Quinta-feira, 22 de janeiro de 2009 - 06h00
Frase do dia:
“Sou grato ao presidente pelo que fez e faz pelo Brasil, não pelo que possa vir a fazer por mim”. – Tião Viana, no papel de boi de piranha, na disputa pela presidência do Senado.
01 – Não é só Obama
A empresa americana U.S. Airways enviou um cheque de US$ 5 mil (R$ 11,7 mil) para cada passageiro do voo 1549, que no dia 15 fez um pouso de emergência no rio Hudson, em Nova York. E mais, os passageiros foram avisados de que receberão daqui a alguns meses o que puder ser recuperado de suas bagagens. "O Comitê de Segurança Nacional do Transporte começou as investigações do acidente e nós estamos oferecendo total participação e cooperação", disse o executivo da US Airways em uma carta que acompanhou cada cheque. Obama é mais um símbolo daquilo que são os EUA. Acultura é outra, o estilo de vida é outro, enfim lá uma coisa como um acidente de avião sem vítimas se resolve de forma automática entre empresa e cliente, sem PROCON, Infraero, FAB, Ministros, CPI, Anac e acessórios. Por aqui se uma bagagem é desviada é um Deus nos acuda. Coisas do Brasil do “homem cordial”.
02 – Traição – o ápice do poder
Insuflado pelo Renan, o PMDB quase que em peso optou pela candidatura de José Sarney e abriu uma avenida esburacada no Senado Federal. De um lado a “tchurma dos marimbondos” e do outro o PT, atônito com a deselegância regimental e a voracidade do partidão. Noves fora, o PMDB não tem números suficientes para eleger o velho mandarim e vai atrás dos votos da oposição. É nessa hora que “a porca torce o rabo”. Confiar noutra pessoa que tem interesses diversos é uma aposta e não existe maior demonstração de poder num homem que a traição. E a traição só ocorre entre amigos. A candidatura Sarney traz o estigma da traição do Renan e tem tudo para continuar trilhando essa picada pelo vício original. E a primeira providência é arranjar um cantinho pro Garibaldi. Sem consenso, Sarney e Tião tendem a ir para o voto e ganhará aquele que arregimentar mais traidores. É bem a cara do Senado. Um serpentário e que me perdoem as cobras pela ofensa gratuita.
03 – Tião jogado às feras
No estranho mundo da política, adversários de hoje podem ser parceiros amanhã e vice-versa e acaba de ocorrer um fato inusitado até para o mais incrédulo mortal. Lula lavou as mãos na disputa pela presidência do Senado ao ser informado, não por emissários mas, pelo próprio que o Sarney é candidato pelo PMDB. Lula poderia demovê-lo da idéia – tem força, caneta e argumento para tanto – mas optou pelo distanciamento e Tião foi para o sacrifício. Ao lavar as mãos Lula deixou escorregar o sabonete e Tião se abaixou para pegar. Exposto, constrangido e quase sem chance contra um adversário apoiado por um desafeto – o Renan – a Tião Viana só restam duas opções: retirar a candidatura – suprema derrota – ou apostar na sorte e cavar votos numa “operação traíra” junto ao PSDB e PMDB, com todos os riscos que isso envolve.
04 – Aécio nos braços do PMDB
Quem conhece José Serra sabe. É afável e cortês no trato pessoal, mas excelente jogador de boliche. E trator começou limpando a área para fugir de uma possível prévia para escolha do candidato à Presidência da República. Com duas garrafas de boliche pela frente, Serra mirou em uma para derrubar a outra, trazendo para debaixo das asas o obstinado e turrão Alckmim, dando-lhe uma das secretarias mais importantes de São Paulo – a do Desenvolvimento – que na prática, é o passaporte para sua volta ao governo. Com a jogada. isola Aécio e deixa para o PMDB a tarefa de matar a jogada. Preferido no seio tucano a Aécio sobra a opção de ficar no PSDB e disputar a vaga de senador ou correr para o abraço dos peemedebistas. Qualquer que seja seu caminho, ponto do Serra. Mas como ficaria o PMDB a partir dessa possível ida?
05 – Babalorixando 2010
Os movimentos do PMDB, de avanço e recuo na parceria com o PT, nada tem de indecisão. O partido tem uma ligação com Lula e não com o PT. Fechando a era Lula, é hora de pensar novos rumos. Com seu poder assentado no fisiologismo – no mapa de ministérios, empresas e autarquias o PMDB tem um quinhão considerável – o partido comanda a máquina mas, não tem o nome com visibilidade nacional, para lançar como candidato a sucessão de Lula. Dilma ou Serra – por enquanto é esse o dilema – seriam as opções. A menos que o Aécio, que já foi do PMDB volte ao partido, que assim se cacifaria – sonho possível – para uma dobradinha em que restaria apenas a definição da cabeça de chapa. E ao PSDB caberia juntar as oposições já com a promessa de empoleirar o DEM como vice na chapa.
