Sábado, 14 de março de 2009 - 16h18
Frase do dia:
“Concordo desde que fique claro que, não comparecendo, as testemunhas serão trazidas a juízo debaixo de vara”..– Ministro Joaquim Barbosa “chutando o pau da barraca e concordando com o prazo de 15 dias para ouvir Delfim Neto como testemunha de defesa de Maluf, depois de quatro anos de tentativas infrutíferas.
01 – Quando tudo vira nada I
Sarney deve estar com os nervos em frangalhos. Ainda não presidiu uma sessão que não houvesse bola para rebater. Cinco scuds caíram em poucos dias no seu colo, sem contar a sua própria eleição. Com cara de paisagem esperou os nomes para compor as comissões. Sem sucesso, agiu e rachou a base do governo. A descarga foi acionada e a sujeira desceu: Agaciel, horas extras indevidas, a guarda do senado no ninho do “marimbondo de fogo” e a queda do homem que substituiria Agaciel. Como se diz um intelectual, deu a explicação que caberia num de seus romances: "Estamos sendo o que popularmente se chama de boi de piranha. Enquanto tudo passa, nós ficamos aqui na frente. Os grandes problemas não estão surgindo e nós ficamos discutindo pequenas coisas". Trumbicou-se e pecou pela palavra.
02 – Quando tudo vira nada II
Homem afeito às letras, Sarney sabe o que significa a palavra “tudo”. Tanto no sentido literal como no figurado. Como homem afeito à política, Sarney sabe que tudo o que sai da boca de um político é passível de variadas interpretações. Tudo na boca dum Mané é nada mas, na boca dum Sarney, presidente do Congresso é apenas “tudo” mesmo. O que Sarney quer passar à sociedade quando se posta em defesa e verbaliza: “Enquanto tudo passa, nós ficamos aqui na frente”, associando a posição ao sacrifício de “boi de piranha”? Que existem muitas coisas ocultas, subterrâneas como pagamento das horas extras ou uso indevido da segurança do Senado para proteção dos seus bens, já sabemos. “Tudo” porém, nos remete a outras esferas de poder e só existem mais dois – Executivo e Judiciário – e quais seriam?
03 – Quando tudo vira nada III
Sarney é “macaco velho” do Senado mas, foi pego pelo pé com um discurso que não faz justiça à sua experiência política. "É por isso que nós sofremos essa crítica permanente, porque somos sujeitos à fiscalização diária", argumentou. Nas entrelinhas Zé Sarney deixou no ar que existe “transparência” no Senado. Nada mais falso na leitura rasa ou subliminar. O “clubinho” não é transparente nem no dia a dia nem ocasiões especiais como nas votações – vale lembrar que lá dentro ainda existe votação secreta – quando emendas parlamentares são liberadas, quando o orçamento geral fictício é elaborado ou ainda quando parlamentares colocam penduricalhos nas MPs e negociam tais “bibelôs” com a aprovação em plenário.
04 – Quando tudo vira nada IV
O Congresso Nacional vem sendo pautado por duas forças: as MPs e a imprensa. As MPs ditam o ritmo de votação e a imprensa dita a velocidade e a quantidade dos bombeiros para apagar os incêndios semanais. Talvez repouse nisso o conturbado raciocínio do intelectual “marimbondo de fogo”: Trabalho sob pressão e dou explicações sobre transparência? Falso. Ao Congresso cabe determinar o rito da MPs e transparência não é uma janela que se abre vez por outra. Transparência se dá “a priori”. Dá para acreditar num congresso que pede ao Executivo a reforma política que lhe cabe fazer? Ou num Congresso que em meio à esta crise mundial, discute a incorporação indecente de verbas indenizatórias? Claro que não.
05 – Fuxicaria
O ínclito delegado Protógenes Queiroz volta à CPI dos Grampos. Na primeira vez – segundo o deputado Raul Jungmann – mentiu. Nesta oitiva de agora prometeu dar nomes aos bois. A data escolhida não poderia ser mais emblemática – primeiro de abril, dia da mentira – o que aqui, no país do faz de conta, não quer dizer absolutamente nada. Como a tal CPI já estava desmoralizada, não creio em nada do que vier a ocorrer. Os ínclitos deputados porém, terão uma pilha de fuxicos produzidos em 11 volumes de papel e mais CDs de vídeo, áudio, etc. Mas o que podem fazer os sócios do “clubinho” contra um experiente Protógenes, tarimbado em interrogatórios? Pule de dez que o 1º de abril será apenas mais um dia de fuxicos a ser esquecido por todos. Ou será que interessa a alguém combater de verdade a corrupção?
