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Gente de Opinião

Leo Ladeia

POLÍTICA & MURUPI 11/12/09


 
Frase do Dia: 

“O meu é aquele que vem com o suor do meu rosto. Não quero o que não é meu”. – Creuza Clara da Silva, passadeira de Brasília, ao devolver à polícia do Distrito Federal os R$4.5 mil que achou em frente à sua casa. Um tapa de honestidade na cara do governador do Distrito Federal Arruda. O dos panetones. 

01-Presente de Natal
Depois da conversa esquerda de um assessor, discursos inflamados e gravações, saiu a notícia de que o grupo dos 14 estaria em processo de liquefação e de cara era de se imaginar que a “POLÍTICA & MURUPI 11/12/09 - Gente de OpiniãoPrimícia Negra” estaria rondando a área. Seria o normal em tempos normais, porém a normalidade pegou licença prêmio e não voltou até hoje. Só para entender: em tempos normais fazer a nova ALE era ideal para o grupo que se supunha coeso. Sem mais o que era coeso deixou de ser – pode ser só o começo – e a nova ALE subiu no telhado. Claro, para tudo há solução, se me fiz entender. Mas aí, não seria mais uma “Primícia” e sim uma Louis Vuitton. 


02-Triste volta ao passado

No “Dia Mundial de Combate à Corrupção” o Brasil foi destaque. A Cavalaria do Distrito Federal foi às ruas e pôs os calos para pisotearem populares que faziam a manifestação contra as roubalheiras de José Roberto Arruda, Panetone & Cia. Foi como voltar à época da ditadura. Além dos cavalos, das cavalgaduras, cães, balas de borracha, cassetetes, bombas de efeito moral, gás lacrimogêneo e spray de pimenta, distribuídos de forma democrática. Foi a deixa para a pérola do bom da boca da segurança: a ação era para limpar as ruas de Brasília. É sacanagem! 

03-Panetone sem frutas 
Arruda saiu do DEM para não ser expulso e se não conseguir parar o processo de impeachment renunciará ao cargo de governador do Distrito Federal. É seu estilo. Discurso compungido, seriedade estudada, tudo parte do show de quinta. Com a saída do DEM, Arruda renuncia também à possibilidade de disputar POLÍTICA & MURUPI 11/12/09 - Gente de Opiniãoa reeleição para sorte de muitos e azar da súcia. Não se pode negar: fazia um bom governo. O problema era o custo do sistema. O exemplo é antigo. Para governar, compra-se apoio com grana que não cai do céu. Mas, “atentai bem”, diria Mão Santa: Zé Arruda não é único. Tem gente mais esperta que faz mais, melhor e não é pego. 

04-De coelhos e hortas
A primeira denúncia sobre malversação do dinheiro do PAC e/ou das medidas mitigatórias das usinas pintou no pedaço. R$70 milhões destinados à Prefeitura teriam sumido. A denúncia mesmo e se não houver fundamentação, precisa ser apurada como qualquer outra. Aliás, não dá para entender porque não foi criada uma comissão específica para fiscalização “a priori” essa montanha de dinheiro que entrou em Rondônia, tanto para a Prefeitura quanto para o estado. E não me venham com a história de que uma secretaria pode fazer isso. A segregação das funções é básico em qualquer administração, pois coelhos não cuidam de hortas. 

05-De pesquisas, palanques e santos
Com esboço bem adiantado, Rondônia vai acabar inovando em termos políticos e se considerarmos a última pesquisa de intenção de votos, o quadro é devastador para Tico e Teco, os dois gênios que comandam minha cabeça. Dilma Roussef, segunda colocada e um verdadeiro prédio de concreto, terá palanques de sobra. Cassol e aliados inclusive Cahula, – olha o PPS aí gente! – Raupp com o PMDB, o PV – “doB” sem Marina – Acir com o PDT, o PT é óbvio e quem mais se juntar, vão oferecer palanques – chose de loque meu! – para a D. Dilma. E, disparado nas pesquisas, Serra terá apenas o palanque do Expedito. Se ganhar com tudo isso, é caso para beatificação. São Expedito Jr. o santo das eleições impossíveis. 

