Segunda-feira, 11 de maio de 2009 - 05h50
Frase do dia:
“Foi uma farsa. Você coloca chefiados para ouvirem o chefe, e eles não fazem as perguntas que têm de ser feitas. É maldade com a Polícia do Senado” – Artur Virgílio, senador, sobre o depoimento do casal Zoghby à Polícia do Senado.
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01-Eleições 2010 – Foi dada a largada
Ariquemes foi o palco para largada da eleição que se vislumbra como a mais disputada eleição de Rondônia. No centro da disputa não está a cadeira de governador e sim as duas vagas para senador. De um lado o atual governador Ivo Cassol, tido por muitos como sem partido mas, ainda filiado ao PPS e do outro, o senador Raupp do PMDB. A eleição mais importante é esta e faz com que a eleição para governador tenha o papel de coadjuvante. Na briga, as duas maiores forças políticas do estado vão para tudo ou tudo e se antecipam pondo o bloco na rua. Ambos precisam dos oito anos de mandato no Senado Federal e, não apenas para continuarem na vida política tocando suas carreiras. Rondônia vive o seu melhor momento desde sua criação e não dá para ser barrado no baile. Noves fora Cassol e Raupp, o jogo está todo aberto para o restante.
02-Cassol e seus caminhos
Barrado no PSDB – sua melhor opção em termos de tempo eleitoral – Cassol continua forçando a porta e de olho em outras possibilidades – PV, PR, PSDC, PTB – mas é tida como certa sua entrada no PP, levando junto seu fiel escudeiro Tiziu Jidalias e a legião dos seus seguidores. A decisão, ao contrário do que ocorre com o PSDB, cabe apenas a Cassol e deverá ser confirmada muito em breve. A análise se fundamenta na ação organizada em Ariquemes quando Tiziu e Cassol lançaram o programa Pró – Peixe com a intenção de minimizar o impacto político da reunião do PMDB para embalar a pré-candidatura do prefeito Confúcio Moura ao governo, além de sair na frente do PT, criando condições para propor uma aliança em bases mais favoráveis ao PMDB. Sobre o fato Lula é taxativo: as alianças estaduais visam dar suporte à eleição presidencial. CLIQUE E VEJA VÍDEO DO OPINIAO TV.
03-Cassol, PSDB e Cahula, o “Cavalo de Tróia”
Cassol faz um jogo político inteligente, agressivo, que lembra a figura do canoeiro com, um pé em cada canoa. Para o seu jogo, a importância do PSDB, além do fato de ter mais tempo na mídia, é fundamental. Ou o senador Cassol, ou o seu governador cassolista, ou os dois terão que estar em sintonia fina com o novo presidente, qualquer que seja o nome. Cassol flerta com o PSDB, elogia Dilma e até poderia permanecer no PPS, não fora a pedra no sapato, chamada Moreira Mendes. Se é tida como certa a ida de Cassol para o PP, também são favas contadas o ingresso do Cahula no PSDB com o grupo do Cassol. Com Cahúla tucano, Ivo estaria com o plano em marcha, apoiando os dois palanques presidenciais nos comícios e sem estar em nenhum deles. Para vice do Cahula, um empresário bem sucedido de Porto Velho já está na agulha. É aguardar.
04-PT e PMDB unidos por uma causa
O PT tem historicamente 30% do eleitorado e cresce. O PMDB tem a maior estrutura de partido do estado. Sozinhos porém, não fazem frente ao furacão Ivo Cassol. Aliança no primeiro ou no segundo turno? O ideal para Raupp é que seja no primeiro, quando se define a eleição para o Senado. Apesar do objetivo comum, o palanque da Dilma, a aliança é a mais difícil de se concretizar. O PMDB parte na frente e deixa o imbróglio para o PT que deverá se definir entre Fátima, Valverde e com Sobrinho correndo por fora. Mas não se enganem: apesar da força e da estrutura do PMDB, quem dá cartas no jogo é o Raupp. Amir sabe disso, como o sabem também Suely e Confúcio. Na hora da onça beber água, ninguém se aproxima da lagoa que fica livre para a onça beber até fartar-se, se me fiz entender. Em política, cada manhã de cada dia é um mistério.
05-O fator Fátima Cleide
Ainda está viva na memória a lição de competência dada pelo PT na eleição da Fátima Cleide quando a professora, matou o bicho-papão Expedito, mesmo com o apoio do Cassol. Sendo Cassol e Raupp, os grandes expoentes à eleição do Senado, sabem que pode surgir do nada alguém para morder uma fatia considerável de votos, vez que o eleitorado do Raupp não vota no Cassol e vice-versa. Para reduzir o estrago, um pacto de não-agressão talvez ajude mas, não impede. Como ambos são “Highlanders” – só pode haver um – é muito provável que um nome surja das hostes cassolistas – Tiziu já é seu fiel escudeiro e uma opção possível – para abocanhar o naco da terceira via e Raupp terá do PT, um nome com chances reais, depois da indicação a governo.
