas nos corredores e no chão do hospital problema. O lado irônico é que a previsibilidade a que me refiro se deve a algo tão imprevisível como a doença. Epíteto ensina nesses casos que “Um barco não deve navegar com uma só âncora, nem a vida com uma só esperança”. Aliás, se querem conhecer mais do Epíteto, indico “A Arte de Viver” de Sharon Lebell, numa abordagem popular do seu pensamento estóico.
08-Queda de braço VIII
A crise da PM revelou um nome até então só conhecido nos meios policiais. O soldado Jesuino, ao encarar o sistema e ser preso ganhou o seu momento de fama, amplificado pela inabilidade do governo. Comenta-se nos bastidores que o soldado tem pretensões políticas e se prepara para disputar uma vaga de vereador na capital. Ganhou o discurso e a bandeira que precisava e o governo fez o resto. O único problema é que a polícia tem restrições a votar em alguém do meio. Que diga o Cabo Anjos dentre outros tantos que já se aventuraram. Polícia não vota em polícia por tradição, mas pode mudar se o Jesuíno demonstrar que tem mesmo liderança.
09-O estilo Raupp
Chamado para participar das negociações com o comando da greve, o senador Raupp fez a sua parte e rapidamente, depois de se desincumbir da missão, voou para São Paulo onde já estava hoje pela manhã reunido com os papas da grande imprensa nacional – Folha, Época, Estadão – e de lá me disse que apesar dos boatos plantados por pessoas de dentro do próprio governo, ele não está e nem esteve rompido com o governador Confúcio e que pretende continuar, se for o desejo do governador, ajudando em tudo o que for possível para a sua governabilidade.
10-A economia e o jeitinho brasileiro
A cultura inflacionária e o jeitinho brasileiro estão de mãos dadas brincando de acender fogo perto de bomba de gasolina. Com os preços disparando junto com os juros, o negócio é comer um pedacinho da poupança que o brasileiro havia deixado na caderneta. Um informe do Banco Central revela que a poupança nacional vem sendo fritada na mesma velocidade da inflação. Os saques feitos na poupança superaram os depósitos em abril em R$ 1,76 bilhão. É o maior saldo negativo registrado para o mês, desde 2008. Não é outra coisa, gente. A caderneta está tapando o buraco do orçamento familiar para cobrir os dez dias do mês que insiste em acabar por volta do dia 20. Estamos lindos na foto: o Luzinácio abre as burras para eleger sua pupila e o burro de carga paga a conta com a poupança. E pelo andar da mula veia, isso vai mais longe.
Fonte: Léo Ladeia - leoladeia@hotmail.com
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