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Gente de Opinião

Leo Ladeia

POLÍTICA & MURUPI 11/11/08


 

Frase do dia:

"Nós não podemos, de maneira nenhuma, permitir que o PMDB saia desunido porque é o nosso grande capital no bom sentido"– Senador Garibaldi sugerindo uma rasteira no PT

01 – Hospital do Pôncio Pilatos

Só para variar, mais uma polêmica. O dinheiro a ser repassado como medida mitigadora pela Mesa para a área da saúde, em lugar de apoitar em Porto Velho, vai descer a BR e fundear em Cacoal. À empresa cabe tão somente entregar o dinheiro ou construir se for o caso, onde o estado ou município decidirem e em nota POLÍTICA & MURUPI 11/11/08 - Gente de Opiniãoassumiu ser o Pilatos nesse credo. Para o estado, a melhor aplicação é em Cacoal, por razões de ordem técnica e política. Por técnica, entenda-se centralizar o atendimento dos pacientes em Cacoal, criando-se uma barreira para reduzir a leva de doentes do interior que são atendidos na capital no Hospital de Base e João Paulo II. A idéia faz todo o sentido mas, aí entra essa coisa de política e...aí é que a porca torce o rabo.

02 – Razões para o hospital em Cacoal

A escolha para Cacoal resolve dois problemas políticos para o governo do estado. O primeiro é concluir a obra do Hospital – um poço sem fundo – sem solução imediata que não seja esta. Na inauguração toda pompa e circunstância, placas, banda de música, presença dos lemas “Trabalho e Respeito” ou “A saúde é a suprema lei”, enfim, abacaxi descascado, servido e Cassol com os louros dessa vitória, além dos dividendos político-eleitorais necessários para assentar os pés num reduto que lhe é desfavorável. Com isso, ainda que não resolva de vez o problema do atendimento em Porto Velho, vai aliviar a pressão e bem ao estilo construtor do Cassol, ainda se pode “uns puxadinhos” no Hospital de Base, João Paulo e Cosme e Damião e Porto Velho do Sobrinho continuará sem um hospital geral, no organograma da Prefeitura.

03 – Cada um no seu quadrado

Mas, já que o assunto é saúde, não podemos esquecer que uma outra medida mitigadora – o esgotamento sanitário e a universalização da água tratada – vai contribuir para a saúde até mais que um hospital. O saneamento é preventivo – proporciona saúde – e o hospital – trata a doença – é curativo. Para esse item, Porto Velho foi aquinhoado com substancial verba e a Prefeitura terá condição de desenvolver um trabalho a médio e longo prazos, com o aumento da oferta, de serviços e ações básicos – que é função vital da prefeitura – via postos de saúde e policlínicas, deixando os procedimentos de alta e média complexidade a cargo do estado. A opção do hospital municipal de clínica geral, pode e deve continuar como plano futuro mas, o importante agora é que a Capital busque a excelência no serviço básico de saúde. 

04 – E o índice não cai 

POLÍTICA & MURUPI 11/11/08 - Gente de OpiniãoNa íntegra do www.rondoniaovivo.com: “Porto Velho está passando por um sério problema na segurança pública com a redução drástica de viaturas da Polícia Militar no serviço de policiamento ostensivo. Este final de semana, os batalhões que atuam no combate ao crime na capital colocaram apenas cinco viaturas das 16 necessárias. Apenas 3 RPs do 5° batalhão e duas do 1°BPM, foram para as ruas. Com a falta de viaturas circulando na capital, os policiais estão sendo remanejados para bases comunitárias, ficando de 6 a 8 agentes militares a noite inteira sem executar o policiamento repressivo em Porto Velho. Segundo informações, a viaturas estão “baixadas” por problemas pequenos como: pastilhas de freios, pneus carecas, junta homocinéticas e não se concebe que uma capital fique sem polícia por falta de gerenciamento e planejamento. A comunidade e a tropa aguarda um pronunciamento da Cel Angelina, Maj Evilásio Sena e o Governador Ivo Cassol”. Sem BO o índice cai mesmo.

05 –Festicine: a hora do sonho

POLÍTICA & MURUPI 11/11/08 - Gente de OpiniãoFui ver o lançamento do Festcine Amazônia que começa hoje. O casal Fernanda e Jura organizou uma recepção impecável para receber o carinho e o respeito da imprensa, amigos, políticos, artistas e o público em geral. A partir de hoje, Porto Velho vive o sonho de ser a capital do cinema. Uma realidade que começou com o sonho do Jura – um sertanejo e como é próprio aos da sua espécie, um forte – e de alguns abnegados. As topadas, percalços, etc. apenas contribuíram para o Festcine chegar até aqui e de forma vitoriosa. Um raro caso de sonho possível virando realidade. Sonho que não acaba. O Mapinguari vai para Jura em duas categorias: persistência e obstinação. É Zé de Nana garante diz: “o Jura é um rombado”. 