06 – Usina-vagalume
A Termonorte – que pelo andar do burro vai continuar queimando óleo em lugar de gás até o final de seus dias – tossiu, piscou e apagou de vez ontem, sabe-se lá por qual o motivo. Uma nota que aliás não explica muito, diz que “Um problema sofrido pelo parque de geração da usina térmica Termonorte causou a queda do Sistema Eletronorte”. Sem Termonorte, Samuel não suportou a carga e Rondônia e Acre ficaram às escuras. Mal sinal. Significa que não há opção se a “vagalume” começa a tossir, piscar e apagar. Como Jirau e Santo Antonio estão no começo das obras e a capacidade de geração está no gargalo, temo que possamos voltar a época dos Thobatta para geração individual nas casas. Some-se a isso a preocupação que causou a notícia do desmonte de investimentos da El Paso no Brasil, que transferiu ou estaria transferindo o controlo acionário da Termonorte para a baiana AS, também ela, acionária.
07 – Oxigênio para o gás
Um acidente com um barco no Rio Purus, no Acre, causou o derramamento de 28 mil litros de óleo diesel. A embarcação levava o combustível para o município de Santa Rosa do Purus, na divisa com o Peru, quando virou e derrubou dois cilindros carregados de óleo na água. O acidente ocorreu em região de difícil acesso e apesar Apesar de a embarcação ter virado na sexta-feira 16/01, somente na segunda feira, dia 19/01, a Secretaria do Meio Ambiente do Acre foi informada, quando o óleo já havia atingido uma faixa de 300 km. Só para lembrar, a Termonorte consome mais de 1 milhão de litros de óleo por dia e todo esse combustível é transportado em balsas pelo Rio Madeira. Não entendo e não aceito que se deixe de construir o gasoduto Urucu/Porto Velho. Se não pela economia, pela preservação do rio. Gasoduto Já!
08 – Nas asas da imaginação
Não se sabe ao certo qual o custo do transporte aéreo de autoridades pelos quatro cantos de Rondônia, mas não deve ser uma ninharia. Morando na rota de aproximação de aeronaves em Porto Velho, nem me surpreendo mais com as aeronaves “oficiais” subindo e descendo. Chegam a competir com as pipiras e assanhaços disputando bananas no meu jardim. Acabo de saber pelo antenado Sergio Pires, na sua coluna Primeira Mão, que o governo vai receber pelo menos dois helicópteros para combater a criminalidade e fiquei a imaginar coisas. Bem que se poderia reduzir o custo aéreo, e aproveitar o deslocamento dos helicópteros e dando a “carona amiga” para autoridades ou vice versa, se é que me fiz entender... O custo é menor.
09 – FeBeACon
Com tanta coisa grande por fazer e o Congresso se apequena. Juro que sou fã incondicional do senador Cristóvão Buarque mas, até ele entra no FeBeAcon. Não é que o senador resolveu radicalizar ao propor a proibição do lema “Ordem e Progresso” na bandeira nacional enquanto o Brasil não for considerado território livre do analfabetismo absoluto. Como forma de protesto, é interessante e instigante. Como projeto de lei é inócuo. Não é mudando a frase que iremos alfabetizar o país. Pode-se até piorar se colocarmos uma frase errada, como por exemplo “ÇEMO TUDO ANARFA”. E cá p’ra nós Senador, eu acho plenamente dispensável a frase “Ordem e Progresso”. Se quiser retirá-la ou reduzir o Hino Nacional tem minha simpatia.
10 – QUEDA DE JUROS
Com a inflação sob controle, resultado da crise financeira internacional e seus impactos na economia brasileira, o Comitê de Política Monetária – Copom do Banco Central optou pela agressividade e anunciou, nesta quarta-feira (21), uma redução de um ponto percentual na taxa básica de juros da economia brasileira, para 12,75% ao ano. Até o momento, os juros estavam em 13,75% ao ano. A decisão, porém, não foi unânime. Três diretores do BC queriam um corte menor: de 0,75 ponto percentual, para 13% ao ano. Segundo dados do Banco Central, os juros não eram reduzidos desde setembro de 2007. Dia desses uma revista anunciava a saída do Meireles do Banco Central. Dia desses Lula disse que os juros deviam cair. Dia desses o Meireles disse que continuaria com a mesma política. Como disse Obama, “o mundo mudou e nós precisamos mudar com ele”. Deve ser apenas e tão somente isso.
Fonte: Léo Ladeia / www.gentedeopiniao.com
leoladeia@hotmail.com
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