Terça-feira, 17 de junho de 2008 - 14h46
FRASE DO DIA – “A Justiça Eleitoral vai cumprir o dever de informar o eleitor sobre a personalidade e a vida pregressa dos candidatos” – Ministro Carlos Ayres Britto presidente do TSE.
Pauta política de 01 a 10
01-Voltando à vida:
Depois da ressaca boiadeira, fruto de uma overdose expovelínica, vou tentar engrenar de novo. Afinal se não é tão difícil passar oito longos segundos no lombo de um touro bravo, escrever dez tópicos por dia também não vai matar ninguém pelo esforço. É que voltar depois de um período de letargia, exige uma dose de inspiração que só consigo depois de horas assistindo o Chaves ou sessões do Congresso, não necessariamente nessa ordem. Assim, por dever de gratidão, vou só registrar a oitiva da ex-poderosa Denise Abreu sem tecer comentários. “Não paga a pena”, diria Jeca Tatu, depois do fiasco de oito horas, quando a Denise “charutou” e não disse nada com nada. Era tudo o que eu precisava
02-Marina Silva e seu novo papel:
Passo longe da defesa do governador Cassol, mas é que soa estranho que a ex-ministra Marina Silva, que tinha nas mãos o poder de denunciar e punir, somente agora venha a público e mais, através de uma revista, revelar que as PCHs da do grupo Cassol são ou estão irregulares. Se sabia, como autoridade maior do Ministério do Meio Ambiente, teria que tomar providências, quando ainda no cargo. Se não sabia, como só descobriu agora? Marina Silva, como todo parlamentar, tem imunidade e foro especial e, portanto pode atirar pedras em vidraças, lâmpadas, PCHs, ou qualquer outra coisa que lhe der na telha.
03-Sobrinho “papatudo”:
Fechado com o PMDB, e vendo seus adversários com binóculos, o professor espera que o Dr. Mauro encerre suas conversas para decidir os rumos da sua campanha. A agenda de inaugurações está em compasso de espera, mas com folga para fazer duas a cada semana. Considerando que o “saco de bater” e a “mochila de maldades” dos adversários foram abertos antes da hora, só lhe resta caminhar com cuidado e com calçados próprios para campanha: confortáveis, resistentes e de salto baixo. Roberto Sobrinho traz a lição de um passado não muito distante. Era candidato com 2% de intenções e papou a eleição
04-Lições de uma convenção:
Manda quem pode, obedece quem tem juízo ou voto. O PMDB confirmou com uma “rolha” a decisão do cacique Raupp. Para quem estava na batalha ficou o ensinamento de Nelson Piquet para o seu filho: “O segundo numa prova é o primeiro perdedor e não deve comemorar”. Outra lição vem das Minas Gerais: “Em eleição pode-se ganhar ou vencer, dependendo do ponto de vista, mas a derrota é sempre igual para quem perde”. Manuel Bandeira ensina que sendo inevitável, “A única coisa a fazer é tocar um tango argentino”. Em Porto Velho o PMDB lembra uma orquestra sem maestro e que de forma insana tenta executar o Moto Perpétuo de Paganini. Curta, repetitiva e de execução quase impossível.
05-Vida de passarinheiro:
Qualquer menino da roça sabe que passarinhar é uma arte. Exige paciência, dedicação e escolha. Não é qualquer um passarinho. É aquele que foi observado, estudado, e por fim escolhido depois de madrugar, aprender seu canto e conquistá-lo. E sempre um por vez. O deputado Garçon que foi menino de roça, ao que parece resolveu pegar dois pássaros de uma vez. Com a cabeça em Brasília, um pé em Porto Velho, e o outro no Candeias, tenta encher sua gaiola. Para quem está num partido ligado às causas da preservação comete dois erros e se arrisca a ficar até sem a gaiola.
06-Entre a lei e a justiça:
O TSE conseguiu um feito notável. Na dúvida entre a lei a e justiça, optou pela dúvida e sentenciou a Constituição. Para corrigir a decisão, anunciou que pretende publicar a lista com nomes de candidatos com ficha suja e depois recuou ao perceber que de novo feriria a lei. A emenda piorou o soneto e mais, o TSE descobriu que quem cometeu o soneto o fez com a intenção precípua de não permitir emendas. Cabe ao Congresso desfazer o nó, mas por lá, ninguém mexe uma palha. Zé de Nana, com seus resquícios autoritários, foi cruel ao comentar: “Democracia demais atrapalha”. Caminho livre para os “limpeza pura”
07-A difícil vida fácil:
Vida de jornalista é fácil. É só noticiar. Mas, nem sempre. Por aqui, Vladimir Herzog virou símbolo, Tim Lopes segue o mesmo caminho, outros assassinatos ocorrem vez por outra, fora sopapos, empurrões, confisco de material, xingamentos, etc. Se aqui a vida dura, como será entonces em la democracia bolivariana? Javier García, da rede de televisão opositora a Chavez, foi morto a punhaladas em Caracas. Foi o segundo jornalista opositor morto na Venezuela neste mês. No dia 3, foi a vez de Pierre Fould Gerges, que publicou uma série de denúncias de corrupção em estatais e na administração pública. Mas não adianta fechar a cortina. O sol continua nascendo todas as manhãs.
08-Nova CPMF:
Claro que o governo não sabe, tanto que tenta ressuscitar a CPMF, mas a carga tributária no Brasil é recorde. Mesmo com o fim da CPMF, a carga tributária continua avançando no país, segundo o IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário). A carga fiscal no primeiro trimestre deste ano foi de 38,90% do PIB, com um aumento de 1,87 ponto percentual em relação aos 37,03% do mesmo período do ano passado. Trata-se de um novo recorde para os primeiros trimestres de cada ano. Carga tributária ou fiscal é a soma de todos os tributos (impostos, taxas e contribuições), pagos pela sociedade aos três níveis de governo, em relação ao PIB. Assim, de cada R$ 100 que o país produziu de janeiro a março, R$ 38,90 virou tributo e foi para as mãos competentes do governo. Carga lembra burro. O burro somos nós. É o que diz a propaganda: Brasil – um país de todos
09-Semana de espetáculos:
Amanhã, o advogado Ricardo Teixeira vai ser assunto no Senado mesmo sem a presença física. Um advogado da outra parte promete apresentar documentos que ligam Teixeira ao rolo da compra e venda da Varig. Bom programa. Na quinta feira outro campeão de audiência. O STF deverá julgar recursos apresentados por 11 mensaleiros. É a primeira vez que o assunto volta a julgamento depois do recebimento da denúncia, que tem como relator o ministro Joaquim Barbosa. A defesa de José Dirceu, por exemplo, contesta afirmação do relator de que, para o ex-chefe da Casa Civil, aquele seria um julgamento político. E “la nave vá”. É tanto recurso, tanta embromação postos nos processos, que chego a me preocupar com a quantidade de árvores que serão derrubadas para produzir papel para tanta coisa. Além de tudo ainda contribuem para piorar o meio ambiente.
10-Oxigênio para o gás:
O Senador Valdir Raupp continua puxando o trem do gasoduto e muito mais gente está seguindo. Bancadas federal e estadual unidas, a Comissão da Amazônia idem, mas ainda falta você, cidadão. A exemplo da campanha para o licenciamento ambiental das Usinas do Madeira falta o povo no meio da rua com adesivos, bandeiras, faixas em passeatas e com bateção de lata. Há uma promessa da D.Dilma Roussef para liberação da obra pelo PAC. Se acontecer, vou fazer um altar e santificá-la com meu voto para qualquer coisa. E minha parte eu vou continuar fazendo. Gasoduto Já!
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