Domingo, 17 de agosto de 2008 - 18h39
Frase do Dia
"Um candidato, quando está no auge da campanha, tende a afrouxar o seu compromisso com a legalidade. A tentação de chegar ao poder é forte demais". Ministro Carlos Ayres Brito, Presidente do TSE.
Pauta Políitica de 01a 10
01-Contra fatos não há argumentos:
Detesto dizer isso, mas eu avisei. Não por ser esperto, saber mais, nada disso. A culpa é do tal Murphy – "se algo pode dar errado, dá errado". Nas redações, na rua, no bar, a pauta é mesma: a violência que aumenta em Porto Velho. Mas como? Nunca se fez tanto, nunca tantos carros, etc. Papo. O fato: falta política pública de segurança. São duas polícias distintas - civil e a militar, sob um só comando. Papo. O fato: agem dissociadas mesmo se a ação exige interface. A polícia está na rua. Papo. O fato: o efetivo para o combate ao crime é pequeno em relação ao numero de burocratas. Um garoto de 15 anos foi executado dia desses, dentro de uma escola estadual em Porto Velho. Um crime que poderia ser evitado se houvesse segurança. Isso é fato.
02-Cabeça, tronco e membros:
Cabeça que não pensa o corpo paga é o dito, e cai como uma luva para a segurança pública de Rondônia. Menores infratores, tráfico de drogas, ausência de investimento educacional, social e esportivo para jovens, tudo isso é citado como determinantes para o aumento da violência aqui e em outras cidades. Se são esses os vetores, se as manchas criminais são conhecidas, implica dizer que a cabeça conhece o problema e a inteligência pode agir para solucionar. Planejamento e interação com os atores responsáveis seria o primeiro passo. Mas como obter resultados com a participação externa, se a cabeça não consegue resolver os problemas com seu próprio corpo gordo e com os membros atuando de forma desordenada? Ou se ajusta a cabeça ou nada feito.
03-Complicadores:
A permissividade é do ECA ou de quem o aplica? Quem mais descumpre o ECA? Numa rápida análise da Constituição em seu artigo 5º, logo se vê que é o estado. A pena alternativa funciona? Claro, se houver acompanhamento. Família ajuda? Claro, desde que cada um possa planejar os filhos que pode ter, morando em casas de verdade, com acesso à saúde pública, educação e segurança. Mas como uma família pode existir em barracos encravados em grotões dominados pelo crime, onde o estado não consegue chegar, vivendo sob a lei da bandidagem? Pior, como recusar o dinheiro da subsistência que chega pelas mãos dos filhos recrutados pelo traficante ou pelos cafetões? Triste...A fome expulsa a ética e inverte conceitos e destrói a família.
04-Dinheiro não é problema:
Há dinheiro sim, mas falta planejamento. Entre construir uma escola ou melhorar o ensino, a prioridade é a obra. Nos presídios há mão de obra barata, mas a comida dos presos é comprada fora. A mania lucrativa da nova obra exclui a manutenção do que já existe. E a nova obra pedida pelo novo eleito nada mais é que o retorno da doação feita para sua campanha e negociada antecipadamente como prêmio compensatório. Como se vê, o problema começa na campanha. E o governo que gasta mal, também gerencia mal, pois parte dos gestores, entra no pacote de compensações e não raro, sem qualificação para o cargo. Se o "preparado" mal sabe tocar o dia a dia, como esperar que saiba planejar? E compromisso mesmo só com o seu holerite mensal ou com aquele o pendurou no cabide do emprego. Ambos, criador e criatura, pagos por nós.
05-Educação é a saída:
O senador Cristóvão Buarque prega a revolução na e pela educação. Como fazer para conseguir tal objetivo é tarefa para técnicos. Leigo, sei tão somente que escolhas certas podem acelerar o processo e que tais escolhas são nossas. Mas o que poderão fazer vereadores e prefeitos, com os seus limitados orçamentos, recursos e ações? Muito ou pouco, mas isso também é coisa para técnicos. Leigo, a única coisa que me ocorre é lembrar uma canção de Santana que repete um antigo pensamento: "Toda caminhada começa no primeiro passo". Está chegando a hora da escolha e você ainda tem tempo para investigar quem tem compromisso com educação, cultura, visão do futuro e respeito com o que é público. Podemos ter 4 anos melhores. Depende de nós.
