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Leo Ladeia

Política & Murupi 21/01/11


Política & Murupi 21/01/11 - Gente de Opinião
 

Frase do dia

“Toda uma política jaz sob os escombros das recentes tragédias que chamamos de naturais, sabendo que a natureza não existe sem nós." – Fernando Gabeira

Política & Murupi 21/01/11 - Gente de Opinião


01-Ambulância de ré 

Segundo o Secretário de Saúde Alexandre Muller, o governo tem um plano A e mais o B e um C. Não sei qual deles foi o escolhido para a ação mas, o certo é que pacientes do Hospital João Paulo II foram transferidos para Ji-Paraná. Creio que é a ambulancioterapia reversa e no caso  em lugar da ambulância foi um ônibus do Corpo de Bombeiros que fez o transporte. Como medida paliativa para desobstruir o chão do hospital – até para limpar a fossa entupida – valeu, mas os planos A, B, C e até outros que possam existir precisam ser utilizados.    

02-Sem refresco I

O PSDB que ainda procura um discurso ou um jeito de fazer oposição resolveu cortar o refresco da Presidente Dilma Roussef. A primeira bicada partiu dele, o FHC, que tenta levantar a moral da passarada e se colocar como a liderança inconteste dentro do partido. O problema é que líderes mais jovens começam a surgir e o “tucanão” já não consegue colocar todos sob suas asas. A passarada aposta suas fichas num tucano mais novo que atende pelo nome de Aécio. Se o PSDB vai encontrar a rota ainda não se sabe mas, o piloto é o Aécio sim. 

03-Sem refresco II

De uma forma geral, e com estilo muito peculiar, o governador Confúcio Moura vai conseguindo dar seu recado principalmente pelo blog, ferramenta que ainda não foi bem absorvida – e talvez nunca seja – pela imprensa mas, as primeiras nuvens carregadas e trovoadas já começaram a surgir. Sem mídia oficial, por mais que o governo tente, a comunicação continuará capenga e isso nada tem a ver com osreleases do Decom. O governador pode ter o couro curtido mas, um dia o refresco acaba e sobra picolé de sal. Era assim, é assim e creio que será assim, por muito tempo. Para Zé de Nana, “passarinho que come pedra...”



 

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04-Nova Mutum

Às vezes nos esquecemos da grandiosidade das obras das hidrelétricas que estão sendo construídas em Porto Velho até por serem empreendimentos que já se integraram em nossas vidas mas, basta que algo seja mostrado para vermos os benefícios de toda ordem que continuam chegando mudando a vida de todos ou, em particular, de gente que vivia sem esperança. O consórcio construtor da Usina de Jirau entregou uma nova cidade planejada para abrigar a população da “Velha Mutum” que será impactada pela usina. Pensada nos mínimos detalhes, a obra além dos benefícios sociais, é exemplo de tecnologia e bom gosto. E há quem pergunte para que serve a Usina de Jirau. A resposta óbvia é gerar energia e desenvolvimento. Nota 10 para a Nova Mutum.   


 

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05-Velha Jaci Paraná

Situada num ponto de interface entre as duas usinas de Jirau e Santo Antonio, o distrito de Jaci Paraná foi quem mais sofreu e sofre com os impactos sociais das duas usinas. Do dia para a noite a sua população de pouco mais de 10 mil pessoas triplicou. A infra estrutura praticamente inexistente para os habitantes locais continuou a mesma. A saúde, segurança, esgoto, asfalto, etc., que não existia para 10 mil pessoas, passou a não existir para os recém 30 mil. Pobre Jaci Paraná... tão próxima das duas usinas e tão longe do poder público...

06-Jogo jogado

Garrincha, o Camisa Sete mais famoso do mundo, jogava numa estreita faixa de campo, tinha uma estrutura física que desafiava a medicina esportiva e só um drible que dava certo qualquer que fosse o “João” seu marcador. Para detê-lo só com falta e mesmo assim era difícil. Ágil, saltava a perna que tentava lhe aplicar a rasteira e segundo depois estava anos luz à frente do seu adversário. Garrinchas existem por aí. Não no futebol onde foi único mas, na política com certeza. O “João” é outro, o drible o mesmo e o resultado? É aguardar dia 2.   

07-Fim de jogo

Enfim alguém deu as caras e partiu para a reação mas o juiz já leva o apito à boca e Garrincha que nem está mais em campo vai matar mais uma e de novo,  de lavada. A jogada é a mesma de sempre. O drible desconcertante, “João” no chão e Mané Garrincha rindo para o bocão aberto. Fim de papo, mão na taça e de novo a equipe trancada, concentrada para a final. Garrincha vai estar fora desta. Já que fez sua parte. Vou arriscar um palpite elástico tipo 3 x 1 e dessa vez o filho do Mané vai erguer a taça. Quem não crê paga ver e termina vendo. Mas vamos deixar combinado: o jogo acabou antes mesmo de começar.

 

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08-O próximo jogo

Se tudo correr como e dentro do que está previsto – claro que sempre existe o fator trairagem ainda que pouco provável – como será o relacionamento entre Executivo e Legislativo a partir da eleição da Mesa Diretora da ALE? Será que ainda há margem de manobra para o governo fazer a presidência? Em caso de não conseguir dá para por algum governista na Mesa Diretora? Inconfidência: Sei das tentativas do próprio deputado Walter Araújo para “fazer a Mesa” com o novo governo. Em política não há espaço para amadores e nem vácuo de poder. De qualquer maneira é bom lembrar que governabilidade é uma coisa e eleição de Mesa Diretora é outra. Agora é navegar com vento forte pela proa.        

09-Hay que endurecer...

Com a presidenta Dilma Roussef não tem conversa: se vacilou, não justificou, “pede pra sair seo 02”! Quem abriu a fila foi o ex-presidente do Inep Joaquim Soares Neto que promoveu a lambança do Enem no governo Lula e do Sisu já no governo Dilma. E como gato escaldado tem medo de água fria, o ministro Haddad da Educação cancelou as férias. Hoje foi a vez de Pedro Abramovay, ex-Secretário Nacional da Justiça e atual titular da Senad-Secretaria Nacional de Políticas Sobre Drogas que há duas semanas, em entrevista, defendeu a pena alternativa para traficantes menores, trombando com o ministro da Justiça José Eduardo Cardozo que prefere endurecer o jogo contra drogas. Danou-se!

10-Leitura para o fim de semana

A Veja tem novidades sobre Rondônia e o Congresso em Foco traz “Um novo Congresso instalou-se no STF” de Rudolfo Lago de onde saquei trechos: “A impessoalidade dos juízes, fundamental para que possam condenar da forma mais isenta possível, não pode, porém ser transformada por eles em arrogância. (...) Quando o senhor de toga começa a se achar superior aos demais mortais e acha que pode tomar a decisão que bem entender sem ter que dar satisfação aos “leigos”. É assim que, às vezes, andam as coisas hoje em dia. Justiça que, em vez de dirimir, torna as leis e as regras mais confusas, certamente tem graves problemas.” Boa leitura e bom final de semana.

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Fonte: Léo Ladeia - leoladeia@hotmail.com  
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