Quinta-feira, 16 de agosto de 2007 - 18h57
POLÍTICA & MURUPI
FRASE DO DIA
"A meu ver é um retrocesso. Não se progride culturalmente quando se anistia os que descumprem a lei" Ministro Marco Aurélio de Melo sobre a relativa fidelidade partidária aprovada pela Câmara dos Deputados.
Pauta política de 01 a 10
01-Far-west caboclo:
A estupidez da política podre, de baixo nível, aquela do poder a qualquer custo tirou a vida do presidente da Câmara de Vereadores de Ouro Preto do Oeste, Edson Luiz Gasparoto. O fato tem tudo para ser um crime de mando, com o requinte de execução sumária, sem chance de defesa. Crime político, diriam alguns. Nada disso. É assassinato. O crime político aconteceu antes, quando a sociedade permitiu que participassem do pleito, os que deveriam estar atrás das grades e não em um partido. A polícia e a justiça precisam de imediato dar uma resposta à sociedade e não deixar que tal crime entre no rol dos insolúveis. Chega de barbárie
02-Sai o primeiro:
Lino Rossi é o primeiro dos ex-deputados da máfia das sanguessugas a ser preso e o primeiro a ser solto. Rossi foi denunciado pelo MPF de Mato Grosso, acusado de lavagem de dinheiro, corrupção e formação de bando. Embolsou no rumoroso caso, através de licitações fraudadas, uso de emendas parlamentares ao Orçamento da União e venda de ambulâncias a preços superfaturados cerca de R$ 3 milhões. É o primeiro, mas não o único. Quanto a pagar pelo crime que cometeu e devolver o dinheiro roubado, bem, aí são outros quinhentos. A justiça é essa lesma lerda e a cada um que entra e sai da prisão, mais o sistema se desmoraliza.
03-Estoicismo ou idiotismo?
A única coisa que quero é a oportunidade de fazer a prova contrária, que desde o direito romano é a prova mais difícil, mas é a prova que eu tenho feito para provar ao Brasil a minha inocência. A frase é do Renan Calheiros, que responde a três processos no Conselho de Ética. Renan está descendo a escada. Falou pela primeira vez da cadeira de presidente, desceu um pouco e falou na segunda vez da tribuna. Na terça feira escorregou de novo e falou do plenário. Nessa velocidade de descida, esse tal direito romano que ele tenta nos engabelar, lembra papo de advogado recém saído da escola, mostrando conhecimento na porta da Panificadora Roma.
04-Desta vez não fui eu:
"Tenho que ser otimista e acredito que é possível a formação de novas alianças. Em Minas tenho uma relação próxima com setores do PT. A frase do Aécio Neves é parte da avaliação de que uma aliança com o PT a curto prazo seria difícil. "Mas a médio prazo não." Aproximação que seria mais fácil em torno de projetos e não de nomes. Se o embate eleitoral for eliminado, PSDB e PT têm muitas convergências e conclui: "Talvez seja meu papel. Atuar na construção de pontes. Sou muito mais construtor que dinamitador. Até porque para dinamitar, a fila está grande." Quase apanho uma vez por ter falado a mesma coisa. Quem falou agora foi o Aécio.
05-Essa foi cara:
A mãe da Maria do Calvário, e ex-affair do rei do gado, enviou ao Conselho de Ética do Senado a relação de documentos que comprovariam ter recebido do Renan Calheiros, entre março de 2004 a agosto de 2007, R$ 418.853,20. A maior parte teria sido entregue em dinheiro vivo pelo lobista Cláudio Gontijo, da Mendes Júnior, como pagamento de pensão alimentícia para a filha. Fazendo as contas, só de pensão, a média mensal é de R$10.215,93. Não estão inclusas as despesas da cara jornalista. Não sei se valeu a pena, e se valeu, para qual dos dois. Mas com essa grana dava pra se encarar coisa bem melhor.
06-A volta por cima:
Sarney costurou um franciscano acordo para o caso Renan. Senadores votariam no plenário contra o parecer do Conselho de Ética e salvariam o mandato de Renan, que renunciaria em seguida à presidência da Casa, num gesto magnânimo de retribuição, em nome da harmonia, da boa convivência e do bom andamento dos trabalhos. Até agora, o assunto está restrito à base aliada e Planalto que temem o efeito Jarbas e a votação da CPMF. Mas a oposição deve seguir junto e por outro motivo: O temor que Renan possa tocar o trombone na hora errada.
07-Mais Renan:
Sócio oculto, laranja, rádio, jornal, todos identificados, faltava alguém como um Eriberto que no caso não é motorista e sim um radialista. França Moura é o nome e o homem. Apresenta um programa bem conhecido em Maceió que por paradoxo tem o nome de Cidadania. França diz ter sido contratado pelo Senador Renan para apresentar um programa numa das emissoras de rádio. Mas pelo andar da carruagem, nem isto será suficiente para derrubar o Renan. A ordem é salvá-lo. Renan é um perigoso arquivo vivo, que anda e fala. E se falar...o mundo cai.
08-Tirando férias da crise:
Com R$ 281 bilhões em caixa, suficientes para fazer cara de paisagem por quatro meses, com créditos a receber em dólar, o Brasil apenas acompanha a turbulência externa em situação mais confortável do que no passado. Enquanto nas crises dos anos 90 e de 2002 o Tesouro era devedor, hoje é credor em dólar, ativo que se valoriza com as tensões externas. Um teste feito por técnicos da Fazenda mostra que para cada 1% de desvalorização cambial, a dívida líquida cai 0,09 %, ou seja, cerca de R$ 2,5 bilhões. A briga por ora é de cachorro grande.
09-Oficializando o laranja:
A notícia é risível. A subcomissão de radiodifusão da Câmara dos Deputados vai propor que parlamentares não possam ter emissoras de rádio e TV. O assunto já é previsto em lei, que não é cumprida. O que fazer com os que já possuem? Como é possível impedir que alguém que é dono de emissora seja candidato? No pais do faz de conta, a idéia pode nos levar ao erro de acreditar que será criada uma lei para que uma outra lei seja obedecida. Se a moda pega, o melhor a fazer é criar a figura do laranja oficial, com plenos poderes. Estamos chegando a um novo estágio. Vamos deixar de ser a república de bananas e seremos a república de laranjas
10-Reformando pelas bordas:
A CCJ do Senado aprovou ontem uma PEC que proíbe coligações partidárias em eleições proporcionais, o que afeta as eleições para deputado federal, estadual, distrital e vereador. A matéria precisa ser aprovada no plenário antes de ir à Câmara dos Deputados e não interfere nas eleições majoritárias. "Esse é um passo importante para evitar as legendas de aluguel", disse o senador Jarbas Vasconcelos autor da PEC. "Permitir a coligação para as eleições proporcionais significa, nas regras vigentes, a dissolução do voto do eleitor em um conjunto amorfo de ideologias e programas partidários". Uma excelente idéia.
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