Terça-feira, 17 de março de 2015 - 00h17
Frase:
“O meu governo não consegue falar com a sociedade, meu Deus!"– Senador Walter Pinheiro do PT-BA.
1-Impeachment: ou palavra estranha.
“A solução não está no impeachment. Presidente só pode ser deposto se cometer um dos oito crimes de responsabilidades previstos na Constituição. Dilma não cometeu nenhum deles. O que fazer então? Eu não sei. De outras vezes pensei que sabia. Desta, não.” Isso aí é do Noblat e revela como o Brasil mudou. E é a Constituição que garante. Apesar das instituições carcomidas, golpes e quarteladas estão fora do cardápio, mas a corrupção tem que ser contida. Tirar Dilma, não resolve? Então é usar a lei. Mas aí...
2-A porca torce o rabo
“Corrupção nessas proporções deve ser punida de modo mais firme que um homicídio, porque ela mata muitas pessoas. Ela rouba ainda a escola, a água encanada, o remédio e a segurança de milhões de brasileiros.(...) Uma punição firme e efetiva, e é o que o Ministério Público quer para este e para outros casos. Precisamos de mudanças na legislação para poder entregar o que a sociedade espera.”, disse o procurador Dallagnol, que atua na Lavajato. Ocorre que as leis são feitas ou modificadas pelo Congresso e quem é que está na lista do Janot dentre outros? Cunha e Renan que presidem a Câmara e o Senado.
3-Reformas?
Detesto o termo. Remete a remendo, cerzido. Prefiro mudança. Porém, vinda do Executivo e descendo goela abaixo, sem debate, tem tudo para dar errado. Vinda do Congresso, envolvido em bandalheiras até as raízes dos implantes capilares de Renan, só para quem acredita que chá de maconha cura vício de cocaína. Do Judiciário - guardião da Constituição - seria heresia. O recado vem das ruas, está na primeira frase da nossa lei maior, a Constituição, no artigo 1º: “Todo poder emana do povo”. Sem tergiversar.
4-Lero-lero
Com o povão na rua, o governo foi às cordas e de improviso pintou algo que ficou ali entre uma coletiva dos ministros da Justiça, José Eduardo Cardozo e Miguel Rossetto da Secretaria-Geral da Presidência, no estilo “e agora o que é que eu vou dizer em casa?”. Claro que a plebe rude e ignara com o couro curtido de embromação e arrogância respondeu do jeito que gosta: um panelaço ouvido do Oiapoque ao Chuí.
5-Foi o povo sim e ponto final
Sem essa de dizer que o protesto de ontem foi da “zelite”, dos que não votaram na Dilma, dos que têm ódio do PT, da ”zoposições”, dos americanos que querem o pré-sal, da mídia golpista ou dos marcianos que querem roubar a tecnologia da Petrobrás. Foi o povo sim, ministro Miguel Rosseto e só não viu os que não enxergam um palmo a frente do nariz. E mesmo que tenha sido quem não votou em Dilma, o que altera? Ora, Dilma venceu a eleição por uma pequena margem de votos, mas a voz rouca das ruas, inclusive com quem votou em Dilma, berra mesmo é contra a corrupção. Ela é presidente de todos nós.
6-Lava Jato e a eterna paúra
No dia em que a Operação Lava Jato faz seu primeiro aninho – na verdade a data é 17 de março – ainda há gente sendo presa. O afortunado de hoje conhece a quadratura do sol a partir das entranhas da cela. Afortunado por que segundo consta mantém € 20 milhões no principado de Mônaco e porque estava – depois de ter sido preso – livre, leve e solto por ordem da Justiça, contra qualquer aposta sobre sua permanência na cadeia. Analistas políticos dizem que com Duque novamente na gaiola e depois que o pássaro Barusco entoou a “partitura maldita” o medo voltou e com ele suores, insônia, diarreias... Vixi.
7-E por aqui?
De férias, meio desplugado e à toa, não acompanhei o rififi político-gastronômico-eleitoral que culminou com a cassação do governador Confúcio Moura e seu intrépido vice Daniel Pereira. Passado de há muito na casca do alho, não digo sim, não ou talvez quando tais coisas ocorrem. No Brasil tudo é possível e não seria diferente em Brasília onde a verdade é que as verdades, as meias verdades e até as inverdades são todas inverídicas. Um dito tem como verdade absoluta que o pote tantas vezes vai à fonte até que um dia se esfacela. O pote é robusto, mas o escorregão já aconteceu no dia do regabofe.
8-Língua Levýtica
“Se fizermos um ajuste de verdade, rápido, rapidamente estaremos em um cenário em que as pessoas poderão sentir o chão firme e trabalhar. Menos incerteza. Quanto menor a incerteza geral, mais dá para cada um tomar risco. Se a gente sabe pra onde está indo, a gente toma risco, maiores, menores, conseguimos decidir a vida”. Antigamente eu pedia ajuda ao Joelmir Betting sempre que alguém falava em “economês”. Sem ele ficou mais difícil. Se você não entendeu nada disso aí que foi dito pelo ministro Joaquim Levy, não se aflija. Thais Herédia da Globo só perguntou: é com ou sem paciência ministro?
9-Troca-troca no MP
O MP-RO definiu ontem a lista com os três nomes para o cargo de Procurador-Geral de Justiça do Estado, biênio 2015/2017. Concorrem o Procurador Airton Marin e os Promotores, Eriberto Barroso, Éverson Pini, Marcelo Oliveira, Jefferson Costa e Tarcísio Mattos. Na sequencia os nomes dos três mais votados seguem para escolha do governador Confúcio Moura. Para mim o MP é tão valioso que a escolha para o cargo de Procurador Geral deveria ser feita por eleição direta com participação popular. E não só o MP.
10-Um coió olhando o protesto
Fui à rua enrolado numa bandeira nacional me achando assim um branco da “zelite” e de com os burros n’água. Tinha japa, preto, gordo, baixinho, velhos, mulheres, crianças, evangélicos, católicos, jornalistas, médicos, enfim, gente como a gente. Procurei alguém da “zelite” pra me encostar e necas de pitibiribas. Senti-me assim, como posso dizer... um coió enrolado numa bandeira berrando contra a corrupção.
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