Terça-feira, 16 de dezembro de 2008 - 20h11
Frase do dia:
“A idéia de o PT entrar na justiça contra o PMDB é maravilhosa. Quero que o mar pegue fogo para comer peixe frito” – Senador Artur Virgílio do PSDB sobre o imbróglio entre PT e PMDBna eleição de presidente do Senado.
01 – Eu sei o que vocês fizeram no verão passado
Há algo no ar, além do cheiro do querosene queimado pelos aviões de carreira. E põe cheiro de queimado nessa história. O assunto pipocou na imprensa e depois sumiu como se fosse azougue queimado. O problema é que azougue, querosene de avião ou qualquer coisa que se queima deixa odor, gases ou fumaça e no caso em pauta, o incêndio ao que parece não foi debelado e a pressão ameaça jogar para cima, a tampa da panela e atingir os comensais. O remake promete. Já vimos uma história parecida e suas conseqüências até hoje são sentidas de forma, assim... fantástica. Que mais posso dizer, além de que vai “feder carbureto”? Que o rombo ultrapassa R$ 100 milhões e que quem sobreviver, verá.
02 – A noiva mais desejada
Mas quem diria? Depois da saída de Ivo Cassol e seu grupo, o PSDB minguou tanto que os mais apressados davam como favas contadas uma intervenção do diretório nacional e outras tantas mazelas. A eleição passou, o PSDB não foi bem, e a velha história voltou à tona. De novo nada aconteceu e vieram as eleições para prefeito com Hamilton Casara chegando em penúltimo lugar e nem participando do debate na Globo, por não pontuar na pesquisa. No cenário nacional hoje, José Serra desponta como o grande nome do PSDB à sucessão de Lula e Casara que estava lá, meio que de escanteio começa a receber os rapapés dirigidos ao pai da mais bela. E o que tem de gavião querendo virar tucano, “ não tá no gibi”. Te cuida Casara.
03 – Impagável
Sabe aquela máxima, “dívida não se paga, se administra”, e quanto maior a dívida, mas verdadeira se torna a frase. Relatório parcial das multas ambientais emitidas pelo Ibama revela que as autuações – são 22.697 autos de infração de janeiro a dezembro de 2008 – chegam a R$ 3,25 bilhões, 38% a mais que em 2007, que foi de R$ 2,37 bilhões. Mas aí é que está o galho. O valor é três vezes maior que o orçamento do Ibama e a possibilidade do recebimento integral e a mesma de se encontrar uma serraria 100% legalizada. Como a coisa é tida e tratada nesse nível, o melhor é encontrar uma outra forma de punição ao desmatamento. O valor arrecadado entre 2001 e 2004 foi de apenas 2,5% do total das multas no período. Se o padrão se repetir em 2008, a União irá receber só R$ 81 milhões com as multas. Essa é mais forte razão para continuarem desmatando. Mole, mole.
04 – Correia quebrada
Fim da polêmica. A “briga feia” do Equador com a Odebrecht envolve problemas técnicos na construção da usina, mas o grande componente é financeiro mesmo. Expulsar do país a construtora foi a “ponte” para pedir um desconto no empréstimo feito pelo BNDES. Deu chabu. Sem saber que Marco Aurélio Top-Top Garcia já não apitava “nadica de nada” nas relações latino-americanas, o Equador adiantou o lado e pediu a mediação internacional. O Brasil trucou e a correia quebrou. Num mato sem cachorro, restou-lhe o velho e famoso “beiço”. Calote internacional tem só desvantagens e Correa vai conhecer a primeira delas: os auditores analisam antes a capacidade de pagamento e depois analisam o contrato.
05 – É de vera ou é blefe?
Se a confusão era grande, no fim de semana enrolou ainda mais. O presidente do Senado Garibaldi Alves deu uma de “João-sem-braço”: “Se meu partido quer um candidato, eu ofereço o meu nome”. Se é para valer mesmo, só depois de consultar o regimento que segundo a senadora Ideli “não permite a reeleição”, no que é corroborada por Tião Viana e contestada por um parecer do ex-ministro Francisco Rezek. Para Raupp, a candidatura do Garibaldi une o PMDB, com cada um no seu quadrado e o Renan de castigo no canto.
Blefe ou não, Renan o “bode de bicheira”, se isolou mas, ainda tenta. Sua última cartada – a lista de adesão para disputar o cargo de líder do PMDB no Senado – recebeu um xeque-mate de históricos como Pedro Simon e Jarbas. Esperto, Raupp jogou a eleição para 2009 e matou Renan, mas pode fazê-la a qualquer hora. Aí é para enterrá-lo de vez.
