Quarta-feira, 19 de maio de 2010 - 21h08
Frase do Dia
"Tenho a mais profunda admiração pelo nosso atual governador João Cahulla, e sou imensamente agradecido pela lembrança do meu nome para concorrer ao cargo de Vice-Governador, mas..." – Deputada Neodi Carlos pulando educadamente da barca furada do Cahula.
01-Faiô... I
Para um irritado Celso Amorim, “o Brasil colocou a bola na área e alguém tem que fazer o gol”. No país do futebol, até mesmo a normalmente circunspeta diplomacia utiliza o estilo Lula de metáforas futebolísticas. O diabo é que o futebol americano é bem diferente – que mais se aproxima daquele que é a nossa paixão nacional é chamado de soccer – e Tio Sam não sabe o que fazer quando a bola está na área. Mas, sabe o que fazer quando o assunto é Irã: atira primeiro e pergunta depois. Menos de 24 horas depois da glória, Lula percebeu que seu acordo foi uma vitória de Pirro. O turquin de nome enrolado mentiu e vai continuar enriquecendo urânio em casa. Ou seja, usou o azemel – ou as próprias – para driblar as sanções. O pior disso é que Lula passa. O Itamaraty não.
02-Faiô... II
O Brasil vive a síndrome do “nouveau riche” que num bistrô escolhe o vinho pelo preço mas prefere Chapinha. Entrou no clube de potências mundiais – o Brasil deve muito disso a Lula – mas ainda se atrapalha com talheres e copos e promove uma mistura gastronômica impensável. Por fora veste um Armani mas, a cueca de camelô – que felizmente não aparece – revela a sua condição. O Brasil vive seu melhor momento em economia mas, nossa diplomacia – o Itamaraty é referência mundial – vive um dos piores. Temos espaço e seremos chamados a opinar, mediar e liderar mas, é preciso saber o que fazer, com quem se aliar e quando entrar. E com o Irã, entramos novamente numa fria.
03-Fogo alto na cozinha
O futuro é um profeta com os olhos voltados para trás. A frase serve para entender os movimentos erráticos da Frente Progressista que reprisa um filme antigo no qual os mocinhos morrem no final. Olho no lance! Quem não se lembra de Garçon, Everton ou Clevis, dentre tantos outros? O “modus operandi” é o mesmo: Primeiro é dar milho aos pintos Quem pode come mais e a seleção natural acontece. Depois é hora de incensar o santo e por fim, já beatificado, o santo que cuide de fazer o seu próprio milagre elegendo-se. “Na aba do meu chapéu você não pode ficar”, diz o samba. Quem caminha junto sabe que ungir é só abençoar, investir é só discurso e que cavalo não desce escada.
04-Tirando a azeitona da empada
No encontro da Frente Progressista para apresentar João Cahula como estrela maior ao eleitorado, o homem do chapéu mandou, desmandou e mostrou que é o “bambambam” da boca, escalando-se para falar por último e fechar o encontro. Num total desapreço por Cahula, por seus eleitores e pelo estado de Rondônia, afirmou alto e bom som que irá cumprir apenas a metade do seu mandato de senador – como se já estivesse eleito – para voltar em 2014 como governador. Vamos combinar, tá se achando a bala que matou John Kennedy e desacreditando um nome que sequer foi testado. E olha que ele mesmo diz que Cahula é o amigo que o pôs na política. Se não fosse então, imagine...
05-Tamborete bancário
O Bradesco é uma instituição sólida, considerado o mais rentável banco da América Latina e EUA. Só em 2009 o Bradesco obteve um lucro líquido de R$8.012 bilhões. Mas um banco não apenas uma montanha de dinheiro. É muito mais que isso. Um banco precisa de gente. Gente que trabalha nele, gente que acredita e deposita o seu dinheiro e gente que toma dinheiro emprestado dele. Ora, não se concebe portanto que gente seja maltratada num Banco e muito menos no Bradesco. Hoje pela manhã uma correntista enfrentou uma via sacra tentando obter um talão de cheques e, depois de passar por três agências, me pediu que denunciasse o fato. Diferente do Bradesco, já a atendi.
