Terça-feira, 17 de março de 2009 - 20h16
Frase do dia:
"Vai ser um constrangimento geral" – Senador Heráclito Fortes, 1º secretário da Mesa do Senado, sobre a possibilidade de abrir a ‘caixa-preta’ de passagens.
01 – O poder da palavra I
Abespinhado – os senadores adoram o termo – o normalmente bonachão Heráclito Fortes subiu nas tamancas. No cargo de 1º secretário da Mesa do Senado, coube a ele tomar a medida de instalar uma sindicância para apurar mais uma maracutaia no Clube Social Recreativo e Beneficente Senado Federal que saíra no dia anterior. Culpa d’O Globo que, como toda a imprensa, faz uma campanha injusta contra a Casa. Fortes, fez aquilo que sabe fazer: abriu a boca e despejou o falatório. Está certo o ínclito Senador. Se as denúncias estão sendo apuradas, chega. A hora é de parar com tais denúncias. Assim o Senado não pode funcionar. Onde já se viu isso?
02 – O poder da palavra II
O que pode fazer um humilde servidor do povo a não ser abrir um processo? Claro que o Senador Heráclito Fortes vislumbra de antemão o que vai ocorrer e adianto a quem faz leitura dinâmica: nada. Sobre o caso das passagens grátis da senadora Roseana, Fortes revela: "Cada senador tem o seu critério, essas cotas individuais......Viaja senador, familiar do senador. Não tem nenhuma regra proibitiva. Desde que, eu acho que seja conveniente para mim, eu posso dar". Em assim sendo, e como perguntar não paga taxa de embarque, lá vai: Que tal outra sindicância, mesmo que seja para a imprensa ver, pela transparência do “clubinho” ou porque a gente paga sem voar? Na denúncia eram sete passagens. Fortes diz que a regra são quatro...
03 – O poder da palavra III
Para finalizar o papo, o senador sabe que nada assusta mais que a simples menção de fechar o Congresso. Ruim com ele, pior sem ele. E Sua Excelência pegou abaixo da linha da cintura: "Eu acho que tem que fechar o Congresso. Essa campanha não está sendo justa. Cadê as ONGs e as irregularidades do Poder Executivo?" Dizem os cristãos que “a palavra tem poder”. Permito-me viajar no pensamento e propor a troca do verbo “fechar” por outros como abrir, descobrir, auditar, trocar, expurgar, sanear, investigar, ou qualquer um que possibilite uma oxigenação no organismo doente. Claro que com o grupo que está no “clubinho” é impossível mas, é preciso continuar denunciando, criticando e falando. Afinal, “a palavra tem poder”.
04 – Bola da vez. Desculpem
E tome mais Congresso Nacional. A Folha de São Paulo revela: Quarenta e três dias após o início oficial das atividades de 2009, o Congresso Nacional registra até agora a menor produtividade em plenário dos últimos nove anos, com apenas oito projetos votados pelo Senado e pela Câmara dos Deputados. O número beira 30% da largada de 2008 – 25 projetos – e 38 projetos em 2007. Foi o Zé de Nana que me alertou para os motivos de tantas denúncias: “cabeça vazia é oficina do tinhoso. E sem trabalhar a malinação toma conta dos homi”. E conclui: “jornalista é que nem urubu: se não tem o que comer, cata no lixo”. Se Zé de Nana estudasse daria um grande cientista político.