06 – Guerra de números
Meu velho professor de estatística ensinou-me que a maior credibilidade que se pode dar a um número é a fração dele. 21,64% tem muito mais credibilidade que 30% ou 20%. Como duvidar de um número que tem, além da vírgula, e mais duas casas? Impossível. De onde viria o apêndice fracionário? Com certeza matemática, de horas de um técnico á frente de uma montanha de números, com programas de computador, planilhas, gráficos comparativos, etc. Exemplos: 40% dos brasileiros disseram na pesquisa CNT/Sensus que o país não está preparado para a crise. Em 2006, 50 municípios detinham 50% do PIB do Brasil. O desmatamento caiu 50%. A rede de esgotos de Porto Velho é de 2% ou o Brasil vai crescer 4%, apesar da crise. Garanto com 74,28% de certeza e com uma margem de erro de 2,61%, que todos os dados citados anteriormente estão errados. Pode conferir.
07 – A reeleição subiu no telhado
A CCJ da Câmara aprovou hoje parecer do deputado João Paulo Cunha recomendando o fim da reeleição para titulares dos Executivos federal, estadual e municipal. A comissão retirou do texto três PECs que abriam brecha para reeleições sucessivas do chefe do Poder Executivo. O texto de Cunha propõe a extensão dos mandatos do presidente da República, governadores e prefeitos para cinco anos, ao invés dos atuais quatro anos, sem que possam permanecer nos cargos por dois mandatos consecutivos. "A supressão do dispositivo – que constava do parecer de João Paulo – permitia a reeleição por mandatos indefinidos", disse o deputado Ronaldo Caiado do DEM mas, como as PECs foram rejeitadas pela CCJ, na prática os governistas não poderão tentar forçar o terceiro mandato de Lula, o que não impede porém, que emendas e sugestões sejam colocadas naComissão Especial. Olho vivo portanto porque pode estar aí o “bagulho”.
08 – Terra de quilombolas
A pressão funciono e o ministro Edson – da Igualdade Racial – vai rever os critérios para concessão de terras aos remanescentes quilombolas. Alterações significativas como a retirada do Incra – o novo bode de bicheira dos órgãos públicos – do processo, bem como a definição do tamanho da área pelos próprios quilombolas, deverão estar na pauta e com chances de vingarem no entendimento final. O pedido é justo e necessário mas, é certo também que muita picaretagem existe no meio, como a criação de falsos quilombos e/ou a confirmação de remanescentes que nem existiam no lugar onde se pretende localizar a reserva. Tipo da situação que exige, seriedade e respeito de ambas as partes.
09 – FeBeACon
Com tanta coisa grande por fazer e o Congresso se apequena. Mas hoje não vou falar do nosso Congresso e sim da nossa ínclita Camara de Vereadores de Porto Velho. Não é que o presidente Hermínio Coelho resolveu pensar e pariu um galináceo briguento? Pois é. O homem quer regulamentar a carnificina que alguns chamam de esporte, nas banidas rinhas de galo. Pois acredite. É verdade mesmo. Até o marqueteiro Duda Mendonça já teve problemas com a justiça com esse nobilíssimo esporte, que na verdade é um crime ambiental, contravenção penal e que normalmente está associado a uma série de outros delitos como a lavagem de dinheiro. Claro que a CCJ da Câmara de Veadores brecou o nobre presidente. Quedei-me a pensar: será que ele iria instalar uma rinha oficial ali na ladeira da Prefeitura, no prédio onde funcionou a primeira Câmara? Ë que a promessa de reconstrução, revitalização, ou o que o valha foi feita por Hermínio quando da sua posse.
10 – Só para manter acesa a chama
Depois de tantos crimes em Porto Velho e Rondônia e do infeliz release dando conta de que o índice de criminalidade diminuiu, começaram a aparecer as velhas e conhecidas mazelas: carros quebrados na garagem, falta de pneus, equipamentos, etc., a polícia nas ruas do jeito que Deus fez a mandioca, e mais violência. Mas a “tchurma”não se dá por achada. Resolveram terceirizar a frota – ora depois de tanto investimento, não seria mais certo consertar? - e enxertar uma frase na propaganda oficial de final de ano confirmando o que o dia a dia desmente. Para quem trabalha em publicidade, o enxerto é gritante, por destoar do discurso. Assim, sem mais nem menos, a violência vai diminuindo. Mas, cá pra nós não diminuiu nem f...orçando, ou outro verbo qualquer, se é que me fiz entender.
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