Segunda-feira, 11 de junho de 2012 - 05h14
Frase do Dia:
"Se todos os brasileiros são iguais perante a lei, nos termos do art. 5º da Constituição Federal, por que alguns são tratados de maneira diferente?" – Jornalista Gaudêncio Torquato
I-Despesa extra
Quando soube da caravana para a “trans alguma coisa” Zé de Nana apareceu. Queria saber como arranjar uma boquinha. Expliquei que a caravana é de sindicalistas e servidores públicos, mas Zé rebateu: “o governo está pagando e com dinheiro público, a viagem “é para todos e todas” – usa o bordão depois que arranjou um bico de cabo eleitoral. Para dissuadi-lo acabei arranjando algumas despesas: uma botija de gás, o “talão de luz” e o conserto da “magrela”.
II-Chutando o pau e a barraca
Um dia cheio da pregação da tal “renda básica de cidadania” Lula capitulou e ao assinar a lei, ganhou o beijo não protocolar do senador Suplicy. Lula gosta de quebrar protocolos e não liga para o ritual do poder como Sarney ou Collor, mas não deve estar feliz com Marta Suplicy que resolveu quebrar o protocolo, chutar o ritual e se tornar símbolo de desobediência a Lula, não apoiando o candidato Fernando Haddad. Marta que só tinha a perder resolveu constranger.
III-Símbolos
Falava de símbolos e lembrei: na galeria de ex-presidentes da CCJ-Comissão de Constituição e Justiça do Senado falta a foto do Demóstenes Torres. Às vezes símbolos constrangem. É o caso dos crucifixos em repartições públicas e fotos de alguns ex-detentores de Poder. Aqui mesmo em Rondônia temos motivos para fazer uma limpa em algumas repartições públicas, retirando da parede os crucifixos e fotografias. Cristo por não ter participado de roubos e as fotos para não prestarmos homenagens aos ladrões. E não só por aqui. Essa coisa é meio que geral.
IV-A gente faz de tudo
"Me deixaram na mão depois de 30 anos", chora o fabricante de buzinas Fiamm. As buzinas coreanas custam a metade do preço. E não só buzinas. O problema é que o importado barato reduz nossa produção, gera desemprego, reduz renda, consumo e imposto. Aí o governo reduz juros e impostos para induzir o consumo como um cão atrás do próprio rabo. Assim é com quase tudo, mas com as montadoras é mais visível. “O governo quer fazer de tudo pra você sair de carro zero”, mas o ideal seria investir em transporte de massa. Essa conta não fecha.
V-Globalização
O mundo não atravessa o melhor momento econômico e o Brasil não é assim aquela Brastemp para agüentar o tranco. Apesar dos Bric’s continuarem à frente, o motor da economia não está em nenhum deles e basta que algo como o “pibizinho” faça escala no Brasil para que os ossos da nossa magreza apareçam. A Espanha recebeu a salvação: €$ 100 bilhões da União Européia. Dinheiro para pagar as contas, acalmar o mercado financeiro e refrescar os Bric’s que não têm cacife para participar de um jogo pesado como esse. Moramos na periferia da globalização.
VI-Turismo
De molho obrigatório em casa, tentei descobrir o que faria se fosse um turista em Rondônia e Porto Velho. Salvo os poucos hotéis fazenda e o Pakaas Palafitas Lodge em Guajará, resta uma aventura no sentido mais literal e que começa ao se acessar o site da Setur-Superintendência de Turismo www.setur.ro.gov.brque leva a uma página fechada. Volte mas não desista. Vá ao Portal do Governo do Estado www.rondonia.ro.gov.br, clique em “Conheça RO” e boa sorte. Se virtualmente a coisa é assim difícil, imagino que a realidade não deve ser diferente. Mas nem tudo é tão ruim. Jun Yamamoto, que comandava o Turismo em Porto Velho que o diga.
VII-Pagou passou
O governo engordou o cofre da UNE: R$ 39 milhões para construir sua sede que tem projeto de Niemeyer. A grana está no porquinho, mas a obra necas de pitibiribas. Falar nisso, Zé Dirceu foi chorar as pitangas com os estudantes: “Todos sabem que este julgamento é uma batalha política. E essa batalha deve ser travada nas ruas também porque senão a gente só vai ouvir uma voz, a voz pedindo a condenação, mesmo sem provas. É a voz do monopólio da mídia. Eu preciso do apoio de vocês”. O ex-ministro Orlando Silva estava com Dirceu, a UNE idem. Aí o Zé de Nana quando viu todos juntos despachou: “É assim mesmo. Um gambá cheira o outro”.
VIII-Imprensando
Veja corta de um lado e Carta Capital sutura do outro. Veja esqueceu um pouco a cobertura da guerra Gilmar x Lula e escolheu a previsível história da esposa na morte e esquartejamento de um empresário. Carta pegou Gilmar para Cristo com a cabulosa história de fraude e sonegação fiscal no Instituto Brasiliense de Direito Público. Por aqui tudo bem. A Assembléia Legislativa parece um monastério. Ao Executivo falta pouco ou quase nada para ser um monastério e o Judiciário é o monastério. Vá lá que existam monges e monjas meio fogosos. É assim mesmo.
IX-Meio ambiente
O verde está no ar. A Rio+20 ocorre no Brasil no momento em que as forças mais atrasadas da política ambiental brasileira batem de frente com as forças mais atrasadas da política geral do Brasil e ocorre pela união de duas forças antagônicas: de um lado o compromisso de produzir mais, a qualquer custo por parte do pequeno mas dominante grupo ruralista que se escora em velhas técnicas de exploração da terra. Do outro o compromisso de parar o desenvolvimento feito por um barulhento grupo de ambientalistas sem conhecimento científico. No meio disso a discussão do código florestal com potencial de fogo para incendiar qualquer discussão.
X-No answer
X1-Você sabe o que será discutido na Rio+20?
X2-Estranho... por que o desmatamento foi reduzido na Amazônia e ninguém comemorou?
X2-Será que o Valter Araújo vai aparecer esta semana?
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