06-Fim de papo. A transposição já é real
Depois do clima tenso que envolveu até parlamentares e sindicalistas e de reuniões que vararam a noite, os funcionários do ex-território podem comemorar. Pela porteira aberta, passaram servidores municipais até 87 e os da Caerd, Beron e Ceron. Hora de capitalizar dividendos e a bancada federal pode dividir os louros, apesar da matéria ter nascido da senadora Fátima Cleide, a mãe da PEC pois, como diria o filósofo do chapéu, ninguém é bom sozinho. Por uma questão de justiça, cito o 4º senador ou 9º deputado federal, Expedito Jr. que, sem mandato, atuou de forma decisiva, obtendo elogios de todas as lideranças políticas. Em especial, parabenizo o coordenador, deputado Eduardo Valverde que, incansável e leal e, sem reclamações segurou a barra da injustiça contra si.
07-Ficha Limpa a toque de caixa
Pela manhã a CCJ do Senado já dava o norte do que aconteceria com o projeto ficha limpa, posto que o tempo gasto foi na verdade uma seção de babaçao ao projeto e à sociedade civil organizada. Na vitrine pública televisiva da TV Senado, os parlamentares se revezavam, alguns claro, ocultando o constrangimento mas, faturando probidade, honestidade e lisura junto ao eleitor dos seus rincões. Nada porém que um pouco de óleo de peroba não resolva, até porque quem retira o sujo da vida pública não é uma lei ou um projeto e sim, o voto consciente. Mas, o Senado no geral, sabendo que corta na própria carne demonstrou coragem cívica, ainda que levado pela voz rouca das ruas.
08-E tome mais Senado
Nem mesmo ele, Marcondes Perillo poderia imaginar dois dias como os que viveu como presidente interino do Senado. Decidido e não alinhado, Perillo meteu o pé na jaca e graças à sua atuação, os polêmicos projetos Ficha Limpa – analisado, relatado, votado e aprovado na CCJ e imediatamente depois no plenário em menos de 24 horas – e o que concedeu o aumento dos aposentados foram aprovados. Uma condução de trabalhos irretocável, inclusive com um acordo bem elaborado pelo mestre em tramitação parlamentar, Romero Jucá que retirou, com a aprovação unânime, um bode da sala. O fator previdenciário, como sabia antecipadamente o leitor desta coluna, era o tal bode.
09-E vamos de Senado de novo
Fruto das investigações da CPI da Pedofilia e da necessidade de esvaziar os presídios a cada dia mais lotados, o Senado votou e aprovou a criação de uma prisão virtual, a tornozeleira eletrônica. Um penduricalho que fica preso na perna ou talvez no braço, para monitorar os presos perigosos. A justiça vai determinar como se fará legalmente o processo bem como a aplicação e/ou utilização do equipamento. Minha única preocupação é com o satélite que fará isso. Temos banda larga estreita para a internet, temos apagões elétricos e morais, temos aquelas nuvens densas que impedem que o desmatamento seja visto pelo satélite e temos buracos negros aéreos no centro do Brasil. Acho a idéia excelente mas, acredito que Murphy fez a sua lei pensando no Brasil. Isso aí vai dar (*)erda!
10-Jirau e a invasão que ainda não houve...
Lembram daquela audiência pública promovida pela ALE e que até hoje não deu em nada? Pois é. Lendo o rilisi do deputado Moreira Mendes, lembrei dela pois a denúncia do deputado é a reprise da ameaça que foi feita por “índios”que estavam lá naquela época. Foiaí que me quedei a pensa: o que será que está havendo lá praquelas bandas de Jirau que só chega notícia ruim? Hora é conflito com o MAB, com índios, com exploração sexual, madeira que veio de fora, troca de eixo, acidentes, fornecedores, enfim a lista é bem extensa. Ora, conversando com dois secretários – um estadual e outro municipal – ouvi de ambos fundadas queixas quanto à execução dos planos aprovados como compensações ambientais. Alguma está fora do eixo e não apenas o da barragem, imagino eu.
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