Quarta-feira, 19 de agosto de 2009 - 04h57
Frase do dia:
“...se vamos cassar alguém? É claro que não. Se vamos discutir esses fatos? É claro que sim". – Senador Sérgio Guerra do PSDB, mostrando o mapa do acordão
01-Nem tudo está perdido
No meio de tantas preocupações climáticas, de tanta propaganda oficial exortando o povo a não promover queimadas, depois de vários dias de calor, a natureza encheu o céu azul de nuvens e a “chuva da manga” caiu. Chuva grande, com raios, trovões e muita água. Do jeito que a gente gosta. A natureza não lê jornais, sites mas, sabe dar a resposta exata na hora certa. O desmatamento diminuiu ainda que forma incipiente mas, a natureza sentiu e calibrou a chuva, fazendo sua parte e ajudando a preservar a vida. A chuva me lembrou que temos um longo caminho para que no futuro tenhamos novas “chuvas da manga”.
02-Falando em natureza...
O Brasil que tanto teme a invasão da Amazônia pelos estrangeiros, pode se dar a chance de agora, tomar posse da Amazônia. Uma seringueira, ligada ao meio ambiente, listada como uma das 50 personalidades que podem mudar o mundo, está com o seu nome posto como uma alternativa para a eleição presidencial. Para a empreitada terá que abrir mão do seu partido, o PT. Essa porém é a parte mais fácil da luta. Pela última pesquisa, Marina da Silva tem ínfimos 3% de votos e uma certeza absoluta: sua candidatura coloca a Amazônia no centro do debate nacional com seus problemas e soluções. É nossa hora e nossa vez.
03-Um novo olhar sobre a Amazônia
Ouvi há poucos dias de um político que o meio ambiente será agenda obrigatória dentre os postulantes ao governo de Rondônia. Sábias palavras. E cabe a nós promover, incentivar, cobrar e participar dessas discussões para identificar e escolher aquele que aceite levar à frente, como plataforma de governo, o desenvolvimento sustentável. O tempo é curto mas, é suficiente para identificar políticos ligados a grupos que ganharam, ganham e ganharão dinheiro por muito tempo, dilapidando as riquezas do nosso estado. Há tempo para saber quem olha apenas para o próprio umbigo e o quem possui compromissos com a mudança.
04-Fazendo escolhas
Partido ou homem? Já fizemos esse tipo de escolha. Sabemos onde nos leva cada um dos dois caminhos, até porque partidos só existem até que as coligações sejam feitas. A partir daí as coligações igualam as ideologias. Como os homens fazem os partidos que fazem as coligações, a escolha inexiste. Entre o erro e o errado sobra estudar o candidato, saber do seu passado, excluir os “fichas sujas”, analisar os aliados da sua coligação e as propostas. Não há garantias de que a escolha seja a melhor mas, o processo é mais transparente. Ao final, vale lembrar que nós fazemos as nossas escolhas e que elas farão as nossas vidas.
05-Fogo amigo
Não convidem para um trajeto no mesmo coletivo, o presidente da Câmara de Vereadores, Hermínio Coelho, o vereador Cláudio Carvalho e a Secretária Fernanda Moreira. Autor da Lei 1630 de novembro de 2005, quando Cláudio Carvalho era o titular da Semtran, Coelho cuspiu marimbondo. As declarações tão fortes quanto suas posições soam mais estranhas por serem os três ligados ao prefeito, os dois vereadores serem petistas e terem ligações familiares. O pomo da discórdia do trio é a regularização do serviço de mototaxi. Essa é a parte visível mas, – perdoem-me a citação – “O essencial é invisível aos olhos”. (Exupéry)
06- Contra a lei da força, só a força da lei (revisada)
Fim de papo. A Justiça ordenou e a possibilidade de contratação de servidores sem que tenham feito concurso público foi para o espaço. Da decisão, colhi fragmentos do texto do Dr. Alexandre Miguel: “o próprio Poder Público criou, artificial e fictamente, um requisito para burlar a questão da necessidade de concurso público. Importa registrar que a contratação temporária é decorrente de cargos novos, criados recentemente, de funções teoricamente ordinárias e permanentes, não se justificando, a princípio, a contratação temporária”. E mais: “Transparece que o Poder Público não foi previdente e eficiente, criando, pela sua própria omissão, o requisito 'emergencial' para novas vagas”. Que coisa.
07-Sonho postergado
Por votação democrática a Câmara de Vereadores rejeitou a proposta que retiraria o impedimento para que o serviço de mototaxi fosse implantado em Porto Velho. A decisão se deu pelo voto e não cabe reclamação. Tecnicamente não me arvoro a comentar sobre se a decisão foi certa ou errada ou se um sistema de transporte alternativo ajuda ou não. Mas, politicamente a decisão pode ter sido um tiro no pé. Sem um transporte alternativo, a cobrança por um bom serviço de ônibus tomará proporções bem maiores e, convenhamos, para o transporte coletivo de ônibus ficar razoável, é preciso melhorar muito. A decisão mantém o impedimento legal mas, não impede que o serviço clandestino continue a existir.
08-Que acordo...
Danou-se. Se um MP é um osso duro, dois então é dose. Sabe aquele acordo para a troca de um pedaço de terra por outro? Pois é. Fez água. O MP e o MPF ingressaram com ação civil pública ambiental, com pedido de liminar, para que seja suspenso o acordo feito entre a União e o Estado de Rondônia para desmembrar a Floresta do Bom Futuro e aí eu digo: Vixi...fedeu carbureto! Para procuradores e promotores, a troca se baseia em questões políticas e não técnicas, não oferece nenhum ganho para a conservação da natureza, pelo contrário, traz prejuízos ao meio ambiente. E dizem mais: “é nítida a falta de governança fundiária-ambiental do Estado de Rondônia, que vem oportunizando a aceleração da degradação de várias áreas protegidas nos últimos anos”. Isso vai longe. P’ra lá de Jirau.
09-Filme queimado
O acordo existe, por ele Sarney fica no Senado, na presidência e “tamos conversados”. Do acordo pouco se fala, tudo se nega e o que se sabe é que Sarney fará uma gestão feijão com arroz. Reduzirá custos, cortará gastos, fará discursos e manterá a liturgia. Escândalos novos serão abafados. As cordinhas por trás do Sarney estarão nas mãos do Renan mas, lá na frente o MPF e a PF terão trabalho redobrado para investigar o que agora se oculta. Sua gestão atual pode até dar uma melhorada na sua biografia, desde que ele mesmo a escreva e sobrará para alguém a tarefa de escrever a receita em detalhes dessa pizza.
10-Bolivarianas
“Eu me recuso a fazer esse tipo de coisa. Se quiserem fazer isso, que façam com outro líder. Eu coloco o cargo à disposição”, disse o irritado líder Aloísio Mercadante, depois de saber qual o seu papel para salvar Sarney da forca. A idéia da Tropa de Choque é forçar o Mercadante a efetuar a troca dos dois petistas – Ideli Salvati e Delcídio Amaral – por dois aliados incondicionais do Sarney no Conselho de Ética, para evitar que a decisão sobre o arquivamento das denúncias seja levada a plenário. A manobra na verdade, tem o caráter preventivo. Tudo está armado para que um artigo do regimento tenha uma leitura linear de forma a não permitir que a receita da pizza, ou pastelão sofra qualquer mudança. É mole?
Léo Ladeia - leoladeia@hotmail.com
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