06-Por falar em Dilma...
Saiu a última pesquisa de intenção de votos, do Vox Populi, mostrando aquilo que até os petistas de quatrocentos costados comenta: Dilma é um prédio de concreto armado assentado em profundos pilares. Dá mudar a pintura, trocar esquadrias, enfeitar a portaria e só. Um prédio não muda de lugar. Como não muda a idéia do Lula: Dilma é a candidata, tamos conversados e com uma novidade que irritou o PMDB: Lula quer outros nomes além do Temer para vice de Dilma. "O correto não é nem o PMDB impor um nome só. O correto é o PMDB discutir dentro do PMDB, indicar três nomes para a ministra Dilma para que ela possa escolher.” Se Lula queria rachar o PMDB ao meio, conseguiu. Agora é só chamar o Ciro para vice. 

07-Lá e cá
A insistência de Lula com a candidatura Dilma lá no Brasil, lembra o que ocorre cá nas plagas de Rondônia com a insistência de Cassol com a candidatura do vice João Cahula. Não tem jeito. Não se trata de ser ou não competente, de conhecer ou não a realidade do estado. A questão é que vivendo à sombra do governador, seu nome, figura e trabalho são desconhecidos do eleitor e por mais que Cassol insista, a química não ocorre. O mais estranho é que a exemplo do ocorre por lá – Palocci é um nome a ser levado em conta – do lado de cá, nomes com densidade eleitoral – Expedito também é um nome a ser levado em conta - são descartados. 

08-Deu (*)erda 
POLÍTICA & MURUPI 11/12/09 - Gente de OpiniãoAlém dos jornalistas, como previu, o palavrão ou melhor, o termo chulo, usado por Lula foi motivo para uma nota da oposição personificada pelo PSDB. A “tucanada” não deixou barato. Lula fazia um discurso e de repente... “Eu quero é saber se o povo está na merda e eu quero tirar o povo da merda em que ele se encontra”. Vá lá, não se pode ser ou fazer na vida pública o que se é ou se faz na privada. Lula, como todos nós usa e abusa de termos chulos. A diferença é que se não nos permitimos escrever o que falamos em particular, não deve também o presidente utilizar em público, expressões que lhe são caras em conversas particulares. Uso palavrões mas, nunca quando escrevo ou quando estou falando na TV. A nota do PSDB é tão dispensável quanto o discurso do Lula. Aliás, todo ele, uma (*)osta. 

09-Fim da guerra dos mototáxis
Está marcada apara a próxima semana – segunda provavelmente – a votação da lei para os mototaxis em Porto Velho. Que venha e logo. Depois de tantas idas e vindas, de entreveros e de culpas transferidas de lombo para lombo, o Senado fez a lei. No primeiro momento ainda havia a questão da Lei Orgânica do Município, o que já foi resolvido. O problema agora é de pura aritmética. Quantas placas serão distribuídas. Ao resolver a equação, resolve-se outra mais complicada: cada moto particular rodando hoje em Porto Velho é um mototaxi pirata em potencial. Como diria Zekatraka, “vamo lá cambada”. Vamos resolver logo isso e fim da picuinha. 

10-Sexta feira ...
Acordei muito cedo, preparei o café da Tetê Chavez, as bananas dos pássaros, dei uma volta com o cachorro, enfiei uma roupa branca – coisa de baiano – tomei café com um amigo e, papo em dia, enfiei a cara na leitura de dois livros – é coisa de maluco – e depois, ócio produtivo. Cheguei à TV e duas notícias para um belo dia: o projeto que quase pira Tico&Teco, recebeu luz verde. Na porta do estúdio, surpresa: Jura e Fernanda Kopanakis com Stepan Necerssian para um papo que começou ali, invadiu o programa e quase não acaba. A noite promete: o Festcine Amazônia presta justa homenagem ao Stepan e eu fico de butuca nas notícias do Flávio Dutcka que está em Milão para mostrar sua arte. Uma sexta dubaráio. 

Comentários e sugestões para: leoladeia@hotmail.com 

Léo Ladeia  -  leoladeia@hotmail.com  
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