Segunda-feira, 21 de abril de 2008 - 17h07
FRASE DO DIA "O governo traiu seu mandato e apostou no número 13". Mangabeira Unger em abril de 2004 e condecorado pelo mesmo governo em abril de 2008.
Pauta política de 01 a 10
01-A medalha e o espanto:
Li com espanto, que o professor Manganeira Unger, ministro de Assuntos Estratégicos foi condecorado pelo Exército. O espanto se deve a antigos escritos do mestre, espinafrando o governo Lula e ao recente episódio com o General Heleno, que bate de frente com o que pensa o governo sobre terras indígenas. Mas o meu espanto inicial se dissipou ao ler parte de um relatório sobre um plano de governo. Mangabeira Unger coordena o Plano de Defesa Nacional presidido pelo Ministro Jobim e é dele a uma frase reveladora: "Temos dito às Forças Armadas que o objetivo não é equipá‑las. O objetivo é transformá-las." Entendi o Mangabeira. Mais agora do que antes.
02-Semântica bélica:
A crise entre o Planalto e Forças Armadas, não é apenas pelo pronunciamento do general Heleno. No âmbito da PF, as reações do general contra a reserva indígena Raposa Serra do Sol e a rápida minimização do fato são o pano de fundo para dois outros pontos: insatisfação da tropa com a baixa remuneração e sucateamento da Forças Armadas. O Plano Diretor Nacional fala em "transformar" e não "equipar". Sem dispor de verba para ir às compras e assim equipar as Forças Armadas, uma idéia começa a tomar forma: investir na indústria bélica nacional. A transformação envolve a troca de tecnologia entre países tidos como confiáveis.
03-Milho pra bode:
O biocombustível precisava mesmo fazer uma campanha internacional. E Lula, seu garoto-propaganda, recebeu o mote pronto e acabado. Ao tentar impingir ao biocombustível a razão da fome no mundo, FMI e FAO deram o combustível para o discurso e o presidente Lula não se fez de rogado. Jean Zingler, relator da ONU para o direito à alimentação não foi o primeiro a se manifestar, mas ganhou a primeira paulada e abriu espaço para a contra ofensiva brasileira. Lula devolveu a discussão para o milho dos EUA. Caso típico de usar alimento para produção de etanol. Mas isso ocorre nos EUA. Quem vai querer encarar?
04-Milho pra bode II:
As famosas rodadas de Doha não conseguiram avançar na questão crucial dos subsídios dos países ricos aos seus produtores, para impedir a entrada produtos agrícolas produzidos nos terceiro mundo a preços mais competitivos. A chiadeira internacional orquestrada com o apoio da ONU é fruto de uma mudança ditada pelas regras do mercado internacional que elevou os preços das commodities, sem se preocupar com decisões de governo. Traduzindo: Na hora da onça beber água, a única fonte disponível obriga a divisão da mesma água pelos sedentos. Pela vida, caça e caçador se encontram frente a frente.
05-Milho pra bode III:
Ao questionar a taxação do etanol brasileiro e não tributarem o petróleo Lula ganhou um aliado. O secretário-geral da ONU, Ban Kimoon, que estava com Lula, na África para a Conferência das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento, foi direto ao assunto: o aumento do preço dos fertilizantes, conseqüência da cotação do petróleo, é uma das causas da crise mundial dos alimentos e atacou o protecionismo e a política de subsídios de países ricos como causas de escassez de comida. Como se pode ver, esse ente não físico o mercado continua regulando tudo pela lei de oferta e procura.
06-Seguro ideológico:
Um lobby de 21 entidades atua no Congresso para obter indenizações por participação na luta contra a ditadura. Um projeto de lei em tramitação na Câmara dos Deputados prevê a reintegração de trabalhadores demitidos "por participação em greve ou perseguição política desde 1989". A proposição amplia o previsto na lei 11.282/ 06, que anistiou ex-funcionários dos Correios. Como o grupo conta com o apoio da esquerda e boa vontade das instâncias federais, é provável que o tal projeto passe. E aí fica a pergunta: Lutavam por uma sociedade igualitária ou por uma boquinha? Quanto vale um discurso, um tiro, uma prisão na defesa de uma ideologia? Quanto vale uma ideologia?
07-Seguro ideológico II:
Acusados de ajudar os militares a caçar guerrilheiros na região do Araguaia, os mateiros também querem uma boquinha. Alegam que teriam sido obrigados a trabalhar para as tropas de 1972 a 1974, enquanto durou a repressão à guerrilha. Sem carteira, farda ou patente, estiveram a serviço do Exército, na função de guias ou mateiros e garantem: foram espancados, confinados e proibidos de atuar nas suas atividades para sustento das famílias. Escritórios de advocacia que venceram ações milionárias, possibilitando a eleição das figuras que hoje uma mão lava a outra defendem a outra mutreta. Nojento.
08-E agora José?
A ex-quase-futura-crise dos militares passou. Os segredos dos cartões corporativos de Lula serão revelados amanha, em "petit-comité". A tramitação das MPs segue em discussão no Congresso. O apagão parece ser coisa de ficção. Para o apagão aéreo a Infraero contratou uma auditoria independente. Lula segue com a popularidade alta, em mar de almirante e da campanha do 3º mandato desistiu até o seu criador. Sobraram para a oposição a CPI das ONGs e a velha cantilena contra o PAC. Passou da hora da oposição criar sua própria pauta e dizer qual é mesmo o projeto para o Brasil. O resto vira picuinha.
09-LCP guerrilha ou factóide:
A Isto É diz que existe e volta ao assunto no fim de semana. A LCP nega, o governo idem e surge a história do massacre que não existiu. Na dúvida, surge uma certeza: é preciso investigar a fundo e por um ponto final na discussão. Se existe que se punam os envolvidos. Usar técnicas de guerrilhas em treinamento não é novidade no Brasil e não é ilegal. Então a quem interessa essa discussão? Ao povo de Rondônia certamente não. A coisa está mais para o banditismo puro e simples - diferente de uma guerrilha que visa o poder - inclusive com rota de tráfico na área. É preciso investigar. O resto é só zoeira.
10-Oxigênio para o gás:
O consumo de energia elétrica no Brasil deve crescer em média 5,5% ao ano até 2017. A previsão é da Empresa de Pesquisa Energética, que ontem lançou o Plano Decenal de Expansão de Energia. "A situação é de tranqüilidade", afirmou Tomasquin . Por outro lado o uso de termelétricas para compensar a escassez de energia das hidrelétricas, este ano, vai custar ao consumidor pelo menos R$ 745 milhões. Juntando-se as duas coisas, fica a pergunta: porque não investir na redução dos custos com a construção do nosso gasoduto, por exemplo? Não se explica a demora por parte das duas estatais. Gasoduto Já!
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