Quarta-feira, 21 de setembro de 2011 - 14h39
Frase do Dia:
"Fico indignado toda vez que abro o jornal e vejo notícias de escândalos e corrupção. Não sei como o Brasil não faliu com tanto que roubam do nosso país. O povo tem que sair para protestar. Isso contribui para a mudança" – Frejat: bom de política, bom de rock, bom de papo.
01-Para “A”minha amada amiga.
A luta pela vida, mormente quando se está com uma doença como um câncer nos impacta como se a doença, o sofrimento a luta fossem de todos nós. A revista Veja traz na capa desta semana um Gianechini que o público não conhece. Ele é humano de carne, osso, está sem cabelo e doente. Na sua luta um Brasil de admiradores e pessoas que oram, torcem e se juntam como se o ator fosse alguém da própria família. Uma minha querida amiga menos conhecida, porém bem mais amada está lutando e irá vencer a mesma doença. Porque queremos, porque é possível, porque temos fé que assim será, porque Deus permite, e porque precisamos e iremos viver por muito mais tempo para possamos repetir todos os dias o que ainda falta: nós a amamos muito.
02
-Quem sabe agora cai...
Parece que a bússola da UNIR voltou a funcionar e a agulha, que mais parecia a hélice de rabeta em movimento, está apontando para o lado mais provável. Tudo indica e já de muito tempo que os problemas da universidade estão na cabeça e não nos pés de barro. Ocorre que o calcanhar de Aquiles é bem maior do que se imagina e o que tem de gente enrolada no mesmo novelo, não está no gibi. Justo aí aparecem “o pai da matéria e o salvador da pátria”, ambos metidos até o talo no desmantelo e tentando costurar um tecido que de tão esgarçado já não se presta a remendos. Essa história mal contada da UNIR é bem mais antiga do que se imagina. “O pai da matéria e o salvador da pátria” sabem disso tanto quanto eu ou a PF. Por ora a casa só balançou.
03-Humanos direitos x Direitos humanos I
Indignação, revolta, desesperança, descrença ou a mistura de tudo isso. Maria Lucineide Barros Leonel ou Neide, tinha 32 anos e foi morta sem motivo, de forma brutal, covarde, sem chance de defesa por um animal que de gente tem apenas o nome, que empesteia o ar e apodrece mais a lama em que chafurda. Não sou politicamente correto. Do relato que me fez o colega Bariani sobre o crime, ficou uma pergunta: para que tentar remediar o que não tem remédio? Jânio, assassino confesso, ficará poucos anos preso e se ressocializado, jamais será metade do que sua vítima foi em 32 anos de vida. O lixo humano tem história de prisões e assim continuará. Duro é saber que a sociedade e nela, a família da Neide, terá que pagar sua estadia na prisão. É cruel...
04- Humanos direitos x Direitos humanos II
Na coluna passada o post “Filtro Solar”, mexeu com gente de um e outro lado. Para os humanos direitos não é caso de paranóia e sim de excesso de zelo. Para uns dos direitos humanos estou ficando um velho radical e deveria rever meus conceitos sobre apenados. Popará! Não compro briga de ninguém, tenho minhas opiniões e busco espaço para expor meus achismos. Sou velho, radical, mas revejo conceitos: que tal criar o conselho das vítimas de crimes e começar a atuar nas cadeias, pondo a mãe do filho morto para encarar a mãe do filho que matou ou criando uma comissão de parentes de vítimas para cobrar rigidez no cumprimento da pena? Conceito revisto.
05-A voz rouca das ruas
Terça-feira, dia 20, Cinelândia, Rio de Janeiro e o povo no encontro "Todos contra a corrupção". Por ora pouca gente – para a polícia pouco mais de 2 mil pessoas – mas lotou a Floriano Peixoto na parte da tarde. O protesto "Todos contra a corrupção" foi organizado e divulgado pela internet, principalmente pelo Facebook. Até onde me lembro, é a primeira vez que as redes sociais entram com tanto vigor para a luta contra a bandalheira. Onde isso vai parar não sei, mas é só o começo de algo que estava represado e que vai agora para as ruas. Sinto-me bem vendo o povo na praça protestando... Num cantinho qualquer da minha cabeça Vandré, Chico e Fafá cantarolam algo. Nada disso é novo, mas é estranho e bom ouvir de novo a voz rouca das ruas.
07-Tem que protestar mesmo
"Se fosse o filho de um deputado, já tinha saído boletim médico logo pela manhã, mas é filho de um operário. É ruim ver meu filho dentro de uma ambulância, em coma, e andar esse tempo e não ser atendido. Quando é para futebol, Copa do Mundo, o governo libera dinheiro, cadê para saúde? Como vou para minha casa tranqüilo, se estou vendo meu filho praticamente morto?" Quem desabafa é Pedro Sales, pai do Gabriel que caiu em casa e bateu com a cabeça no chão. A partir daí, a história lembra um filme de terror. Na ambulância o pai, com o filho entubado, em busca de atendimento em cinco hospitais sem encontrar. Falta saúde, sobram ladrões e o povo tá enchendo os picuás. Isso aconteceu na Baixada Fluminense mas poderia ter sido noutro lugar.
08-Óleo de peroba
Ou minha paranóia voltou ou o universo tá de conspiração pro meu lado. Vejam o que Noblat diz d’Ele: “O político tem que ter casco duro. Porque se cada político tremer a cada vez que alguém disser uma coisa errada dele, se ele não enfrentar a briga para provar que está certo, as pessoas vão saindo mesmo, declarou, passando a "analisar" a saída aparentemente precipitada de alguns integrantes do primeiro escalão de Dilma. “Pelo que eu vi pela imprensa, o ministro Alfredo não foi a presidenta Dilma que tirou. Ela mandou Nascimento investigar. O ministro Jobim não saiu por corrupção, saiu por conta de outro problema. O ministro da Agricultura, a presidenta Dilma defendeu publicamente ele, que depois renunciou. O ministro do Turismo teve um problema quando era deputado”. Segura meu bode que Luzinácio resolveu avacalhar de vez.
09-Criando serpentes
Um celular tocou pela quarta vez durante a aula da Escola Euryclides de Jesus Zerbini quando a professora de 54 anos pediu que o aluno desligasse o aparelho. Como resposta o fedelho de 14 anos chutou a professora que caiu e se feriu sendo levada a um hospital. Bafo, polícia e registro do “ato infracional de menor”. O restante da história ainda irá acontecer, mas é fácil saber pois o enredo é o mesmo: o conselho tutelar se pronunciará, o facínora-mirim prestará depoimento a uma sócio-educadora, o capa-preta aplicará a medida sócio-corretiva, pai ou mãe irão à escola tentar falar com a professora mas só a diretora atende, o facínora-mirim amparado pelo ECA volta às aulas em outra sala e a professora aumenta a dose dos tranqüilizantes enquanto espera a aposentadoria e passa a andar pela escola tentando não cruzar com o facínora-mirim. É isso aí!
10- Três perguntas cretinas
Só para não cair no esquecimento, alguém tem outra notícia além de “está sob investigação” a respeito daquele dinheiro falso encontrado em Candeias do Jamary? Alguém aí sabe dizer algo diferente do “a polícia continua investigando” a respeito do assassinato do auditor fiscal e ex-delegado da Sefin em Ji-Paraná, Armando Dalarte? A chuva ao que parece chegou mais cedo este ano. Será que vai dar tempo de concluir alguma obra pública? Não precisa responder nada.