Terça-feira, 22 de maio de 2007 - 16h53
POLÍTICA & MURUPI
FRASE DO DIA
"Seria melhor mandar logo um rabecão" - Um delegado da PF depois de ver um pedido de HC no qual o advogado carregou nos detalhes sobre a doença do cliente, preso na Operação Navalha
Pauta política de 01 a 10
01-CIDADANIA Terceiro setor:
Fundações são instituições que financiam o terceiro setor, fazendo doações às entidades beneficentes. No Brasil, temos também as fundações mistas que doam para terceiros e ao mesmo tempo executam projetos próprios. Temos poucas fundações no Brasil e pior: sãos poucas as que atuam na área social. Sem fundos, a maioria vive de doações das empresas que as constituíram. Na crise as doações minguam justo quando aumentam os problemas sociais. O conceito de fundação é, justamente, o de acumular fundos nos anos bons para poder usá-los nos anos ruins. A Fundação Bradesco é um dos bons e raros exemplos disso.
02-Amolando a navalha:
A Polícia Federal prepara uma nova leva de pedidos de prisão e indiciamento de pessoas envolvidas com a máfia da Operação Navalha. Há indícios para o pedido de prisão de mais 30 prisões e é só o começo. Chegou a vez dos governadores, senadores e deputados. E também a hora da enganação. Um grupo de parlamentares vai começar pedindo a instalação de uma CPI para utilizar o palanque eletrônico do Congresso. Desde ontem a PF está com um pepino que é separar o joio do joio, na montanha de papéis, planilhas, computadores e fitas gravadas que as buscas judiciais encontraram. Haja trabalho!
03-Tarde em Itapuã:
Não dividem o mesmo acarajé nem passeiam juntos a ministra Dilma Roussef e o Governador da Bahia Jacques Wagner. É que durante a época da transição Dilma Roussef foi à Bahia e o Jacques Wagner usou a lancha do cidadão limpeza-pura Zuleido da Guatama para mostrar o que é que a baiana tem. O assunto veio a público com a operação navalha. Jacques é claro, de nada sabia como é praxe nesses casos. Com o Delcídio Amaral foi a mesma coisa. O senador viajou num avião sem pagar e sem saber quem era o dono. E o Zuleido na moita sem dizer que era o dono. É o benfeitor do políticos.
04-Licitação a velha dor de cabeça:
A Lei 8666 ou Lei das Licitações é apoiada pelas normas que regulam o setor de propaganda. Traduzindo. O setor de propaganda em geral e governamental em particular é regulamentado ao extremo o que torna bastante simples a licitação para escolha de uma agência de governo. Mas o serviço público não é simples e entender de licitação é tarefa para poucos e bons. Isso tudo é só para dizer que a licitação de propaganda da ALE foi suspensa. Olhando o processo dá para ver que houve excesso de zelo. O que deveria ser observado depois do certame foi incluído a priori. Como diz o Zé de Nana nessas horas, não infrói, nem contribói. Ta falado.
05-Saia justa:
Expedito Jr tenta hoje a aprovação a emenda a MP 341 abrigando a questão da transposição.
Joga no ataque e dá um balão no governo que até hoje dava sinais de que a solução não era do interesse do Planalto. Enquanto deixa o governo enfiado numa saia justa, com a história da transposição, Expedito tenta se livrar da sua própria e pede ao TSE, a ampliação da liminar até o julgamento de um outro pedido de liminar, de forma a permanecer ainda que de forma precária no cargo de senador até o desfecho do seu processo de cassação. Fechava a pauta quando chegou a notícia: a ampliação da liminar foi negada e Expedito está pelo pincel.
06-Glossário do Léo - Precário:
Precário é adjetivo da classe dos inseguros ou instáveis. É usado sempre no momento que antecede a queda. Para ilustrar, vou contar um caso. A PF sabendo que Ivo Costa, assessor do ministro Silas Rondeau iria viajar com o chefe para fora do Brasil, agiu rápido: prendeu o Ivo antes do embarque. Com isso a PF não ficou em situação precária, vendo o preso voar. Sobrou para o ministro. Amigo do assessor há mais de 10 anos, viu o seu nome colado ao do Ivo e distante de D.Dilma, que já tem dois candidatos para o seu posto: Maurício Tolmasquim e Nelson Hugner. Fácil, não? Precário pode não ser só isso mas, é como se assim fosse, se é que me fiz entender.
07-Medo de avião:
Em depoimento à CPI do Apagão Aéreo, o presidente do Sindicato dos Controldores de Vôo, rebateu as declarações do coronel Rufino Antônio da Silva sobre a inexistência de um "buraco negro" no espaço aéreo brasileiro. "Buraco negro não tem, porque é um fenômeno que acontece no espaço. Mas realmente em alguns setores não se tem o retorno da aeronave, ou sinal do transponder. São zonas cegas que existem". Sobre o problema da cobertura do Cindacta onde ocorreu o acidente da Gol, ele foi enfático: "O problema já foi resolvido, mas não quer dizer que todo o espaço, a todo momento, esteja sendo varrido pelas antenas". Que meda...vixe!
08-Agonia de copo:
O Congresso Nacional está mais agitado que batrata antes da chuva, com a suposta lista da PF onde estariam os nomes de 40 parlamentares envolvidos com a máfia das obras públicas. Esse número me lembra uma outra historia do mesmo tipo.Pedidos para criação de uma CPI para investigar o assunto, queima de documentos, aumento do consumo de Lexotan, Viagra e o cancelamento de encontros de lazer com as moças de fino trato. Como bêbados que na ressaca juram abandonar o álcool, o tema reforma política chega com jeito de Engov para a bebedeira e panacéia para todos os males. Outro papo recorrente é o financiamento público de campanha. Parece conversa de bebum. Pura agonia de copo.
09-Parindo monstrinhos:
A Operação Navalha gerou mais um filhote. A ministra Eliana Calmon, do STJ, concordou em desmembrar o inquérito da máfia das obras públicas. O caso ramificou-se em dois. Ainda no maior sigilo, já se sabe que o assunto envolve fraudes em licitações, malversação de dinheiro público e pagamento de propinas a congressistas e funcionários do Estado. É que depois de cruzar os dados recolhidos nas investigações que desaguaram nas prisões da Operação Navalha, o MP concluiu que do inquérito original há indícios da existência de uma segunda quadrilha. Mas não se engane: o fazedor de monstros é o Congresso e o orçamento.
10-Formatando a HD:
O governo quer caracterizar Silas Rondeau como "homem do Sarney" e deletar um enrosco: a proximidade de Silas com Dilma Rousseff, que ao deixar a pasta das Minas e Energia atuou tanto quanto Sarney para que Silas Rondeau viesse a sucedê-la. Se preciso, Sarney será lançado ao mar para salvar o barco, tarefa que é facilitada pelas antigas ligações de amizade com o ministro Silas. E se deletar o arquivo não for suficiente, sempre existe a possibilidade de se limpar a HD, dando um Format. Sarney está na humilhante situação da sogra no comercial do carrinho que não consegue subir a ladeira.
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