05 – Ninguém sabe o que o calado quer
A sociedade dispõe de ferramentas jurídicas que constroem soluções para muitas de nossas mazelas. A maioria está enfeixada num só organismo, na verdade quase um poder paralelo – o Ministério Público – o fiscal e guardião da cidadania. Detalhe importante: o MP precisa ser provocado para agir e, quando provocado é obrigado a agir. Está na lei. O exemplo vem do absurdo e pouco inteligente fechamento da Av. Lauro Sodré – pista dupla de acesso alternativo ao Aeroporto – e que ficava com um trecho obstruído ao trânsito diariamente para que se procedessem simulações de exames de motoristas. O MP deu um basta e um prazo para a desmobilização da prática e a Lauro Sodré a partir da próxima semana volta a ser espaço público. (Clique e veja vídeo da Opinião TV)
06 – Ninguém sabe o que o calado quer
Já abordei o assunto no “Câmera 11” e estou no mesmo barco que o Zekatraca. A propósito de uma denúncia do Diário da Amazônia da lavra do Macena, Zekatraka despejou toda sua ira na coluna de hoje. O que estão fazendo no Claudio Coutinho é barbárie e só mostra o “desmonte” da cultura e do esporte. Numa reportagem anterior, denunciamos o “cuidado” dispensado ao Ginásio Fidoca – em reforma – e o Zé põe agora a boca no trombone alertando para o Aluízio Ferreira. Com certeza o assunto vai parar no MP e é ali que “a porca torce o rabo”. O bom cabrito é o que mais berra e, com essa história de se fazer um novo estádio, sei não... Aí tem coisa.
07 – Luzes no fim do túnel
Na Câmara dos Deputados o presidente Michel Temer achou uma brecha para sair do engessamento das MPs. Como as MPs só podem versar sobre temas cobertos por leis ordinárias, as PECs, projetos de lei complementar, resoluções e decretos legislativos podem ser votados mesmo que um MP esteja na fila. Pelo Senado, uma decisão surpreendente: Sarney pediu que todos os 131 diretores da Casa coloquem os cargos à disposição. Hoje foi mais um dia tenso no “clubinho”. Boatos atribuíam a Tião Viana o fornecimento de combustível à imprensa para incendiar a Casa. Tião rechaçou de forma contundente. A manobra é repeteco do ocorreu com Jefferson Peres. O “modus operandi” é o mesmo e o rastro das patas, bem visível, idem.
08 – Tião Viana na alça de mira
Chega a ser constrangedor. Tião Viana paga caro o preço de ter encarado a fera. Além da boataria do corredor, corre o risco de ver seus desafetos reabrirem o rumoroso e até hoje mal explicado caso do caseiro Fracenildo, levando para arena para servir de pasto aos leões, outros nomes como o redivivo Antonio Palocci, em ascensão no partido. Atribui-se a operação à cúpula do PMDB, mas o estilo de ataque é bastante conhecido. Para complicar a situação, o MPF entrou na parada e quer que Sarney justifique o pagamento das horas extras indevidas. Fedeu carbureto no “clubinho”.
09 – FeBeACon
Com tanta coisa grande por fazer e o Congresso se apequena. Projeto de Lei do deputado Glauber Braga determina que seja contado em dobro ou triplo cada dia de pena em que o presidiário for submetido a maus tratos, falta de assistência médica ou psicológica ou situações como celas insalubres ou com excesso de presos. E, se for constatada a prática de tortura, para cada dia em que houver ocorrido o abuso seja contado como 120 dias, mesmo durante o período de prisão provisória. Caberá ao juiz competente verificar a ocorrência de sobrepena – é esse o nome para essa nova invenção – e determinar a redução correspondente da pena. "Não é novidade para nenhum de nós que o sistema carcerário brasileiro está completamente falido, com prisões superlotadas e insalubridade" diz ínclito rm raciocínio ilógico. Em lugar de consertar o malfeito, produz-se outro, tipo veneno para combater veneno. Éraste!
10 – Cadeia democrática
Do jeito que o diabo gosta. A historinha de reduzir o privilégio da prisão especial a quem possui curso superior pode ser votado outra vez na CCJ do Senado. É que o senador Marcelo Crivella vai apresentar uma emenda à proposta aprovada semana passada. Segundo Demóstenes Torres, a idéia é colocar a proposta em discussão de novo, e em especial o artigo que define quem tem direito ao benefício. O texto original retira o privilégio de padres, pastores e bispos evangélicos, porém mantém a prisão especial a políticos e outras autoridades. O texto do Marcelo Crivella exclui até políticos da lista de beneficiados pela prisão especial. Realize: já pensou como será na cadeia? Eleito e eleitor na mesma cela...Quanta coisa para ser acertada...
Fonte: Léo Ladeia / WWW.gentedeopiniao.com.br
leoladeia@hotmail.com
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