Quinta-feira, 15 de outubro de 2009 - 06h42
Frase do dia:
"Temos de garantir o terceiro mandato para o projeto de Lula" – Dilma Roussef, pré-candidata com pré-discurso pré-explícito, pré-caçando o pré-voto.
01-Bode na sala
O Brasil vai muito bem. Os indicadores mostram que a crise mundial nos afetou com menos intensidade e que já estamos saindo dela. O Rio ganhou a batalha e teremos Olimpíadas. Dois anos depois Copa, o sertão vai virar mar com o Rio São Francisco transposto. Dinheiro não é problema. O FMI “tava na requenga” e o Brasil emprestou algum. Com o povo então... Pagamos Imposto de Renda a mais e antecipado. “O governo vai devolver quando puder e com a correção”, disse Mantega. O povão chiou mas, o calote lembra o “bode bolchevique”. É só esperar. Lula paga antes do Natal e o povão vai às compras. Puro marketing.
02-Pasmaceira
Cahulla, Expedito, Confúcio, Acir Gurcasz, alguém do PT, alguém do PSol e... será que ainda surge mais algum nome? Parece que não. O jogo, pelo menos parece, está jogado e esse serão os nomes apresentados aos partidos quando a lei permitir. Começam então as especulações para as nominatas. Como disse há muito tempo aqui na coluna, esta será a eleição para o Senado, com os dois maiores caciques da região – Raupp e Ivo Cassol – disputando as duas vagas. O que mais pode ocorrer? Qualquer coisa mas, passando pelo crivo dos dois.
03-Trânsito pobre de ações
O promotor de Justiça e Cidadania Geraldo Henrique Guimarães chamou a si a questão do trânsito de Porto Velho e ouviu todo mundo para entender o que se passa, pode e precisa ser feito para solução do caos da cidade. Pela ordem: o que se passa é que os atores não se conhecem e não ensaiaram o texto: o que se pode fazer foi feito ao se apresentarem e falarem das suas dificuldades; e o que precisa ser feito é atuarem juntos e de forma planejada. O governo precisa entender que Porto Velho é capital de Rondônia e a Prefeitura precisa entender que faz parte do Estado. Sobre dinheiro uma novidade: existe sim e suficiente.
04-Nhém-nhém-nhém
Porto Velho vive seu melhor momento mas, a briga adolescente de autoridades atrapalha. Pau na saúde, na segurança, na educação, nas obras e cada um por seu turno acha que está com a razão. A briga saiu dos gabinetes e faz a festa das agências com escaramuças de ataque e defesa e explodiu para o apoio ao governo Lula e Dilma Roussef. Cada um quer apoiar mais que o outro e ficou explícito nas visitas de Lula e Dilma à cidade. A bem da verdade o Estado e a Prefeitura fazem um bom trabalho dentro das limitações impostas pelo “frisson” que vive a cidade e que só piora com o nhém-nhém-nhém de menino buchudo.
05-Pegadinha eleitoral
O Tribunal Superior Eleitoral suspendeu a Resolução do TRE de Rondônia que fixou as regras e a data para realização da consulta plebiscitária na região da Ponta do Abunã. A liminar foi proferida porque o Ministério Público Eleitoral impetrou mandado de segurança contra a decisão do Tribunal Regional, alegando que a consulta não poderia ser realizada somente nos distritos que estão buscando a emancipação, mas sim contemplando todos os eleitores do município de Porto Velho. O TER foi induzido ao erro pelo Decreto Legislativo n. 226, de 19 de julho/2007, da ALE de Rondônia, que limitou o plebiscito só para os eleitores dos distritos. A pegadinha “faiou, deu chabu”. Que vexame...
06-Por falar em ALE...
Juro que tentei entender as razões do pedido de paralisação das obras de Jirau por um grupo de parlamentares da ALE. A tal investigação pode ser feita com a obra em andamento e ser paralisada apenas quando os deputados aparecerem por lá, para evitar que se machuquem ou que precisem usar os tais capacetes. Como acompanho, mantendo a distância que a prudência e meu juízo exigem em casos como esse, não atino para o que estaria por trás da orquestração. Seria o caso rezar uma missa para Santo Antonio na Ilha do Padre ou o melhor é falar com o Vítor? Será o Benedito ou será que o santo é outro? Aí tem coisa.
07-Vida inteligente em blogs
Curvo-me respeitoso ao texto sempre leve e inteligente e à cultura geral do Zé Carlos “Banzeiros” de Sá. Em poucas linhas e com um adendo via comentário, o Zé traça um perfil político de uma das figuras políticas mais esquadrinhadas dessa gleba karipuna. Vale a pena a leitura literal e a subliminar diárias do blog e, no caso em pauta do “New Constantino”. Muito interessante a ilação político-religiosa. Como sói, o endeusamento do que é ou de quem é efêmero só serve para transformar títeres em deuses, capachos em sacerdotes e grupos políticos em religião. Mas, tudo tem seu tempo e o tempo é o senhor da razão. Simbora.
08-Eleição marota à noite
A Câmara de Vereadores de Porto Velho com uma inexplicável antecedência de quase um ano, promoveu a eleição antecipada da nova Mesa Diretora. Tudo feito às claras. Primeiro uma sessão ordinária, depois outra extraordinária para alterar o regimento e outra para a eleição, que surpreendeu inclusive até os vereadores mais experientes. Tentei um contato com alguns dos vereadores para saber o motivo da pressa e “necas de pitibiriba”, o que só fez aumentar a minha desconfiança. Numa casa legislativa onde fiscalizar é uma obrigação, a sessão noturna me fez pensar num jogo de cartas marcadas com cacife alto.
09-Água na fervura
O ministro Tarso Genro é antes de tudo um ministro do governo Lula e depois é da justiça Entender como isso funciona é crucial para entender o que ele quis dizer a respeito da CPI do MST. Olha só a pérola do pensamento do ministro “da Justiça”: "Eu não sei se vale fazer uma CPI porque esses delitos que estão sendo imputados a pessoas do MST são delitos de ordem pública, de competência de esfera estadual ou delitos contra propriedade que também são de competência da Justiça estadual. Agora, o Congresso vai ter sabedoria para saber se instala ou não a CPI [...] Se há ou não oportunidade política para CPI é um debate interno do Congresso que não diz respeito a uma maior efetividade do combate as ilegalidades." É por essas e outras que essa pasta da Justiça merece trocar de nome. E que tal Ministério do Governo de Plantão?
10-Tiraram o bode da sala
Verdades absolutas são lendas. Diz a lenda que na Rússia, muitas famílias, ricas antes da Revolução Bolchevique, com terras e caprinos que forneciam o leite fresco reclamavam por estarem espremidas em pequenos cômodos depois da revolução e recebendo cotas de leite. A solução by Stálin foi doar um cabras para viver com as famílias. Após um tempo, e naturais reclamações do odor e sujeira no espaço exíguo, o bode era retirado e as pessoas paravam de reclamar, porque o pior já tinha passado. Comecei falando do bode e fecho com ele, pois Mantega tirou o bode da sala. A devolução do Imposto de Renda sai este ano. Êêêê, vida de gado. Povo marcado, povo feliz. Cheio de grana que já era sua, devolvida por bondade do governo, rumo ao shopping no Natal.
Léo Ladeia - leoladeia@hotmail.com
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