06-E Bianco onde entra?
Decifra-me ou devoro-te. Depois governar o estado, reorganizando-o, a Esfinge repetiu a dose em Ji-Paraná. Será que alguém pode adivinhar o que pensa Bianco? Se entrar na disputa para governador, tem chances reais, independente do nome do adversário. Se for apoiado por Cassol ou Raupp então, nem se fala. Se entrar na luta por uma vaga no Senado, pode se aproveitar do voto útil e repetir a façanha da Fátima Cleide, deixando um dos dois a ver navios. Ocorre que Bianco não abre o bico e, como sempre, leva a sua decisão até os últimos minutos do último dia do prazo. Mas, entre os colunistas que se dedicam a esse torturante exercício de previsões políticas, há um consenso: Bianco disputará a eleição a governo e com apoio generalizado. A reza para Cassol e Raupp no caso se encerra com um pedido: é melhor que assim seja, amém.
07-Rescaldo de Ariquemes
Conversei com o deputado Valverde que estava em Ariquemes reunido com militantes e lideranças do Vale do Anari, ouvindo as bases e erigindo apoios ao projeto do PT. No meio da reunião foi chamado para um encontro com líderes do Bom Futuro para falar sobre a proposta do governador Cassol, de trocar uma reserva por outra. Valverde foi enfático: a decisão foi encaminhada ao Ministério do Meio Ambiente mas, a viabilidade é precária. Para Valverde, a criação da Reserva do Rio Vermelho pelo estado carece de base jurídica, visto serem terras pertencentes à União. A proposta defendida por Valverde, não passa pelo Rio Vermelho. Os pecuaristas com criação extensiva, algo em torno de 50 proprietários seriam retirados e os pequenos posseiros teriam os seus lotes regularizados, respeitando-se o Zoneamento do estado para que possam produzir de forma sustentável sem agredir a floresta. A situação continua tensa.
08-Imprensa domesticada
As reviravoltas políticas estão acontecendo nos bastidores de forma tão intensa e com uma velocidade tão grande que parte da imprensa se perdeu. O mesmo se pode dizer de políticos que cochilaram. Sem aviso prévio, defuntos políticos estão ressuscitando e assombrando muita gente. Da noite para o dia quem estava no ostracismo reaparece e dando ordens. O aliado de ontem é o defenestrado de hoje e a babação acertada vai para o lixo. Tanto trabalho perdido, jogado fora. Assim não é possível fazer a linha editorial. Nas redações a moça do cafezinho e o office boy vão acabar fazendo o check list de releases ou resumo do Diário Oficial. Desorganizaram a bagunça. Danou-se!
09-Semana de papo furado
Como as MPs estão trancando as pautas das duas Casas Legislativas, a semana vai ser de “embromation”. No Senado os parlamentares de oposição vão desancar o que aparecer nas revistas de fins de semana ou qualquer assunto veiculado no Congresso em Foco. Nestas ocasiões, Sarney sai de cena e assumem como presidentes, Perilo e Mão “Santa Bobagem”. Sem temas, sem projetos, sem discursos, sem pautas, ínclitos parlamentares vão à tribuna, velozes e furiosos, brandindo os jornais distribuídos pelas companhias aéreas. E ainda se queixam da imprensa que lhes dá assunto. Enquanto isso, na Fortaleza da Solidão, o Marimbondo de Fogo acerta com líderes o que votar. É patético, contraproducente, caro e perfeitamente dispensável. Podiam ficar em casa e votar pela internet, marcando um “X” onde o seu líder indicar. E ainda tem suplente...
10-Armadilhas urbanas
Dia das mães e a Praça Aloísio Ferreira estava cheia de gente. Pena que estava muito escura, salvo nas barraquinhas. Fios espalhados pelo chão levavam uma iluminação precária mas, no centro da praça, o maior breu. O coreto que era o ponto de encontro para músicos, estava completamente apagado. Tampas de concreto, já quebradas e arrastadas, como verdadeiras armadilhas. Não há banheiros, não há atrações musicais ou artísticas mas, a praça estava cheia de gente. Com um pouco mais de cuidado, planejamento, organização e principalmente, iluminação, a praça poderia ser muito melhor. A comida é muita boa, o artesanato é sofrível e o povo vai disposto a se divertir e consumir, apesar de tudo. Custa tão pouco a ação do serviço público, que não dá para entender porque não fazem. Depois dizem que falo muito. É só o que posso fazer.
Fonte: Léo Ladeia / www.gentedeopiniao.com.br / www.opiniaotv.com.br
leoladeia@hotmail.com
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