 
06 – Deputados: a hora do pesadelo

POLÍTICA & MURUPI 11/11/08 - Gente de OpiniãoO fantástico caso das fitas fantásticas com os seus desdobramentos terá outro lance de pura emoção. Os deputados Amarildo, João da Muleta,  Kaká Mendonça, Haroldo  Santos, Ronilton Capixaba, Daniel Néri, Ellen Ruth, Emílio Paulista, Carlão de Oliveira o ex-assessor Moisés de Oliveira foram denunciados pelo MP e o julgamento vai ocorrer na próxima segunda feira às 9 horas. O caso ganhou intensa repercussão à época com a divulgação da gravação de fitas pelo governador Cassol e agora se afunila para a prestação de contas com a justiça. Todos são acusados de concussão e formação de quadrilha entre outros crimes. E pela traulitada das últimas sentenças, espera-se mais tinta preta na caneta dos juízes. Nessa hora cada um que responda pelo seu CPF, como diria o cinéfilo e filósofo Ivo Narciso Cassol.  

07 – Spy x Spy – a vida imita a arte

O que está acontecendo entre a PF e a Abin lembra uma tirinha de humor da eterna guerra entre dois espiões desastrados. Para investigar suposto vazamento de informação, a PF fez o mesmo. Dentre os documentos apreendidos– Operação Satiagraha – estão informações estratégicas da Abin e relatórios confidenciais para a Presidência da República, como dados de interesse político, militar e econômico, nomes de informantes e funcionários de inteligência, inclusive adidos estrangeiros que cooperam com a agência. A Folha de São Paulo informa que no material apreendido há dados sobre exploração mineral, controle de fronteiras, espionagem internacional e contra-espionagem, além de trabalhos voltados ao monitoramento de movimentos sociais e terrorismo. Bananosa. E tudo por conta do Daniel Dantas, o danado.  

08 – E por falar em Dantas

Além do ínclito delegado Protógenes, quem está na alça de mira é o juiz Dr. Fausto Sanctis. A pedido dos advogados de Dantas, que questionam a imparcialidade do magistrado, três desembargadores do Tribunal Regional Federal retomam nesta segunda o julgamento da questão. A desembargadora Ramza Tartuce, relatora do caso, já se posicionou a favor da permanência de De Sanctis. Ontem aos dar uma palestra no Rio, o magistrado disse confiar na permanência à frente do caso. No entanto, recusou-se a dar entrevistas com comentários sobre a Operação Satiagraha, origem do processo contra Dantas, e sobre a investigação da PF em torno do delegado Protógenes. Enquanto isso Daniel Dantas continua livre, leve e solto. É um menino terrível, cheio de artes de artimanhas e de grana. Muita grana.
 

09 – FeBeACon

Com tanta coisa grande por fazer e o Congresso se apequena. Pois não é que amanhã o Senador Camata planeja suscitar a discussão sobre usar ou não o terno, em reunião da Mesa Diretora no Senado? Tudo preparado, Camata partirá de dois argumentos para derrubar o uniforme entre os políticos. Um de apelo prático: “Qual o sentido da obrigatoriedade do terno num país onde o sol é de rachar?” O outro com conteúdo com contornos técnicos: “Vai ser mais barato manter o Congresso a temperaturas dois, três pontos mais altas”. A idéia do Senador é conseguir autorização da Mesa para experimentar a novidade durante um mês. “É um teste para os cofres públicos e para a saúde dos parlamentares”. Faça-me um refresco... 


10 – Janela hidrológica

O ministro Edison Lobão, disse que "é possível" que o Ibama emita amanhã aquela licença provisória para o início das obras de construção da usina hidrelétrica de Jirau, mas, que não pode garantir que será aprovada a solicitação do consórcio Energia Sustentável do Brasil (Enersus), vencedor do leilão da usina de Jirau, que quer autorização para fazer as obras em outro local, situado a nove quilômetros do ponto previsto no edital de licitação do projeto pela Aneel. Lobão admitiu que os prazos para o início das obras de Jirau "estão se encurtando a cada dia" em razão da chegada iminente do período das chuvas na Região Norte. "Mas há o compromisso do consórcio vencedor de trabalhar 24 horas por dia, ou seja, em três turnos diários, exatamente para aproveitar a janela hidrológica". Cá pra nós, depois daquela resposta malcriada da Enersus ao governo, não duvido de mais nada. Só acompanho o movimento do dedo entrando e saindo pela fresta da tal janela hidrológica, só pra ver se o couro agüenta.

leoladeia@hotmail.com

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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