06-Olimpíadas ufanistas:
Perdoem-me. Ninguém agüenta o massacre, mas não resisto. Salvo raras exceções, no Brasil o esporte é tratado como produto chinês de camelô: baixo custo, baixo desempenho, mas atrativo. E assim aparecem nas fantásticas transmissões de TV. Nosso esporte é torcer pelo Brasil, avisa a rede de TV. E como torcem, passando a impressão de que os nossos atletas estejam no topo da competição. O massacre da "TV que torce" cria uma falsa expectativa e de forma competente mantém o telespectador hipnotizado e sem perceber que o desempenho até agora é igual ao de uma daquelas quinquilharias chinesas vendidas no camelô. E dá-lhe Brasil, sil, sil!
07-Olimpíada de ouro:
A medalha de ouro conseguida para as cores brasileiras depois de vários dias de competição deve-se ao feito individual de um atleta da natação que, às custas da família, mudou-se para os Estados Unidos para estudar e principalmente treinar. O nome do treinador – Beto – pode até sugerir outra coisa, mas é americano mesmo. César Filho é velocista – 50 m – possui técnica apurada, apoio familiar e treinamento científico, a combinação para conquistar medalhas. Alguns outros expoentes em esportes individuais aparecem vez por outra e assustam quando passamos a conhecer o que fizeram para chegar ao topo, saindo às vezes de guetos. São exemplos de superação, obstinação e sorte. Esporte faz parte dessa educação sem medalhas, sem méritos e sem critérios do Brasil. O que esperar então? Medalha de ouro? Só investindo ouro antes.
08-Rei morto, rei posto:
É sabido que não há vácuo no poder. Mesmo sem a cerimônia de troca de cargo, mudança de nomes nas placas, fotos oficiais e todos aqueles rituais indicativos de que um novo rei está no cargo, a ALE trocou de comando, tornando-se de repente um poder híbrido, algo entre a monarquia britânica e as coalizões temporárias que se sucedem aos golpes políticos. O estranho porém, é que não houve um golpe como o conhecemos. A atual legislatura tende a passar para a história, como aquela que foi sem nunca ter sido. As decisões estão sendo tomadas pela Mesa Diretora, da qual faz parte o presidente eleito, Neodi Carlos, mas que na prática tem um presidente de fato, referendado até pelo próprio Neodi, que é o deputado Jesualdo Pires. Tudo assim de forma democrática, civilizada, mas em "petit comité". Bem, já vi de quase tudo na ALE.
09-Coisas da ALE:
Não se pode dizer que a ALE não tenha sido criativa. Eleito pela totalidade dos seus membros, Neodi tinha a faca e o queijo na mão. Um dos poucos reeleitos de uma legislatura complicada, alinhado com o governo, conhecia o caminho das pedras e trazia o discurso de moralidade, tanto que conseguiu dois mandatos. Um dia o líder do governo escafedeu-se e nem isso afetou as relações com Cassol, tal era a postura cordata da ALE. Outro dia, Neodi anunciou que também iria escafeder-se. Cassol foi até ele e Neodi teve seu "Dia do Fico". Num dia, o deputado Tiziu do PMDB, teoricamente oposicionista do Ivo, foi guindado à condição de líder do governo, sob o silêncio do partido. Novo dia e a PNA, agência da ALE, foi declarada suspeita de favorecimento a veículos de comunicação, mas continua trabalhando. Num outro dia, quem sabe, pode acontecer algo novo, como nova eleição, é quase certo. Até lá vamos juntando novidades.
10-Oxigênio para o gás:
O governador Aécio Neves anunciou o início das obras de construção da rede de gasoduto da Gasmig no Sul de Minas. Serão investidos R$ 150 milhões no projeto, que terá extensão de 110 quilômetros e capacidade de transporte de 873 mil m³/dia, beneficiando os municípios de Poços de Caldas, Andradas, Caldas e Jacutinga. A ampliação da oferta de gás natural faz parte do programa de projetos estruturadores de Minas o que implica dizer que o estado planeja o que vai fazer e que qualquer semelhança com Rondônia, é mera coincidência. Será então que estamos brigando de forma desordenada? É o que parece. Assim fica mais difícil. Gasoduto Já!
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