06 – Agora é com o Vítor
Por pouco o presidente Lula não trouxe na mala a decisão da Aneel sobre o eixo da usina de Jirau. Fim de papo. A Ilha do Inferno ou do Padre fará parte do complexo. Ainda falta a última licença do IBAMA – prevista para abril – que é a ratificação dos estudos feitos. Claro, ainda faltam estudos sobre parte da área de Rio Vermelho, motivo da inócua cassação da licença pela Sedam, que será renovada. A chiadeira geral continuará por algum tempo, até que “a$ coi$a$ $e aju$tem”. Lula quer a obra sendo tocada e qualquer a$$unto sobre Jirau deve ser tratado com o Victor, o homem que definirá sobre a retirada da madeira da área a ser alagada, aluguel de máquinas e britagem de pedras. Tradução: Vitor não faz chover mas pode deixar o céu pretinho. E esse negócio não é pouca coisa. É um tantão assim de grana.
07 – Números, números
Caiu a taxa Selic em 1,5% e a “tchurma” chiou, sob a alegação verdadeira de que há espaço para um corte maior. De qualquer forma, quem já está pendurado ou precisando de um gás, imagina que a medida vai refletir na ponta logo. Certo, “pero no mucho”. A exemplo da Selic, os bancos têm tudo para cortar juros agora e cortaram. Seis bancos - Bradesco, Unibanco, Itaú, CEF, Banco do Brasil e Santander anunciaram as novas taxas. No cheque Bradesco, o juro caiu de de 4,78% na mínima, para 4,70%. Na máxima, de 8,56% para 8,44%. O Unibanco fará a redução integral: 0,12% a.m. Tradução, apesar da queda, o coice dos juros brasileiros é cavalar e o apetite dos banqueiros não tem fim. Corta aqui, repassa ali mas, o Brasil continua líder isolado dentre os países que mais pagam juros no mundo. E nós, “sifu”
08 – Lula, otimista incorrigível
Do pouco tempo que passou em Porto Velho, recolhi fragmentos do que disse Lula, otimista a toda prova: "Essa crise era para ter chegado no Brasil com muito menos intensidade. O Brasil está sendo o último país a ser afetado e tenho certeza que seremos o primeiro a sair dela", disse ele ao lançar a pedra fundamental da Usina de Jirau. Rodo a fita e de novo Lula:
"Estou convencido de que se a gente fizer as coisas acontecerem trabalhando em três turnos em todas as obras de rodovias, hidrelétricas, ferrovias, projetos habitacionais, onde for possível ter três turnos para contratar três trabalhadores, tenho certeza que essa crise vai voltar rapidinho para onde ela nasceu e vai deixar o Brasil em paz". Vai daí que Lula pode até estar certo mas, o discurso parece muito mais torcida que ciência econômica.
09 – FeBeACon
Com tanta coisa grande por fazer e o Congresso se apequena. Preocupado com a invasão de sua casa em São Luiz do Maranhão, caso houvesse uma revolta popular pela cassação do governador Jackson Lago, Sarney, o presidente do “clubinho” agiu rápido e ordenou que quatro seguranças do Senado reforçassem a paliçada. De Brasília, os quatro voaram para o feudo em "missão oficial". E tudo por conta da viúva. Apenas em diárias, sem contar outros penduricalhos, a despesa ficou em torno de R$ 4 mil. Claro que o “Marimbondo de Fogo” faz jus à regalia, Afinal, é presidente do Clube Social Recreativo e Beneficente Senado Federal, ex-presidente da República, lutou bravamente pela redemocratização do Brasil, Senador, escritor, intelectual e portanto reúne todas as condições para ser mantido ad eternum e mais três por essa plebe ignara a quem chama de “brasileiros e brasileiras”. É puro achincalhe.
10 – Caerd – serviço limpo
Cano entupido, esgoto correndo a céu aberto, mau cheiro e meio que descrente, liguei para a CAERD. Supresa! Primeiro o atendimento profissional ao telefone. Passei as informações, recebi a previsão da hora em que o serviço seria feito. Na hora aprazada lá estava a equipe uniformizada, solícita, com todos os equipamentos necessários à execução do serviços e mãos à obra. Em tempo recorde, caso resolvido e com os acabamentos realizados. Buraco fechado, ainda no local, o encarregado Marcelo informou à Prefeitura que havia feito a intervenção e que havia necessidade de recompor o asfalto. Atendimento e serviço perfeitos e registro feito pelo consumidor satisfeito. Como se vê a Gestão Compartilhada da CAERD não é só um arranjo empresarial bem feito. É uma filosofia que precisa continuar.
Fonte: Léo Ladeia / www.gentedeopiniao.com.br
leoladeia@hotmail.com
Como cortar a própria carne sem anestesia
A “tchurma do primário mal feito” disse: corte só depois da eleição. Dona Simone jurou: "Chegou a hora de levar a sério a revisão de gastos. Não é p
Deu o que o americano escolheu
Assisti parte do “esforço jornalístico na reta final” das eleições nos EUA durante a madrugada e vi duas desmobilizações que não estavam previstas.
A segurança é importante demais para ficar apenas com um ministro A ideia do SUSP não é ruim e nem nova. É de 2018- Lei 13.675 – quando o Brasil vi
Quem é com-Vicente? Será o Benjamin?
Sêo Benjamin do STJ foi à boca do palco e anunciou: “O STJ não vive uma crise exceto a de volume gigantesco de processos. O que temos são fatos isol